Fomos jantar e não nos calámos um segundo. Mas, a conversa apesar de boa começou-me a parecer estranha.
Nick: está boa a pizza?
Jane: sim, está muito boa. Como está a tua?
Nick: também está muito boa.
Jane: ah, ainda bem. *ri, mas percebeu-se pela minha cara que algo não estava certo*
Nick: passa-se alguma coisa? Estás um pouco estranha...
Jane: não é nada... É só que tenho saudades do meu pai, saudades da minha mãe e a juntar isto do pé, não sei...é tudo ao mesmo tempo percebes?
Nick: sim eu percebo. Não é fácil e eu sei. Também dava tudo para ter aqui o meu pai...e mal vejo a minha mãe por causa dos turnos no hospital. E quanto ao pé, sentir-me culpado não é nada fácil também acredita. Mas o que importa é que acabou tudo bem. Desculpa a sério.
Jane: mas tu não és o culpado. Bem pelo contrário! Querias me mostrar a vida, divertir-te e se não fosse o pé, eu tinha mesmo adorado. Obrigada!
Nick: obrigada pelas palavras, nunca me deixas ficar mal.
Jane: tu também nunca não me deixas ficar mal.
Nick: isto está cada vez melhor
Jane: o quê?
Nick: a nossa relação!
Jane: ah, sim é verdade.
Nick: podia ficar mais, que me dizes?
Jane: como assim ou com o quê? O que vai nessa cabeça?
Nick: mais tarde descobres.
Tão dito, tão feito. Depois de limparmos tudo o que estava cheio de farinha, ele foi preparar o quarto. Para que seria?
Foram-me passando várias ideias, até a mais óbvia. Sim, essa que estás a pensar. Não seria cedo demais? Estaria eu preparada?