In the void... (Itafushi)

Void - 10

Arco: Void
Capítulos: 10 - 14

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"Pipe down with the noise, I cannot bear my sorrow!! I hate who I was before!
I fear I won't live to see the day tomorrow, someone tell me if this is hell..."
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[...] E após uma breve caminhada pelos corredores, Maki voltou ao seu quarto, ainda sentindo algo que beirava um pressentimento ruim.

Abrindo a porta, encontrou Nobara deitada em sua cama, lendo um livro velho escrito a partir das poucas escrituras de antigos feiticeiros que foram deixadas para trás. Não havia muita diversidade de conteúdo dentro daquele domínio, tudo era bem tradicional.

A esverdeada entrou, observando sua namorada e fechou a porta, ainda parecendo um pouco cansada e estressada. Nobara, por sua vez, sorriu e fechou o livro assim que viu Zenin, se levantando da cama a fim de recebê-la.

Andando com passos apressadinhos, a ruiva se pôs na ponta dos pés e abraçou o pescoço de sua namorada, que retribuiu o abraço apesar do humor. Kugisaki percebeu que havia algo de errado, e fez questão de perguntar o que era assim que se afastou.

- Tudo bem, meu Tchan? - ela olhou a esverdeada com preocupação, tocando seu rosto com carinho. Maki não parecia estar muito feliz, mas não sabia dizer o porquê.

- Tudo, é que... Ah, eu não sei... Achei tão estranho que o carinha de cabelo rosa que o Gojo trouxe 'pra cá foi embora do nada... O Gojo nem quis falar sobre, e eu perguntei mais de uma vez. Acho que aconteceu alguma coisa, porque ele ficou aqui muito pouco tempo. - a esverdeada refletia. - Você chegou a conhecer ele? - ele perguntou à ruiva.

- Sim, eu encontrei com ele no corredor uns dias atrás. - Nobara disse ao se lembrar da primeira vez que vira o visitante. - Ele parecia meio tímido, e me perguntou onde era o quarto do Megumi... Eu puxei um pouco o assunto, fazendo umas perguntas de quem ele era e de qual clã ele vinha, mas ele não parecia ser do tipo que fala muito... - Nobara comentou. - Ele 'tava nervoso em ir ver o Fushiguro, dava 'pra sentir. - a ruiva pontuou, certa do que falava. - Acho que ele estava meio apaixonadinho no nosso Megumi...

- Você acha? - Zenin ergueu uma sobrancelha. Não imaginara que aquele garoto de cabelos cor-de-rosa poderia ser um par romântico para Fushiguro, mas Nobara não costuma errar quando se trata dessas coisas.

- Ah, eu acho, sim... Ele parecia ser um cara legal. Eu 'tava até torcendo 'pra eles ficarem juntinhos... Ainda mais sabendo que o Megumi morre de vontade de amar... Mas não sei o que vai acontecer com os dois agora que o rosinha foi embora. - ela comentou, sentindo um pouquinho de pena de Megumi. Nobara sabia como era bom se apaixonar, ainda mais quando se trata de um caso de amor tão único e especial como o Tchan.

- Espero que o Fushiguro não tenha ficado chateado por causa disso.

- Ah, eles devem ter conversado antes do Itadori ir embora. O Megumi pode estar meio tristinho, mas eu tenho certeza que ele vai ficar bem.

- Espero que sim. - Zenin falou, acariciando a cintura da namorada. As duas trocaram olhares brevemente, fazendo um pouquinho de silêncio antes de começarem a mirar os lábios uma da outra. Começaram a se aproximar a fim de iniciarem um beijo simples. Maki chegou a tocar o rosto da ruiva durante a aproximação, mas o beijo não chegou a acontecer, já que o casal acabou sendo atrapalhado por um... Um terremoto?

O chão tremeu forte e as duas se seguraram enquanto os objetos tremiam e alguns espelhos, livros e objetos mais leves caíam em encontro ao solo. As duas trocaram olhares.

- O que foi isso? - Nobara perguntou, sem nem saber explicar o que havia acabado de acontecer. Nunca havia sentido terremotos dentro do domínio antes, alguma coisa estava muito errada.

Maki teve um pressentimento bem ruim naquele momento, embora não soubesse dizer ao certo o que estava acontecendo. Deu uma última olhada para Nobara e falou:

- Espere aqui. - ela pediu, parecendo preocupada, o que acabou passando um pouco de nervosismo para a ruiva. - Se alguma coisa acontecer com a forma do quarto, vá 'pro andar de baixo e procure o Gojo.

- Mas e você? - Kugisaki perguntou com receio nos olhos, ainda segurando a esverdeada.

- Eu vou ver o Megumi.

E aquelas foram as últimas palavras que Zenin disse à ruiva antes de sair correndo pelos corredores em direção ao quarto de Fushiguro.

Todos os corredores pareciam escuros, úmidos e depressivos. Maki se sentia mal só de estar ali; uma sensação ruim rondava seu peito, juntamente com uma vontade inexplicável de chorar... e todas essas sensações se intensificavam conforme a esverdeada se aproximava do quarto de Megumi.

Maki imaginava que Fushiguro poderia estar triste, mas aquilo parecia bem pior... E a situação pareceu ficar pior ainda quando a esverdeada virou a direita no corredor e avistou uma camada densa e palpável de energia, rodeada de paredes quebradas, uma atmosfera caótica e uma instabilidade que parecia afetar até sua própria magia. Expansão de domínio.

Zenin perdeu o ar. Megumi nunca antes havia chegado nem perto de conjurar um domínio, e era claro que algo tão caótico e intenso quanto aquilo não seria fácil de extinguir, ainda mais por parte de um feiticeiro de quinto círculo. Estavam com grandes problemas a lidar, e Maki sabia que precisavam intervir.

Virando seus pés na direção oposta, a esverdeada começou a correr no sentido contrário, mas com um novo destino em mente: o quarto de Nanami Kento.

[continua...]