𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎 𝐐𝐔𝐀𝐓𝐎𝐑𝐙𝐄 ❝Eu precisava tirar seu rosto da minha mente, eu deveria me manter a distância de qualquer coisa que me levasse a ela, mas qualquer sinal de estrela que eu pudesse observar em meio a escuridão da noite, todas elas brilhavam em vermelho-sangue.❞
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NÃO ERA UMA NOITE COMPLETAMENTE gélida como de costume, mas ainda assim, o vento batia contra os meus cabelos, no entanto, eu não sentia frio.
Eu podia ouvir o leve farfalhar das árvores, ao olhar para cima, pude ver um céu levemente esbranquiçado pelas nuvens e como se fosse posto por alguém perfeccionista, havia uma meia lua bem no meio das copas das árvores, clareando um pouco as folhas e o caminho a minha frente.
Não havia sequer um barulho além dos meus pés amassando alguns galhos secos de árvore e minha respiração baixa e tranquila.
Eu sei, eu não devia estar andando pela floresta à noite, mas é como se meu corpo precisasse disso, sendo ainda maior do que a razão.
Ali, contemplando o luar, sozinha na floresta, eu podia me sentir viva. Era como se o ar puro da floresta me trouxesse de volta para o meu corpo, eu podia sentir meus olhos abrindo e fechando, a textura da palma da minha mão e do meu suéter preto de lã, eu podia sentir a palmilha do tênis gasto e frescor de planta molhada.
Eu me encostei em um caule e sentei, eu precisava de alguns minutos antes que eu tivesse de voltar para casa, devia ser por volta das sete e meia da noite, eu ainda tinha algum tempo.
Foquei a atenção na minha respiração enquanto eu observava a floresta mal iluminada — e eu pensava como alguém poderia preferir as intensas luzes que chegam a arder os olhos das cidades, o barulho de buzinas e pessoas conversando incansavelmente do que a um lugar silencioso e tão naturalmente bonito.