𝐂𝐀𝐏𝐈́𝐓𝐔𝐋𝐎𝐕𝐈𝐍𝐓𝐄 ❝— A próxima vez que eu ver vocês dois andando juntos, papai saberá de tudo e mais um pouco. Esteja avisada.❞
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— LUCY? LUCY, ACORDA! – OUVIA voz de Bella me chamar, quase como se eu estivesse embaixo d'água. Abri os olhos lentamente, sentindo-os arder, pestanejando algumas vezes até que eles estivessem totalmente abertos.
Me levantei subitamente e segurei seu ombro.
— Bella, você precisa ficar longe dele! – minha voz estava desesperada e rouca.
Ela me olhou confusa, mas logo entendeu de quem eu estava falando. Ela respirou fundo.
— Vamos subir, preciso te contar uma coisa – disse ela.
Eu não sabia se era algo bom ou ruim, mas algo em meu peito se agitou, talvez fosse preocupação. Bella ainda estava com a roupa que fora para Port Angeles, pude ouvir o barulho da geladeira sendo fechada enquanto eu levantava do sofá e seguia Bella escada acima.
— Boa noite, pai! – gritei enquanto subia as escadas.
— Boa noite, criança. – respondeu com sua voz um pouco mais baixa, enquanto eu ouvia um barulho de lata sendo aberta.
Bella segurou minha mão e me levou até o seu quarto, fechando a porta logo em seguida. Me sentei em sua cama, a fitando, esperando ansiosamente o que ela tinha para falar. Bella andou pelo quarto, para lá e para cá, com as mãos no cabelo. Ela parecia confusa, me deixando da mesma forma.
— Droga, Bella! – disse, exasperada. – Está me deixando nervosa, desembucha!
Ela parou no meio do quarto e me olhou, sua mão caiu sobre o seu corpo e ela parecia organizar as ideias antes de proferi-las. Droga, Bella, o que aconteceu?
Será que ela viu algo em Port Angeles? Ou será que ela viu um lobo também? Será que foi ameaçada? Por deus, eram tantas possibilidades e nenhuma delas eram boas.
— Aconteceu algo em Port Angeles – disse, por fim. Fazendo uma pausa que me levou à loucura.
— Bella, se você não disser logo o que aconteceu, eu vou te jogar pela janela! – só então percebi que minhas unhas estavam cravadas na palma da minha mão, as machucando. Afrouxei-as e respirei fundo, tentando me recompor.
