capítulo 32

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**Não esqueçam de deixar estrelinhas e comentários sobre as partes que mais gostaram, isso incentiva essa humilde escritora amadora 😁**

Ps: Depois me diz quem aí adivinhou qual era a música.😉

A música começa com uma melodia lenta e o rapaz acompanha com movimentos suaves até que se inicia a letra com tom mais forte e então os movimentos de Minho passam a ser mais firmes e precisos.
Ele está tão concentrado na coreografia que chega a balbuciar algumas frases, e mesmo com um espelho a sua frente que reflete toda a parte de trás da sala, ele não percebe que está sendo observado por Nana, que permanece atenta a todos os movimentos do rapaz, que vão se tornando ainda mais firmes e vigorosos conforme a coreografia da música vai avançando.

Nana observa cada detalhe da figura de Minho, os tênis brancos, a calça de moletom folgada que vestia junto a uma blusa branca com as mangas dobradas, deixando a mostra os braços bem delineados pelos anos de dança, a mesma blusa que já se encontrava levemente translúcida e, em alguns pontos, colada ao seu corpo pelo suor, assim como também algumas mechas de seu cabelo decorrente das muitas horas de ensaio.

Ela sente uma onda de calor dentro de si e isso a impressiona porque é algo que ela jamais sentira antes.
Começam a passar pela sua cabeça memórias de diversos momentos de interação entre eles e então ela se dá conta de que nunca havia olhado Minho daquela maneira e isso a assusta.

Nana mal podia crêr que aquele era o mesmo Minho que ela conhecia há anos.
O mesmo, rançoso e implicante, que a chamava de nanica sempre que se encontravam, bagunçava seu cabelo, e roubava bolo, e o que mais fosse, do seu prato sempre que tinha chance.
Que a desafiou pra jogar vídeo game (e ficou bravo porque perdeu!), mas que também o era o mesmo que cozinhou pra ela na virada de ano pra que não se sentisse só pois Yumi havia viajado, que brincou com seus sobrinhos na noite de Natal e lhes presenteou com um livro, que a levou para ver a árvore de Natal e para adotar seu gatinho Snow, e que também o socorreu no meio da madrugada quando foi preciso.

O mesmo que lhe comprou flores no dia dos namorados pra que ela não se sentisse triste por não ser presenteada nesse dia, tulipas vermelhas, que estavam na janela do seu ateliê até hoje, e então ela se recorda do cartão na caixa de bombons.
E quanto mais a coreografia avançava mais ela sentia seu rosto queimar e seu coração bater acelerado, e num movimento involuntário sua boca abrir de surpresa por um movimento que Minho fez em que sentava-se no chão e deslizava sua mão pelo corpo o que fez Nana estremecer e, por um instante, largar a sacola que tinha em mãos.
Após isso ela o vê balbuciar um trecho da música que dizia "kiss me or hate me" e naquele momento, para ela, era como se os lábios de Minho se movessem em câmera lenta.
Sentia como se as palavras fossem para si, mesmo sabendo que ele não havia notado sua presença até então.

A coreografia repetiu-se e em pouco tempo a música finalizou e só então, após o último movimento, Minho percebe a presença de alguém na porta pelo reflexo do espelho e vira-se rapidamente surpreendendo-se por notar que se tratava de Nana.

Rapidamente Minho pára a gravação e pega uma toalha para enxugar o rosto, enquanto Nana um pouco atrapalhada recolhe a sacola que deixara cair momentos antes.

- Você aqui?! Tá perdida Nanica?! - ele brinca ao abrir a porta e Nana suspira profundamente antes de respondê-lo.

- Não, eu... tava passando e...

- E resolveu fazer uma aula experimental?! - ele tira sarro apontando para o crachá.

- Ah, não! É que... bom, é que eu passei na confeitaria e ouvi o Félix dizer que você não tinha saído pra almoçar então... eu comprei, alguma coisa... alguma coisa pra você comer. - Nana responde sem jeito estendendo a sacola e Minho fica sem palavras.

O cara certo | Bang Chan - MinhoOnde histórias criam vida. Descubra agora