Night Glow

I

A noite mais bonita estava sendo apresentada diante dos olhos de Stella Swan, o céu noturno da Noruega mostrava a aurora Boreal, o fenômeno que ela tanto ama e aprecia desde que chegou a casa de sua tia-avó Leonor.

A jovem girava o aparelho celular em seus dedos, tentando decidir se valia a pena mesmo ouvir os vários recados de sua mãe que finge se importar. Respirando fundo, a garota ligou o aparelho recebendo imediatamente uma dúzia de mensagens e ligações. E ignorando completamente as de sua mãe, a Swan mais velha ouviu os recados deixados pelo seu pai. Vários deles ele pedia desculpas por não ser tão presente ou sociável, e outra grande parte, ele tinha uma voz mais cansada, exausta e entristecida. Ele queria saber como lidar com a Bella, ele tinha medo da minha irmã definhar.

— Stella?? – A voz de sua tia-avó se fez presente, fazendo a ruiva voltar seu olhar para a mesma. — Notícias de casa??

— Tá na hora de voltar não é??

A jovem perguntou já sabendo a resposta. Leonor se sentou ao lado da neta que tanto amava e se deliciava com sua companhia, mas era hora dela seguir o seu caminho. E resolver as coisas em casa.

— Vou te ajudar a arrumar as malas. E lembre-se, você sempre terá um lugar para voltar minha fadinha.

Com a ajuda da sua confidente, não demorou muito para suas malar ficarem prontas. No total, foram duas malas grandes, e mas duas caixas com livros e alguns objetos pessoais. A passagem não foi difícil, e minha tia me deixou no aeroporto.

— Seu carro vai está esperando você no aeroporto. Tente não dirigir se estiver muito cansada.

— Obrigado. – A garota abraçou sua tia com muito amor e carinho. Algumas lágrimas até escorreram por suas bochechas um pouco coradas. — Venho visitar em breve, ou apenas retornar.

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Cheguei em Washington, condado de Clallam em uma cidade próxima a Forks. Durante a viagem, eu dormi bastante para não está tão exausta. Peguei minhas malas e segui até um dos guardas do estacionamento onde ele me entregou as chaves do meu mais novo carro. Leonor sempre exagerada!!

Coloquei minhas malas e caixas no porta-malas, entrando no banco do motorista ligando o motor e gostando bastante do que estava ouvindo. Liguei o rádio, e pisei fundo no acelerador seguindo viagem para a cidade mais chuvosa do país. A eras que eu não via meu pai, saí da casa de Renee a 2 anos para morar na Noruega com minha tia-avó. Minha mãe não era uma pessoa fácil de lidar, acho que por termos uma personalidade muito parecida.

Mesmo com as estradas molhadas e alguns chuviscos, não desisti de chegar ao meu destino o quanto antes. Nas últimas semanas, tenho sonhado bastante com essa cidade, com meu pai e minha irmã. E também com algumas pessoas que ainda não tenho certeza quem são. Estacionei em frente a pequena casa branca, com um carvalho enorme na frente.

Parecia que eu tinha voltado no tempo. Coloquei o capuz olhando para todos os lados e reconhecendo quase tudo. Me aproximei da árvore que tinha duas iniciais mal feitas, por ser de crianças. I e S.

— Posso ajudar?? – Ouvir a voz cansada do meu pai, me fez arrepiar instantâneamente.

Girei lentamente o meu corpo, com meu rosto ainda baixo. Segurei firme meu capuz, o retirando olhando no fundo dos olhos do meu pai e sorrindo.

— Que maldade não se lembrar da sua...

— Minha estrelinha. – O mais velhos pronunciou, fazer a ruiva sorrir e ao mesmo tempo querer chorar.

— Estou em casa pai.

Meu pai me abraçou tão forte que achei que ele quisesse me sufocar. Talvez, já que passei tanto tempo longe de casa. Mas eu estava tão feliz que retribuir. Seu coração estava muito acelerado, sua respiração ficou descompassada e eu me afastei do abraço o olhando nos olhos e vi quando o mesmo fraquejou e eu o apoiei.

— O senhor está bem? Me desculpe, eu devia ter avisado que vinha e...

— Me desculpe, eu só estou um pouco preocupado. Harry faleceu ontem a tarde, e eu não consigo encontrar a Bella. Aquela menina...

Ele levou a mão ao peito o que me preocupou bastante. Respirei fundo pensando rapidamente. Levei meu pai para dentro de casa e o sentei no sofá, a mesma nostalgia me bateu, mas não tive tempo para curtir o momento.

— Sinto muito por Harry. Me lembro de como eram amigos inseparáveis desde sempre. E quanto a Bella, ela não é mais uma criança pai, parece que todos os Swan tiveram uma fase de sumir no mundo, alguns mais tardes que outros. Mas sempre voltamos para casa. – Eu segurava suas mãos que parecia se acalmar e sentir se eu estava ali mesmo. — Ela vai voltar pai. Até lá, vou cuidar de você.

Não precisava ser um Sherlock para saber o quão cansado e abatido está o xerife. Olheiras profundas, rosto magro e abatido, acho que pelos acontecimentos recentes ele não tem tanto brilho no olhar, seus cabelos estão ficando mais branco e caindo.

— Você tem certeza?? E se a Bella não voltar??

— Ela vai voltar. Eu vou preparar um chá, o senhor vai tomar e descansar. Não é um pedido senhor Swan, é uma ordem.

Fui até a cozinha vendo que tem muito pouco do que preciso. Então fui até meu carro pegando as caixas e pegando algumas ervas secas que minhas tia me mandou trazer, e coloquei água da chaleira para ferver enquanto eu preparava as ervas. E depois de preparar o chá, levei até o quarto tô meu pai, que já havia tomado banho, e mesmo reclamando tomou até o último gole.

— Descanse pai. – Disse vendo que ele lutava para se manter acordado. — Quando acordar, ainda estarei aqui.

Mesmo relutante, não deu para vencer o sono e o cansaço que ele estava. Uma adolescente com seus demônios pode causar um grande estrago em pessoas que realmente se preocupam. Olhei ao redor, observando a desorganização. Mas ao mesmo tempo, algumas fotos e lembranças minhas e da Bella.

— Desculpa ter te deixado sozinho durante todo esse tempo. Isso não vai mais acontecer. – Sussurrei olhando para meu pai, que finalmente parecia está em um sono profundo.

Saí do quarto tomando muito cuidado para não fazer muito barulho. Fui até o antigo quarto da Bella, onde um mesmo não havia mudado quase nada. As paredes ainda era azuis, as cortinas eram as mesmas, e a única coisa que mudou foi a substituição do berço por uma cama maior. Me aproximei de sua estante de livros, e deslizei o dedo por alguns, até encontrar um que me deixou intrigada. "Lendas Quileutes".