IV

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Bella começou a ameaçar ir embora, mas para morar em outro lugar. E a veia na testa do xerife estava para explodir!! Quando soquei a mesa atrai o olhar dos dois, e me virei para a minha irmã.

— Acha que por ter 18 anos pode se virar?? Só pela forma que está falando com nosso pai, está explícito que não é madura suficiente nem para se limpar sozinha. – Disse tentando relaxar. — Você está falando com a única pessoa que quer cuidar de você, valorize.

— Assim como você valorizou?? – Ela perguntou irritada.

— Eu tinha problemas de mais. Quer ir embora, termine a escola e vai. Até lá, pare de ser uma criança birrenta.

Ela se calou, e parece que tudo ficou em um clima tenso. Eu sabia que não tinha o direito, mas ao mesmo tempo eu vim quando sabia que era madura o suficiente para entender quem quer cuidar de mim.

— Me desculpe se eu não estava aqui, mas eu estava onde deveria está. Eu sei o meu lugar, acho que está na hora de você saber o seu. Agora é melhor comer ou a comida vai esfriar ainda mais.

Eu abri a panela começando me servindo. O clima pesado que se instalou na cozinha, me deixava incomodada. Bella parou com tudo e ficou pensativa, ela sabia que nosso pai se sentiria culpado se ela dissesse que iria embora, mas jamais deixaria ela ir embora.

— Só digo que ele não é bom para você. Mas se a sua decisão é ficar com ele, tudo bem. Mas vai com sua conta em risco e nas minhas regras.

— Tudo bem. – Foi só isso que Bella disse.

Meu pai se serviu e começou a comer isso melhorou mais o seu humor. Conversamos melhor e tudo pareceu suavizar o clima. Depois do jantar Bella foi para o seu quarto, eu lavei as louças e dei um chá para o meu pai que subiu para dormir uma boa noite de sono.

Eu subi para o meu quarto, abrindo as janelas para tirar um pouco do cheiro de tinta. Me sentei na janela, com meu caderno de desenhos. Deixei o dos lobos de lado e comecei a desenhar. O vento frio entrava, mas não me incomodava como antes.

Também peguei o livro que encontrei nas coisas da Bella, eu esqueci de devolver e agora não é um clima muito agradável entre nós. Acabei alimentando minha curiosidade e folheando o mesmo. Haviam alguns desenhos tribais e poucas coisas marcadas. Parece que a Bella apenas comprou por comprar. Me aconcheguei melhor na almofada, e decidir ler um pouco. Abandonei meu lápis e caderno, peguei uma xícara de chá bem quente e comecei a apreciar aquele livro que tinha bastantes curiosidades.

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Após finalizar o livro, olhei para o relógio que marcava 03:40 da manhã, suspirei fechando o livro e sorrindo com algumas informações que absorvi do livro. A tribo Quileutes tem muito a ensinar.

Eu me sentei na janela com o corpo para fora, olhando na vasta escuridão que a floresta nos proporciona. O barulho do vendo balançando as folhas das árvores, pareciam melodias. Minha tia sempre disse que a floresta é o que sempre escondem mistérios e beleza inexplicável. Fechei meus olhos, curtindo a melodia da floresta, o que me acalmava e recuperava minha energia.

Mas senti algo estranha, me senti sendo observada, como se... Abri os olhos rapidamente encarando a entrada, mas não conseguia ver nada. Achei melhor voltar para dentro, e tentar dormir, ou meu pai vai trabalhar amanhã sem comer nada.

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Na manhã seguinte acordei às 06:00, tomei um banho escaldante, escovei os dentes, sequei meu cabelo, arrumei minha cama e vesti um vestido soltinho, peguei meu fone colocando apenas um e dei play na minha mais nova playlist. Fui para a cozinha determinada a fazer um ótimo café da manhã. Peguei ovos na geladeira e mexi para preparar omelete recheadas com queijo e tomate, coloquei salsa e estavam ótimas, iogurte, torradas, cortei algumas frutas e preparei o café do meu pai que assim que chegou na cozinha completamente fardado, segurou na minha cintura me suspendendo e beijando o topo da minha cabeça.

— Bom dia raposinha.

— Bom dia Xerife. – Disse me virando e entregando sua caneca. — Coma alguma coisa antes que saia, não quero ninguém passando mal.

— Claro. Sim, hoje vou falar com o diretor da Forks High School, e tenho certeza que amanhã mesmo você retorna as aulas.

— Obrigado pai. Estou pensando em dar uma volta pelas trilhas da floresta. Acha que está tudo bem??

— Acho que não tem problema. A alguns dias todos estavam com medo do urso, lobos, não tenho certeza. Diziam que eram enormes, mas semana de buscas e não encontramos nem mesmo uma pista, devem ter sido as histórias que as pessoas inventam para afastar seus filhos das matas.

— Aposto que sim. – Disse sorrindo de lado com minha tigela de frutas em mãos.

Bella finalmente desceu para a cozinha, meu pai ainda parecia bravo, e Bella não queria dar o braço a torcer. Eu apenas terminei de comer e deixei os dois conversarem tranquilamente e sem espectadores. Eu procurei algo confortável e pelo menos arrumada.

Como não choveu ontem a noite e nem hoje pela manhã, o solo deve está mais firme, o que facilita muito minha caminhada. Desci animada, e abracei meu pai beijando seu rosto.

— Estou indo. Se eu me perder eu te ligo. E qualquer coisa vou deixar seu almoço se não conseguir sair. – Mandei um beijo para a Bella, e logo saí saltitando.

Segui para o início da trilha que é bem próximo a nossa casa. Depois disso fui entrando cada vez mais, encontrando muitas plantas e flores que eu não via a muito tempo. Está na Noruega também tem suas desvantagens. Da bolsa de pano simples retirei o guia de plantas que estava lendo e também estava com meu diário e lápis caso encontre uma que não esteja catalogada no livro da minha tia. Todo lugar tem sua vegetação e a floresta de Forks está recheadas de espécies de flora.

Me sentei encostada em uma árvore com meu caderno de desenhos em mãos, desenhando coisas que via pela frente. Principalmente paisagens e flores que chamavam a minha atenção. Também encontrei algumas plantas que fazem chás incríveis.

Minha tia era uma curandeira onde moramos, ela é apaixonada por plantas e chás. Por isso a minha fascinação. Leonor sempre foi muito natural, ela ama e respeita a natureza, e me ensinou muito sobre isso. Por isso eu amo está entre as árvore, sentindo a brisa e vendo alguns animais ao longe.

E passei uma grande parte da manhã assim. Quando retornei para casa, encontrei um carro estacionado em frente, um volvo S60R prata. Entrando, dei de cara com duas pessoas desconhecidas, mas com características bem marcantes. Um garoto de cabelos cor de bronze, pele branca como uma geleira, e olhos bem amarelos, a garota baixinha ao se lado não era diferente, mas seus cabelos eram negros em um corte mais repicado.

— Ah, Stella esse é meu namorado Edward Cullen, e a irmã dele, Alice.

— Isso explica muita coisa. – Apenas isso saiu da minha boca, e os dois me olharam confusos.

Night GlowOnde histórias criam vida. Descubra agora