Noite de Lua - Sariette

Três

Eai, pessoas!
Tudo bom?!

Aproveitar o horário de almoço pra atualizar isso aq, já que parece q vcs tão gostando.

Lembrando: me avisem quamjer erro. Cap passado tinha Sarah Enid de olho azul e ngm falou, me ajudem!

Espero que gostem e boa leitura 💕💕🌙

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Pov Sarah

A tarde já estava chegando quando voltamos para a aldeia, eu estava com sono, sei que não cochilei durante a noite ou pela manhã porque não parei em momento algum.

Ficamos alerta, a procura de qualquer animal que pudesse nos prejudicar, mas não encontramos nada. Sem rastros, sem marcas, sem qualquer sinal de que alguma criatura viva havia passado por ali a pouco tempo. Nem mesmo meus irmãos tiveram sorte. Enquanto ainda havia sol eles procuraram por sinais visíveis, quando já não havia mais luz confiaram no olfato e mesmo assim nada. Parecia que a cada passo que dávamos mais complicado era de achar uma explicação plausível para o acontecimento do dia anterior.

E, como se não bastasse, eu não queria estar no meio do mato.

Se havia realmente um monstro a solta por aquela floresta, eu queria e deveria estar protegendo apenas uma pessoa. Não havia motivo algum para eu me preocupar tanto com todo o povo da vila, se a única que me importava de verdade era Juliette.

Quando voltamos no início da tarde fui direto para minha casa, precisava ter certeza de que meu irmão trocaria de turno comigo, precisava daquela noite antes que eu perdesse a coragem. Para minha sorte Gunter sempre foi um romântico e me ajudaria em qualquer coisa que eu precisasse, afinal de contas eu estava sempre lá quando ele precisava também. Ele era dois anos mais velho que eu, era com quem eu mais podia contar dentro daquela casa.

Quando tive sua confirmação de que eu não precisaria me enfiar na floresta mais uma vez e ficaria aqui brincando de proteger alguma coisa, já que nada acontecia nessa aldeia, fui finalmente encontrar com ela.

Sabia que era seu dia no campo, sabia onde ela costumava ficar, até porque já havíamos nos encontrado lá várias vezes e sabia também que ela estaria sozinha, só não imaginei que estaria armada. Juliette Freire nunca deixa de surpreender.

Depois da nossa conversa e de, entre várias aspas, marcarmos nosso encontro aquela noite, fui falar com Bil. Já tinha alguns dias que eu tinha lhe pedido um grande favor e agora só precisava buscar as peças que havia encomendado.

Quando cheguei na serralharia ele e Lourival estavam atendendo Daniel, o rapaz parecia bem agitado e exigia por espadas de prata, para que pudesse caçar os monstros da floresta. Afirmo, mesmo sem muita certeza, que ele seria capaz de se cortar apenas com um galho, não era seguro entregar uma espada ou qualquer outro objeto cortante nas mãos daquele homem.

— Oi, galera. — cumprimentei a todos descontraída e recebi um olhar não muito gentil de Daniel.

— O que quer aqui, Sarah? Isso não é lugar para uma mulher. — era só o que me faltava.

— É o dono agora, Daniel? — eu não costumava chamar as pessoas pelo primeiro nome, meus pais me ensinaram assim, mas aquele rapaz pensava que poderia me colocar para baixo se não me chamasse de Andrade. Muitos ali, na verdade. Parecia que o sobrenome só pertencia aos meus irmãos. Que bom que eu nunca liguei para isso.

Depois da minha pergunta ele fechou a cara, disse que depois voltaria para conversar com Lourival e saiu da serralharia. Eu não poderia ficar mais aliviada, ainda mais que o assunto que eu iria tratar ali não deveria ser muito comentado.