Se passou duas semanas desde o último acontecido, e a Lana ainda estava na casa dos pais...
Pensei em ir lá e fazer uma surpresa já que nossas conversas por mensagem cada vez eram menos.
Durante a manhã fui na floricultura que ela gostava e comprei um buquê de flores que eram suas favoritas e durante a noitezinha iria até a casa dos pais dela e iria trazer minha mulher de volta para casa.No final da manhã fui até a escola onde ela lesiona para pedir se ela queria almoçar comigo, quando a vejo saindo da escola com uma outra mulher, elas estavam pareciam íntimas e mais que amigas.
Fiquei olhando do carro e as vejo se beijando. Penso em sair do carro e fazer um escândalo, mas não faço para preservar a imagem de Lana.
Chegando a tarde, vou para a casa dos pais da Lana e as flagro no sofá...-Não acredito nisso!
"A mão que estava o buquê de flores jogo no chão com uma reação incrédula"
-Era pra isso que queria um tempo? Acho que não é mais um tempo que precisamos, e sim um ponto final!
-Espera Estela! Não...
-O que? Não é o que parece? Tem certeza?
Porque hoje de manhã quando as vi beijando em público era bem o que parecia.
-Estava me espionando?
-Não! Fui para te convidar para almoçar. Mas acho que... Acho que nós nunca deveríamos existir. Nunca deveria ter te convidado para aquele pub, e pode voltar para a tua casa porque me mudei de lá hoje de manhã!
-Espera! Estela!
-Não Lana! Curte ali tua vida de solteira, já que agora é oficial!Me viro e bato a porta na saída, Lana tebta correr atrás de mim mas é impedida por sua amante.
Lana's pov
Nos últimos dias que tenho passado na casa da minha mãe, uma amiga minha de infância veio frequentemente me visitar na casa dos meus pais. A Clara é uma amiga muito próxima da família, ela sempre vem me buscar para almoçar junto com ela, e ontem ela me beijou e pelo visto Estela também viu o que aconteceu.
No estacionamento depois do beijo eu falei para a Clara não confundir as coisas, e peguei e fui embora, não sai com ela. Mas Estela não viu, e depois de noite quando Clara veio se desculpar por tal ato, e Estela entendeu errado.
Teria que ir atrás dela, tentar mostrar pra ela, que é ela que eu amo e quero passar o resto da minha vida.
Prii...
Tocou meu celular
-Alô? Sim sou eu!
Que? Como assim? Ta, já estou indo pra aí!
-O que aconteceu Lana?
-A Estela, ela... ela sofreu um acidente
-Meu Deus! Vamos, eu vou dirigindo.Saímos às pressas para o hospital central e chagando lá vi Estela na maca desacordada e com sangue na cabeça. Entrei em desespero e tentei ir até ela mas fui barrada pelos médicos.
-Estela!
-Senhora! A senhora não pode se aproximar.Cai em choros, estava em desespero pelo o que aconteceu, só queria a Estela de volta para mim.
Estela abriu os olhos e olhou para o lado quando viu a Clara comigo
-Ela
Seus batimentos começaram a cair e os médicos tentam a reanimar.-Senhora... você é a acompanhante?
-Sim! Sou eu!
-Ok. Nós temos que levá-la para a sala de cirurgia e com urgência, ela teve um traumatismo e precisamos tirar a pressão que está no cérebro, precisamos fazer uma trepanação!
-Que?
-A senhora...
-Não. Levem ela e façam o que for preciso, mas salvem ela!
"Falo chorando"O médico e sua equipe levam a Estela para a sala de cirurgia, enquanto estamos esperando ligo para a mãe da Estela.
-Alô? Dona Lívia? A Estela sofreu um acidente, estou aqui no hospital e...
Choros
E ela teve um traumatismo
-Eu estou indo pra aí!Não demora muito e Lívia chega, Clara pega na minha mão e a mais velha pergunta o que estava acontecendo
-É ela?
-Que?
-Foi com ela que traiu minha filha? A culpa da minha filha estar numa sala de cirurgia é sua. Essa vagabunda ainda tem a cara de aparecer aqui?
-Senhora se acalme ou vamos ter que chamar os seguranças.
"Falou uma enfermeira que chegou ali"
-Não Lívia! Eu não traí a Estela, ela viu um beijo que eu nunca continuei e nem dei.
Se acalma por favor.
-Lana. Me faz um favor, e sai desse hospital, não apareça nunca mais na vida da minha filha.
-Dona Lívia...
-Eu não quero escutar, vai embora!
Eu não fui embora, por mais que Lívia pedisse para ir eu não fui, precisava saber se Estela estava bem e se ia ficar bem.
Se passou 3 horas desde que ela foi para a cirurgia, seu médico veio então nos dar a notícia de que ela estava fora de perigo.
Caio em choros com a notícia, fico aliviada em saber que ela estava bem e fora de perigo.
-Dona Lívia... eu só quero falar com a Estela, mesmo que ela esteja desacordada. Não posso ir embora sem dizer para ela o que tenho a dizer.
-Tudo bem!Um tempo depois que a anestesia tinha passado o efeito e Estela estava somente dormindo, fui até seu quarto, me sentei na cadeira que havia no lado da cama e segurei sua mão.
-Meu amor..."choros" me desculpa, o que tu viu não era mesmo o que parecia... me desculpa ter te deixado durante duas semanas... é que eu não sabia como te dizer que eu não posso mais gerar um filho no meu ventre por causa do meu ex marido...
E que ele não só me deixou um trauma emocional mas um físico também. Minha gravidez não foi uma de sonhos e sim uma de pesadelos, ele era cruel comigo e depois no meu puerpério ele... ele era muito ruim Estela. Eu só devia ter te contado, poderia evitar tudo isso...
Eu te amo meu amor, volta pra mim!Levo sua mão até minha boca e a beijo, me levanto e ali parada a olho com um olhar de desdém, beijo sua testa e vou embora.
Na recepção deixo meu número para que quando ela acordar me liguem imediatamente!
No dia seguinte pelas dez horas da manhã enquanto estava dando aula, meu celular toca.
-Alô?
Sim sou! Meu Deus... Ok, muito obrigada por avisar!-Queridos, eu vou deixar uma atividade pra vocês e a professora que vai vim aqui me substituir até o final da aula vai recolher e eu avaliar como um trabalho. É individual ou em dupla somente. Sem trios, quartetos, duplas de três... Fui clara?
Saio tão rápida da sala que quase pecho na porta, vou até a direção e explico a situação e a supervisora diz que fica com os alunos até bater o sinal.
Chegando no hospital vejo minha mãe e claro que eu estranho.
-Mãe?
-Oi Lana. Nem pra me avisar que ela estava no hospital...
-Mãe, o que?
-Ela está melhor então podemos voltar aos planos para o casamento?
-Não vai ter casamento!
-Que?
-Não vai ter até ela melhorar, ela tem ajudar a escolher a decoração e as outras coisas.Não tive a coragem de dizer do que tinha acontecido... mas uma hora ou outra ela ia descobrir.
Peço licença para ficar a sós com a Estela para podermos conversar sem nenhuma mãe para nos atrapalhar.
-Meu amor...
-Não! Não vem... aí...
-Calma Estela, não pode se estressar.
-Deixa eu falar Estela...
A Clara é uma amiga minha de infância, e sim ela é lésbica. Mas ela foi essas duas semanas na minha mãe porque ela sabe o que eu passei na minha gravidez, mas quando tu viu aquele beijo... Foi ela que me beijou, ela interpretou mal a situação, mas eu não continuei o beijo e não fui mais almoçar com ela. E de tarde quando tu foi na casa da minha mãe e viu nós no sofá conversando... ela tinha vindo para se desculpar e me ajudar a preparar algo pra ti.
-Então... então quer dizer que tu não foi pra cama com ela?
-Não! Não fui! Não fui porque eu só amo uma mulher, não fui porque eu só quero ir pra cama com uma mulher pro resto da minha vida.Chego perto da Estela e selo nossos lábios e acaricio sua bochecha esquerda.
Estela teve alta no terceiro dia de internação, o médico viu que estava bem e a liberou, mas se ela sentisse uma dor fora do normal era para voltar.
A mesma se mudou de vez para minha casa, que agora é nossa. Continuamos os preparativos do casamento e tínhamos algo para conversar... filhos. Ela queria, mas eu não ia conseguir e nem poderia gerar um, talvez a adoção poderia entrar em cogitação. Quem sabe nossa família aumenta.
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Desejo
FanfictionUma relação por um fio, uma nova paixão ressurge, dramas do passado, família em pedaços por uma perda. Lana e Estela se encontram em um precipício.