Capítulo 28

52 2 0
                                    

Eles entraram e Marvin deu o documento para Reddington ler e assinar se estava tudo de acordo.
- Não acredito que tive que redigir isso Raymond... Você tem certeza que não está se precipitando? - Marvin perguntou se sentindo mal pelo amigo de velha data.
- As coisas são como elas são Marvin... É o ciclo da vida né? - Reddington disse tranquilo, lendo com atenção o documento.
- Nunca vi você derrotado Raymond... O que há com você? - Marvin perguntou realmente preocupado.
- Apenas estou cansado Marvin... - Reddington respondeu dando uma olhada de relance para o amigo e um sorriso fraco e rápido.
Reddington chegou na parte que mais lhe interessava de seu testamento: Amanda. E viu que estava tudo como ele havia mandado Marvin fazer: ela ficaria com todos os bens e dinheiro que ele tinha em todas as suas contas. Elizabeth, por ser quem era, ficaria com a casa de Dominic, mas nada além daquilo. Reddington havia sido enganado por ela uma vez e não seria de novo, não agora que ele tinha um filho em quem pensar e proteger.
- Está certinho Marvin... - Reddington disse depois de ler tudo com calma e atenção e então assinou o seu testamento.
Elizabeth acreditava que todo o império dele seria dela e se fingia de filha triste com a provável morte prematura de seu pai e Reddington sentia isso, depois que Amanda lhe contará sobre o bebê, ele conseguiu clarear os pensamentos e voltou à pensar com clareza.
Depois de semanas longe de Amanda e sem falar com a menina, Reddington decidiu voltar, mas quando ele ia entrar no carro com Martin e Dembe, ele passou mal, tossindo sangue no vidro da janela e quase desmaiando, mas sendo amparado por Martin, que o escorou junto com Dembe. Eles então foram com Keen para o hospital e Dembe avisou Amanda, mesmo Reddington pedindo para não o fazer.
Como o FBI também estava protegendo Reddington, Dembe avisou Cooper, que junto com Ressler e Parker foram para o hospital.
Amanda chegou junto com Ressler e os outros e entraram todos correndo. Reddington estava sedado e em estado complicado.
Amanda foi para o lado dele e quase arrancou Elizabeth do quarto pelos cabelos, tamanho seu ódio, pois sabia que tudo aquilo era culpa dela.
O que Amanda não sabia era que os planos de Keen para Reddington eram os piores possíveis e para isso, ela iria usar novamente a mulher que havia traído Reddington em Paris, que ele achava que havia se tornado sua associada.

Amanda ficou ao lado de Reddington até ele recobrar os sentidos, acordando pedindo água. Assim que ele viu a menina ao lado dele, ele a olhou e sorriu fraquinho, pegando a mão dela.
- Sssh... Não se esforça... - ela disse sorrindo. - Eu vou ficar aqui com você meu amor... - ela falou e deu um beijinho na mão dele.
Ele então bebeu um pouco da água e voltou a ficar olhando para a menina, um olhar de quem pedia desculpas por tudo.
- Você nem se atreva hein? Tem alguém que precisa de você aqui muito mais do que eu... - ela disse em tom firme e de ordem, olhando para sua barriga.
Ele então sorriu e esticou a mão, e então Amanda se aproximou e ele colocou a mão na barriga dela e ambos pela primeira vez, sentiram um movimento vindo do bebê e ambos se olharam surpresos e sorrindo e lágrimas escorreram de ambos.
Depois daquilo, Reddington se sentiu mais aliviado e com vontade de lutar contra a doença que havia desenvolvido e Amanda, foi atrás de um médico para falar sobre o bebê, se tinha algo que ela podia fazer para salvar o marido.
Enquanto Amanda estava fora do quarto e Ressler estar conversando rapidamente com outros agentes do FBI para evitar que estranhos entrassem no hospital, eles não viram a mulher entrar no quarto de Reddington, mas ele a surpreendeu e viu o momento exato que ela havia colocado uma bomba sob sua cama. E quando Ressler entrou, Reddington avisou com dificuldade porque estava grogue devido aos medicamentos que haviam dado pra ele.
Ressler chamou ajuda, fazendo Amanda já correr até lá, e então eles conseguiram tirar Reddington de perto do local e ele jogar a maca para a janela, mas sendo atingindo pelos estilhaços da bomba e dos vidros, mas não se machucando sério.
Amanda tirou Reddington do hospital com Dembe e Baz e foi ver Ressler, encontrando-o sendo atendido por um enfermeiro.
- Quase hein? - ela brincou parando na porta.
- Acho que me senti um pouco você... Quase sendo explodido... - ele disse brincando e rindo.
- Você sabe quem colocou a bomba? - ela perguntou.
- Reddington disse que era aquela nova associada dele... - Ressler respondeu.
- Eu vou matar a Keen. - Amanda disse com ódio.
- Oi que? Não, eu disse que... - Ressler disse mas parou ao entender o que Amanda quis dizer e disse: - Não vou te ajudar a matá-la, mas conte comigo para evitar o sucesso dela, Mandy...
- Obrigada Donnie. - ela disse e foi saindo.
- Hey, vai pra onde? - ele perguntou.
- Não me leve a mal Donnie, mas não vou contar para ninguém da Força Tarefa... Não até o Reddington estar melhor.... - ela disse olhando-o significativamente.
- Tudo bem. Não julgo... - ele disse sorrindo. - Vai lá. A gente se fala. - ele falou e ela saiu sorrindo.
Amanda foi sozinha para onde Dembe iria encontrá-la e levá-la até o esconderijo onde Reddington estava recebendo cuidados médicos.
- Dembe, chame o médico especialista que está cuidando do Red, tenho umas perguntas pra ele... - ela disse decidida e foi para o quarto ver seu marido, que estava dormindo.
Algumas horas depois, Dembe acordou Amanda gentilmente e informou que o médico havia chegado e estava esperando ela na sala que antecedia o quarto.
- Obrigada Dembe... - ela disse acordando melhor e indo falar com o médico. - Oi doutor, boa noite...
- Sra. Reddington, boa noite... Dembe disse que você gostaria de conversar comigo...? Em que posso ajudá-la? - o médico disse sério, mas no fundo com um ligeiro medo.
- Sim... - Amanda disse com uma certa esperança. - Eu andei lendo na Internet, e sei que existem algumas doenças que podem ser curadas com células troncos embrionárias.... E com transfusão de medula de bebês, isso é verdade? - ela perguntou.
- Sim, é verdade... As chances de um bebê ou até mesmo um feto salvar a vida de um dos pais são muito grandes... - o médico disse.
- A doença de meu marido, é uma dessas doenças??? - Amanda perguntou com medo da resposta mas havia esperança em sua voz.
- Eu preciso avaliar melhor, Sra. Reddington... Mas mesmo que seja uma doença dessas, o Sr. Reddington não tem um filho que seja recém nascido para ajudar... - o médico disse sem jeito.
- Quem disse que não? - ela disse e colocou sua mão em sua barriga.
O médico olhou para a menina totalmente chocado e havia um brilho de esperança em seu olhar e então ele disse:
- Se essa doença for uma das doenças que podemos curar com isso Sra. Reddington, não precisaremos nem esperar o bebê nascer para salvar seu marido... - ele disse sorrindo esperançoso.
- Se não for colocar a vida do bebê em risco... Faremos o que for preciso! - Amanda disse totalmente feliz e animada.
- Ótimo... Eu vou vou fazer mais testes e pesquisas e juro que vamos fazer o melhor possível para o Sr. Reddington... - o médico disse e correu para fora, para ir para seu laboratório.
- Dembe...? - ela chamou o segurança. - Leve o doutor para seu laboratório em segurança? Ele vai fazer umas pesquisas para salvar o Red... - Amanda disse sorrindo. - Depois volta aqui, por favor... - e com isso o homem saiu.
Ela entrou novamente no quarto de Reddington e ele depois de um tempo que ela estava sentada ao seu lado, acordou, olhando-a e sorrindo.
- Acho que vamos ter uma saída para ficarmos juntos meu amor... - ela disse pegando sua mão e sorrindo feliz.
Reddington a olhou com seus olhos marejados e sorriu feliz. Ele não conseguia falar, era como se sua doença o impedisse. Mas seus olhos diziam tudo o que Amanda precisava saber.
Quando Dembe voltou, depois de uma hora, com uma pizza e uns refrigerantes para eles comerem, Amanda contou sobre o médico.
- Mas Mandy, as únicas filhas de Raymond não... - ele começou, mas Amanda o interrompeu e disse:
- Não precisamos delas e nem tô falando delas Dembe...
- Mas... - ele ia falar mas sua ficha caiu e então ele olhou boquiaberto para a menina e seu sorriso foi o maior que ele já havia dado na vida, abraçando a menina todo feliz e disse: - Mas como? Quanto tempo? Ele já sabe?
- Uns cinco meses... Sim, contei pra ele em uma discussão que tivemos, antes de ele passar mal...
- Aquele dia que ele saiu atordoado do apartamento? - Dembe perguntou chocado.
- Sim... Não me aguentei e joguei na cara dele um par de mini All Stars preto e uma foto do último ultrassom que havia feito onde atrás estava escrito: "Parabéns, é um menino!"
Dembe não se cabia em si de felicidade e estava mais animado para ver o bebê do que a própria menina em sua frente.
- E essa pesquisa que o médico está fazendo, pode machucar o bebê? - ele perguntou com medo.
- Não sei, eu disse pro médico que não afetando o bebê... Eu faria qualquer coisa para salvar o Red... - ela disse animada e Dembe se animou também.

The Red Files - Season 7Onde histórias criam vida. Descubra agora