Capítulo 12

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Amanda chamou mais homens e principalmente: Samar e Aram que estavam mais próximos e chegaram primeiro.
- Mandy, o que houve...? - Samar correu até a menina, que estava atocaiada em uma pilastra e logo em seguida mais tiros de artilharia pesada, com balas que podiam atravessar os coletes deles.
- Sei lá que inferno a gente entrou mas tamo aqui... - ela disse debochada como sempre. - Que belo presente de retorno não acha??? - ela disse e deu uma piscadinha para a amiga do outro lado do galpão.
- Isso que é gostar de encrenca garota... - Samar disse rindo.
- Fazer o que... Ela sempre me acha... - Amanda disse e todos riram.
Passados uns minutos, o reforço bem armado chegou e então eles conseguiram avançar, Amanda, junto com Samar, conseguiram pegar todos os atiradores e então foram atrás de Ressler que estava sumido desde quando ele entrou pela entrada dos fundos.
As meninas, chegaram e encontraram ele lutando com um bandido, mas o bandido estava levando a melhor, Ressler havia sido desarmado e estava apanhando feio, quando ele deu um soco e um chute no bandido e esse caiu semi desacordado, ele olhou sorrindo para as meninas e disse:
- Acho que podemos algemá-lo...
Mas antes que ele pudesse falar qualquer coisa, Amanda viu o homem pegar a arma de Donald no chão e mirar nele, mas ele estava sem colete então, Amanda correu para ficar na frente da bala e o tiro foi bem no peito da menina, fazendo ela cair em cima de Ressler, sem ar.
- Samar, vai pedir ajuda... Aqui não tem sinal... - Ressler gritou enquanto ele pegava a arma do coldre de Amanda e matava o homem, que tentava atirar de novo.
- Hey... Calma... - Ressler disse abrindo o colete para ver se havia parado a bala. - Calma, pegou no colete, ele segurou... - ele disse assim que viu que estava tudo bem com a menina.
- Obrigada... - ela disse sorrindo ainda meio sem ar pelo impacto da bala.
E então, Ressler a beijou, sem aviso, apenas a beijou, um beijo cheio de carinho e por um minuto, Amanda ficou sem ação,  não acreditando naquilo, mas logo se desvencilhou dele e o afastou, mas ao olharem para o lado, viram Reddington parado na porta que dava para o corredor, seus olhos verdes, cheios de raiva, de ódio, querendo matar os dois ali, naquele instante. Mas ele não disse nada, apenas deu as costas e saiu andando, deixando os paramédicos entrarem e verem que Amanda havia quebrado de novo, uma costela.
- Que novidade... - ela disse tentando puxar o ar e sentindo dor.
- Amanda eu... - Ressler tentou falar quando os paramédicos iam colocar a menina na ambulância para levá-la ao hospital, mas ela levantou a mão e disse:
- Na boa Don, vai pra casa... Tu já fez muito por hoje... - seu tom era meio furioso.
Ele se calou e a menina foi para o hospital.
- Vocês podem ligar para a minha irmã? - Amanda perguntou.
- Claro, me dê o número, eu ligo... - uma paramédica disse sorrindo.
Amanda passou o número e a moça ligou, explicando a situação e dizendo para que hospital ela estava sendo levada.
- Obrigada... - Amanda disse e fechou os olhos, estava dolorida, cansada e ainda estava com raiva de si mesmo por causa do beijo que Donald havia dado nela.
Quando Amanda chegou no hospital, foi fazer exames para ver se não havia lesionado mais nada e voltou para o quarto, onde Lavínia estava esperando e assim que as duas ficaram sozinhas a amiga bateu forte três vezes no ombro de Amanda enquanto dizia furiosa:
- MAIS QUE MERDA VOCÊ ESTAVA PENSANDO AO BEIJAR O RESSLER??? VOCÊ COMEU TERRA, POR ACASO AMANDA???
- Nossa, a notícia correu mais que um foguete... - ela disse se afastando e se encolhendo na cama, se virando de costas para Lavínia, mas a amiga não deixou e a fez ficar encarando ela.
- ONDE É QUE VOCÊ ESTAVA COM A CABEÇA QUANDO DEIXOU ISSO ACONTECER? - Lavínia gritava furiosa.
- EU TAVA MAIS DESMAIADA QUE QUALQUER COISA LAVÍNIA, EU NÃO ESTAVA PENSANDO EM NADA, PELO AMOR DE DEUS, NÃO FOI NEM DE LONGE ALGO PENSADO... - Amanda gritou de volta, lágrimas escorriam por seu rosto. - Você acha mesmo que eu queria alguma coisa assim? EU AMO O MEU MARIDO... NUNCA NA MINHA VIDA, EU SERIA CAPAZ DE FAZER AQUILO COM ELE... - ela gritou novamente e chorou, soluçando, sabia que seu casamento estava arruinado e que a culpa era dela.
O silêncio no quarto era absoluto, apenas quebrado pelos soluços de Amanda.
Ainda chorando, Amanda voltou à vestir suas roupas e foi saindo do quarto, com Lavínia atrás dela perguntando:
- Aonde você vai?
- Qualquer lugar... Preciso ficar sozinha... - Amanda disse furiosa e chorando.
- Moça, você não pode sair sem o médico lhe dar alta... - a enfermeira disse.
- Me dá logo os papéis para assinar que eu vou sair daqui por bem ou por mal... - Amanda disse furiosa entre os dentes.
A moça não falou mais nada, apenas pegou os papéis e Amanda assinou, saindo andando rápido, sendo seguida por Lavínia furiosa querendo saber para onde ela ia.
- Eu já disse que não sei. Preciso ficar sozinha... Se quiser, manda o Reddington me achar e daí ele já acaba logo com isso e me mata de uma vez. - Amanda disse furiosa, com lágrimas caindo e seus olhos vermelhos e havia ódio em seu olhar.
Lavínia então parou ao ouvir aquilo e viu a amiga se afastar quase que correndo. Já estava de noite e começando à nevar, Lavínia ficou preocupada mesmo com Amanda sozinha naquele estado em que estava e sem roupas de frio e ligou para Reddington.
- Não me interessa nada que venha da sua amiga agora Srta. Berwald. - Reddington disse ao atender o telefone.
- Sei que não, mas Amanda saiu do hospital sem alta e totalmente desnorteada, andando pelas ruas escuras. Se você não quiser fazer nada, apenas peça para alguém achá-la e me avisa que eu vou... - ela disse preocupada e séria.
O tom de voz de Lavínia deixou Reddington preocupado, mas ele estava furioso com Amanda, não queria vê-la nem pintada de ouro, mas ao mesmo tempo não podia deixá-la na rua naquele estado que Lavínia havia dito, então ele pegou seu casaco e chamou Dembe para saírem.

The Red Files - Season 7Onde histórias criam vida. Descubra agora