[HIATUS] 𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐈𝐒𝐓𝐄𝐑𝐘, salsicha rogers

007. mistério sentimental.

" — Lanchinho da madrugada! "

SALSICHA E ELISE se sentaram na cama da loira, um de frente para o outro. Era completamente comum toda a sua turma de mistério irem para sua casa, ás vezes para dormir, ás vezes para passar o dia, então não havia nenhum problema no Rogers estar ali naquele momento, ainda mais por ele morar só a duas ruas antes.

Porém, a Sinclair sabia que seus pais, principalmente sua figura paterna, iriam reclamar pelo garoto estar sozinho com ela e estar ali sem autorização dos mais velhos, mesmo que nem precise de toda essa formalidade.

Não demorou para que a garota começasse a falar, detalhadamente, de como havia sido sua noite tenebrosa e apocalíptica. O pensamento da palavra a fez soltar uma pequena risada, antes de um suspiro.

— E foi assim que eu vivi para contar mais uma história da minha vida. — ela abriu um enorme sorriso, como se aquilo não tivesse sido nada demais, enquanto Salsicha a encarava abismado.

— Você... você... você foi perseguida pelo Ghostface? — ele praticamente gritou, o que fez Elise lhe dar um tapinha. — Aí! Nossa, mas que perigo! — o Rogers quase pulou na cama. — Mas você está machucada?

O acastanhado segurou o rosto da mais nova, observando ele inteiro.

— Não. Não estou machucada, desviei rápido, não se preocupe. — ela sorriu para o tranquilizar. A loira levou as próprias mãos para ficar em cima das dele.

Salsicha levou um pequeno susto com o ato e ficou tão envergonhado que retirou suas mãos dali, fazendo Elise ficar um pouco constrangida e chateada.

Talvez tivesse passado um pouco do limite do toque físico. Andava fazendo muito isso: Passar dos limites.

Ela pigarreou.

— Ainda não contei para o resto da turma, contarei amanhã, então agradeceria se você não falasse nada.

Ele assentiu, sem falar muito, e isso fez a Sinclair ficar um pouco paranóica. Havia sido apenas um toque, eles haviam feito coisas parecidas antes, será se ele realmente havia detestado tanto seu toque assim?

Ela ficou um pouco cabisbaixa, não sabendo mais o que falar, com medo de ser praticamente ignorada outra vez. Isso até Salsicha praticamente dar um pequeno pulo da cama.

— Como pude esquecer disso? Diabo! Você realmente mexe com a minha cabeça. — ele simplesmente soltou essa frase, se levantando da cama e indo até uma mochila.

Uma mochila que Elise só havia percebido naquele momento, de tão atordoada que estava quando Salsicha chegou.

Mas não tão atordoada quanto estava naquele momento. Aquele frase parecia ecoar em sua mente a cada segundo e seu coração estava palpitando.

Claro, tudo isso foi questão de segundos, mas para Elise parecia ter se passado minutos.

— Trouxe algumas comidinhas. Lanchinho da madrugada! — ele falou animado, arrancando um sorriso carinhoso da loira.

Um pouco mais tranquila, ela comemorou junto dele pelo lanche.

Elise não sabia dizer que horas havia pego no sono, afinal tinha apenas fechado os olhos sem nem perceber. Lembrava de comer bastante das coisas que Salsicha havia trago e de rir de alguma bobagem que ele havia falado, depois disso, só se lembra da escuridão.

No entanto, essa foi uma das melhores noites que teve naquela semana. Pode ter ido dormir um pouco fora da hora, mas ainda sim havia dormido extremamente bem. Ela havia acordado, mas ainda não havia tido ciência das coisas ao seu redor.

Só se deu conta de que não estava sozinha quando sentiu o braço ao redor de sua cintura. Ela levou um susto e olhou por cima do ombro, vendo a expressão serena e dorminhoca de Salsicha.

Seu coração acelerou.

Ela havia dormido de conchinha com Salsicha.

Seus olhos se arregalaram quando ela se deu conta disso. Havia dividido a cama com um de seus melhores amigos. Era algo normal, certo? Amigos dormirem no mesmo quarto e até na mesma cama.

Mas de conchinha? Disso ela havia muitas dúvidas. Porém Elise não ousou se mexer, apenas virou um pouco mais a cabeça, de uma forma confortável e que pudesse observar melhor o rosto do garoto.

Salsicha tinha o cabelo completamente bagunçado, mas isso ele sempre estava. Agora ela tinha a certeza de que ele não penteava ele pela manhã, como sempre suspeitou. Sua boca estava um pouco aberta e um fio de baba descia do canto de sua boca.

Eca, qualquer ser humano comum pensaria, mas Elise achou aquilo a coisa mais fofa do mundo. Ainda mais em conjunto com o pequeno ronco que ele dava de pouco em pouco.

A loira não sabia bem o motivo para que estivesse se sentindo daquela forma e esse era mais um novo mistério que ela teria que desvendar.