“ — Ô Diabo! ”
POLICIAIS E BOMBEIROS ainda rodeavam Elise, mas dessa vez, ela estava na beirada de dentro da ambulância, após terem feito alguns exames rápidos nela. Ela achava que era desnecessário aquela preocupação toda, mas se manteve calada, já havia irritado muita gente.
— Elise! — a voz extremamente familiar de sua mãe ecoou por todo aquele caos. Os fios levemente curtos e tão loiros quanto os seus logo entraram no seu campo de visão. — Céus, você está bem? — ela agarrou o rosto da filha com uma certa força, fazendo Elise fazer uma careta.
— Mãe, eu estou bem! Foi só choque e susto, só isso. — suspirou. Ela estava começando a ficar envergonhada com aquela situação toda. Aquilo tudo não era sobre ela, sabia disso, mas ainda sim estava envergonhada e se sentindo culpada.
Ela não gostava de decepcionar e nem de preocupar pessoas queridas, e havia feito isso essa noite. Havia preocupado não só seus pais, mas também todos os policiais que conhecia, principalmente o Sheriff.
Mas, novamente, aquela noite não era sobre ela. Era sobre o homem que havia perdido a sua vida, sem mais nem menos. Um trabalhador que apenas foi fazer seu serviço e agora não voltaria para casa, um homem que acabara de deixar uma família numa imensa tristeza e num eterno vazio, sem que ele sequer quisesse isso.
— Quero ir para casa. — Elise sussurrou, cansada de tudo aquilo. Cansada daquela noite.
— Vamos, meu bem. Seu pai irá nos encontrar lá. — a Senhorita Sinclair ajudou a filha a descer da ambulância e a puxou para si, a envolvendo em seus braços. Após mais algumas perguntas e mais um interrogatório, elas tiveram a permissão para sair dali e irem para casa.
Elise encarava a janela de seu quarto, enquanto estava sentada no pequeno divã que havia ali. Era possível ver o lado de fora, em uma completa escuridão por conta da noite e em completo silêncio por conto do toque de recolher. Devia ser por volta da meia noite naquele momento.
Ela ainda não havia entrado em contato com seus amigos detetives para os contar sobre o ocorrido, não sabia por onde começar a contar e eles iam acabar sabendo uma hora, o jornal da cidade não iria perder tempo em fazer um artigo bem recheado sobre essa noite.
Seus pensamentos ainda estavam no corpo sem vida do vigilante e na máscara que escondia a face de seu assassino. A Sinclair não imaginava que seria tão assustador pessoalmente, mesmo que aparentasse ser de plástico.
Antes dela e de sua mãe saírem de vez para irem para casa, o Sheriff da cidade alertou para que elas tomassem cuidado, principalmente Elise. O assassino havia a perseguido e á essa altura do campeonato, ele já devia saber que ela andava investigando a fundo o caso dele.
Isso poderia se tornar um problema, Elise poderia estar com um alvo invisível bem no meio das costas.
Estava tão inerte em seus pensamentos que levou um susto enorme quando ouviu o som de alguma coisa batendo contra sua janela. O susto havia sido tão grande que ela caiu do divã e bateu com a bunda com tudo no chão. Ela reclamou, antes de se levantar.
Se aproximou com cautela da janela e bem no momento mais alguma coisa bateu contra o vidro, dessa vez ela conseguiu identificar uma pedrinha antes que ela sumisse outra vez. A loira se encostou no parapeito da janela e a abriu, e logo um sorriso genuíno cresceu em seu rosto.
Porém, o sorriso não durou tanto. Salsicha não havia percebido que a garota havia botado a cabeça para fora e jogou mais uma pedrinha, que acertou bem no meio da testa da garota loira. Ela reclamou do impacto e coçou a testa, enquanto o Rogers arregalou os olhos.
— Ô Diabo! Foi sem querer! — ele exclamou e Elise abanou a mão, como se dizendo que sem problemas.
— Vamos, sobe logo antes que alguém apareça. — jogou a corda de panos que ela havia feito a anos atrás e não demorou para que Salsicha subisse para seu quarto, usando a corda provisória e a parede de apoio.
Era um fato para todos que o Rogers era um dos seres mais desengonçados e atrapalhados que havia no mundo, mas ele havia pego o jeito com aquilo depois de anos tentando. Elise ainda se lembrava das altas gargalhadas que dava quando Salsicha tentava subir e falhava humilhantemente, indo direto para o chão.
Elise não esperou muito mais tempo. Assim que o garoto colocou os pés dentro de seu quarto, ela pulou em cima dele o abraçando com força. O Rogers ficou sem graça e não soube agir de imediato, mas logo envolveu o corpo da garota com os braços. Salsicha era um pouco tagarela, mas até mesmo ele sabia quando ficar calado.
Se passaram alguns minutos, antes que a garota decidisse falar.
— Não precisava ter vindo. Foi perigoso e Scooby pode ficar preocupado se não te ver no quarto.
— Ele está acostumado comigo vindo aqui. — respondeu com seu inconfundível e fofo sotaque.
— Obrigada por vim, sério mesmo. A noite foi muito agitada e eu só preciso conversar um pouco.
Falou cabisbaixa e um pouco chateada, só naquele momento ela demostrou cansaço e angústia na frente de alguém durante toda a semana.
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[HIATUS] 𝐓𝐇𝐄 𝐌𝐈𝐒𝐓𝐄𝐑𝐘, salsicha rogers
Fanfiction(🐶) ━ O MISTÉRIO.... scooby-doo fanfiction ❝ Uma máscara, assassinatos brutais. Que isso? Um filme? ❞ DURANTE UMA CERTA NOITE, dois caçadores sobrenaturais acabam entrando dentro de uma tv mágica, levando consigo um demônio sobrenatural e ass...