Capítulo VIII

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Após passarem horas conversando no whatsapp sobre alguma forma de fazer com que Beomgyu fosse ao baile e que estivesse feliz com isso, ficou combinado de saírem discretamente no dia seguinte para irem ao shopping, mais uma vez. Beomgyu não poderia acompanhá-los.

Apesar dos domingos serem livres, Yeonjun não queria deixar o garoto sozinho. Queria ficar colado nele o tempo todo. No entanto, se não pudesse sair sem ele, não poderia dar andamento ao plano, que, diga-se de passagem, parecia realmente bom.

Por fim, Yeonjun mentiu que ia ver os amigos e pediu que Beomgyu ficasse em casa pelas próximas 3h. Pediu que se trancasse no quarto, que ficasse por ali e que ele estaria online no whatsapp o tempo todo. Qualquer coisa, se ele recebesse uma nova ameaça ou qualquer suspeita, deveria contatá-lo.

Pegou um táxi, recusando os serviços de Bruce, e partiu ao shopping, mais uma vez, encontrando Taehyun e Kai logo na porta.

- Galera, precisamos ser rápidos, eu preciso voltar pra casa logo porque combinei de ficar no facetime com a mamãe. – mentiu, ao quê os garotos assentiram.

- Sem neura, a gente já fez uma busca e aqui tem a loja que precisamos pra conseguir o que combinamos no grupo. – declarou Terry, indicando um dos corredores com a mão.

Após cerca de duas horas entrando e saindo de lojas, sendo que na primeira que entraram gastaram cerca de 40 minutos, o trio dirigiu-se satisfeito até a praça de alimentação.

Pediram uma porção de batatas, nuggets e cebolas fritas misturados e petiscaram enquanto tomavam suco.

- Eu nem acredito que deu tudo certo. Yeonjun, deixa com a gente essas sacolas. É certeza que o Gyu ia vestido com aquela fantasia? – questionou Kai, curioso.

- Sim, ele me mostrou a fantasia outro dia. Estava tão empolgado. – respondeu, sorrindo ao abocanhar um nugget.

- Ótimo! Vai ser show! – declarou Terry, todo contente.

- Ele vai ficar feliz, pode ter certeza! – assegurou Kai, feliz pelo amigo.

Quando Yeonjun chegou em casa, ouviu as tosses fortes de Taeyang Choi. Provavelmente, o patriarca estava tendo alguma crise. Jihye o acompanhava, e, por seu tom de voz, estava preocupada com o pai.

O agente seguiu até o quarto de Beomgyu, enquanto pensava no quanto aquela casa era gigante e que havia dias em que sequer via Jihye ou Taeyang. Bateu na porta, educado, aguardando pela resposta do dono do quarto.

- Yeonjun? – ouviu a voz questionar.

- Posso entrar? – perguntou, recebendo uma resposta positiva.

Entrou no cômodo, fechando a porta atrás de si.

- Tranca. Eu não quero que ninguém invada o meu espaço. – pediu Beomgyu, zapeando o controle remoto enquanto passeava pelas galerias de filmes da Netflix.

Yeonjun o notou meio amuado, enfiado no meio dos edredons e travesseiros de sua cama. O quarto estava escuro, um tanto abafado. O agente se perguntava se Beomgyu havia comido, já que o horário do almoço havia passado.

Retirou os tênis, endireitando-os ao lado da cama. Enfiou-se debaixo das cobertas de Beomgyu, aproximando-se dele.

- Tá tudo bem? – perguntou baixinho, levando a mão aos cabelos do garoto.

Beomgyu voltou-se a ele, assentindo. Conforme ele se aproximou, abraçou-se a ele, deitando a cabeça em seu peitoral, de olhos fechados.

- Só fica aqui comigo assim, só um pouquinho, tá? Eu não me sinto muito legal com tudo isso que aconteceu, somado com essas ameaças e o baile, ainda essa semana. Agora, esse hacker pode ser qualquer um deles, digo, das pessoas que não gostam de mim de verdade. Eu me sinto muito perdido, Yeonjun. Sinto que não sei mais nada sobre amizade. – declarou, apoiando a palma da mão no peitoral dele.

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