11 | Depois você conta

6.6K 756 609
                                    

[ 👾 .*+ ]

Minho suspirou e olhou para o lado. Segui seu olhar, porém só encontrei uma porta fechada e um Minho imerso em indecisão sobre me contar ou não.

Com as duas mãos, virei seu rosto para mim e o encarei.

— SeungMin.

Não controlei a surpresa.

— SeungMin gostava de mim na época, e eu achei que seria legal beijá-lo.

— E foi bom? — não sei por quê diabos perguntei isso.

Minho riu baixo e tocou minha mão direita.

— Nem se compara ao seu — ele murmurou.

Algumas batidas à porta e Minho apenas gritou um "entre" ao se sentar em meu colo. Olhei para a porta e encontrei um Felix totalmente arrumado.

— Nós fomos convidados para a festa daquele garoto do time de basquete.

— Qual deles?

— Um tal de Mark.

Minho estalou a língua e fez um movimento positivo com a cabeça.

— Vocês têm uma hora para se arrumarem — Felix ditou e fechou a porta. Ele deu um grito, e eu supus que o motivo havia sido ChangBin.

— Está afim de ir? — Minho indagou ao me olhar.

— Não tenho boas recordações de festas.

Minho riu.

— Nem a minha foi boa?

— A sua é uma exceção — o puxei pela gola da camisa e o beijei. Sem motivo nenhum. Apenas tive vontade de sentir a textura macia dos lábios de Minho contra os meus.

[...]

— Falou com sua mãe? — Minho indagou ao estacionar o carro.

— Acabei de mandar uma mensagem. Ela disse para eu aproveitar e encher a cara como ela fazia nos velhos tempos.

Minho riu e puxou o freio de mão. Retirou a chave e me olhou.

— Você vai chamar muita atenção — ele disse. Passou seu braço por trás do banco e pegou uma jaqueta de couro preta e me entregou — a vista.

Retirei o cinto e assenti. Quando ergui os braços para vestí-la, senti a mão de Minho em minha cintura, deslizando até o cós de minha calça. Ele aproximou seu rosto de meu pescoço e mordeu-o. O sugou um pouco e eu grunhi.

— Eu arranco os olhos do infeliz que olhar para você — sussurrou em meu ouvido. Ri ao olhar para ele — o quê?

O dei um selinho rápido antes de sair do carro e ser acompanhado por ele.

E claro, muitos olhares nos acompanharam até dentro da imensa casa. Pessoas bêbadas, música alta, bebidas e comida por todos os lados.

Dessa vez, eu não queria ir embora, ou não estava reclamando. Até mesmo porquê minha companhia era Minho, esse que entrelaçou seus dedos nos meus e começou a cumprimentar todos.

Todos ali me viam como a vadia de Minho, mas eu comecei a sentir que eu não era só mais um cara que ele pegou.

— Quer comer alguma coisa? — ele perguntou. Eu devo ter ficado muito tempo fora do ar, já que ele tocou meu rosto e me deu um olhar preocupado — Jisung?

Balancei a cabeça e dei um sorriso.

— Está tudo bem — disse.

Ao norte, vi Felix e ChangBin conversando e trocando carícias. Não avistei BangChan ou SeungMin, ou talvez eles nem tenham vindo.

— Licença — Minho disse ao roubar uma garrafa de cerveja de um desconhecido e me guiar pelo hall até o lado de fora. Ele era tão despreocupado, tão cheio de si. Só que isso não me irritava tanto mais.

Olhei para lado e vi Hyunjin conversando com três caras do time de basquete.

— Já volto — sussurrei quando Minho começou a conversar com um amigo. Corri até Hyun e ele me deu um sorriso travesso quando me aproximei.

— Vi que tem uma ótima companhia — brincou e eu rolei os olhos.

— É, talvez — molhei os lábios — tem muita coisa acontecendo — murmurei. Hyun apertou minha bochecha.

— Quer beber?

— Não posso nem pensar. A dor de cabeça atacou ontem.

— E você ainda veio para cá? Não está doendo?

— Não — respondi — passou.

— Remédios finalmente fizeram efeito? — ele perguntou e bebeu um gole da cerveja em suas mãos.

— Não exatamente — olhei para baixo, e depois o encarei — preciso te contar uma coisa.

Ele arqueou uma das sobrancelhas.

— Depois você conta — a voz de Minho ao pé de meu ouvido me fez arrepiar. Ele envolveu seu braço direito em minha cintura e acenou com a cerveja para Hyunjin e os outros dois, que eu percebi não conhecer — vamos, quero que conheça uns amigos — disse e ele me puxou para longe dos três.

— Por quê isso de repente? — indaguei irritado quando estávamos longe da visão deles. Me soltei de Minho e respirei fundo.

— Porque — ele colocou a cerveja em uma mesa próxima e aproximou-se de mim — eu não gosto quando dá atenção para outros caras.

[ 👾 .*+ ]

Han Jisung, The Virgin | MinsungOnde histórias criam vida. Descubra agora