Turtles

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- Você está maluco?! Como tem a coragem de pensar nisso?!

- Uma criança, a cobaia perfeita para o teste.

- Não é só uma criança, Doutor...

- É exatamente por isso que considero a cobaia perfeita.

- E se não funcionar?

- Vai funcionar. Precisa funcionar...

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Nova York, Brooklyn - Domingo
01:40

...

- Anda logo, Donnie - Rapha dizia impacientemente, os braços cruzados e os olhos verdes focados na tela principal do computador.

- Vai demorar muito? - Foi a vez de Mikey reclamar, se debruçando nas costas de Donatello, que, por sua vez, se encontrava sentado na cadeira.

- Se ficarem em silêncio e me deixarem trabalhar não! - O roxo retrucou, empurrando o irmão de laranja para longe de si.

- Falem baixo, vocês vão acabar chamando a atenção do Mestre Splinter - sussurrou Leo.

- E você para de ficar mandando - respondeu o de vermelho.

- Eu sou o líder aqui, esqueceu?

- Calma aí galera, não precisa de tudo isso! - Michelangelo falou alto, recebendo um "shhh" de seus irmãos, dando assim início a mais uma discussão sem fim.

- Galera, eu achei uma coisa aqui - Donnie conseguiu chamar a atenção do trio, que voltou a se aproximar rapidamente - Mavie Blake, filha da turismógola Elen Blake e do falecido Doutor Mark Blake, um cientista. Ela tá no segundo ano do ensino médio.

- Então o pai dela morreu - comentou o líder.

- Bala perdida - explicou o de óculos - Não encontraram o responsável pelos tiros.

- Será que foi uma morte planejada? - Deduziu Raphael.

- Pobre Mavie, minha namorada deve ter sofrido tanto... - fungou Mikey.

- Donnie, não tem mais nenhuma outra informação? Nada?

- Foi mal, Leo, vou ficar devendo essa. Posso tentar encontrar algo sobre o pai dela, mas se a dedução do Rapha tiver certa não vai ter muita coisa. A boa notícia é que consegui rastrear ela - com seus dedos ágeis pressionou algumas teclas, o endereço aparecendo na tela.

- Haha, minha gatinha mora aqui pertinho da gente! Não é demais?!

- Shhhh, Mikey! - Os três acabaram sua atenção.

- Meninos? Ainda acordados?

A voz de Splinter ecoou por seus ouvidos, fazendo-os agir em completa desordem.

- Tira isso da tela, Donatello! - Leo o apressava.

- Com você na minha frente fica difícil!

- Mikey, sai de trás de mim!

- Eu não tô aqui, Rapha! Sou um ninja! Uma sombra!

- SHHHHHHHH!

- Meninos?

No momento em que o rato mutante adentrou o laboratório de Donatello encontrou seus filhos, um do lado do outro, parados de frente para si com os braços para trás. Michelangelo olhava para o teto enquanto assoviava, recebendo um soco na nuca por Raphael, sendo obrigado a retomar a postura.

- Está tudo bem? - O mais velho os observava com certa desconfiança. Conseguia lê-los perfeitamente, eram seus filhos afinal.

- Hã nada, a gente tava... - Donnie tentou pensar no que dizer, Mikey agindo rápido para completar sua explicação:

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