Cap. 19 - Maluquices do luto

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Capítulo 19 | Sarah Arellano

JÁ ESTAVA NO HORARIO DO TREINO, mas a coisa dos telefonemas não sai da minha cabeça.

- finalmente, chegou atrasada né - buzz disse rindo, eu estava tão pensativa que nem liguei a isso

- antes de começar o treino... finney, eu preciso falar com você - falei acelerada

- Ok - finney disse confuso e saiu na área então fui logo atrás do loiro

Fiquei em silêncio por um tempo pensando mas um pouco

- o que você queria falar? - finney perguntou percebendo meu comportamento

- os telefonemas, eles já ligaram na sua casa? - perguntei saindo do meu mundo de pensamentos

- eh... não, só no cativeiro - ele falou

- no sábado, eu recebi uma ligação, e era o Robin ou... parecia ser - falei e pensei sobre o que meu tio falou

- que estranho, ele nunca ligou na casa de ninguém - finney disse pensativo

- ou isso é só mais uma loucura da minha cabeça - falei cabisbaixa

- não Sarah, você não entende? Isso pode ser o Robin enviando algum sinal, algum aviso, sei lá - finney disse colocando a mão em meu ombro

- quer saber, esquece. Isso deve ser mais uma maluquice do "luto" - falei e fui em direção a área que os meninos estavam mas finney segurou meu pulso

- Sarah... - finney tentou falar algo

- não, esse assunto encerra aqui! - falei e voltei a área, enquanto os meninos treinavam não parei de pensar naquilo

Fui até o banheiro e passei uma água em meu rosto para aliviar o estresse e preocupação. Assim que peguei minha mochila que estava aberta, as coisas caíram no chão

— Merda — Falei comigo mesma e juntando as coisas do chão

Enquanto juntava, percebi a bandana preta de Robin, que estava na minha bolsa. Encarei a bandana com saudades de Robin, respirar fundo, guardei a bandana de volta em minha bolsa e voltei a quadra

(...)

Já tinha tocado o sinal do intervalo tinha então como de costume, sentei na arquibancada e fiquei comendo sozinha. A Emily é Luka sabiam que eu precisava de um tempo meu então eles deixavam que eu ia até eles, mas por enquanto não sei se quero ficar em público, afinal só sou reconhecida pela "irmã de uma das vítimas" e acho que as pessoas sentem dó de mim ou algo assim

- posso sentar? - escutei uma voz masculina falando ao meu lado e logo me virei até ele

- ah, e você... senta aí - falei desanimada ao ver finney

- você sempre fica aqui? - ele disse sentando é observando a paisagem

- e as vezes. Eu não sou popular que nem você - falei e comi um pouco do meu sanduíche

- eu nem sou popular, eles só me conhecem pelo... você sabe - finney disse

- o sequestro, como foi sobreviver aquilo? - perguntei olhando para o loiro

- achei que o assunto estaria encerrado - ele disse e eu olhei para o mesmo séria - bizarro, tipo, MUITO! - ele falou respondendo minha pergunta anterior

- o que mais te assustou? - falei séria olhando o céu

- A segunda fase ou as ligações, com certeza. A cada hora era alguém diferente mas... se não fosse elas eu estaria morto agora - ele disse olhando para o céu junto comigo

— O que é a segunda fase? — Perguntei

— Eh... talvez um dia você saiba — Ele disse

- a pergunta é... como você foi sequestrado? - falei olhando para ele

- a van preta, acho que eu só era ingênuo e quis ajudar aquele homem - ele disse relembrando a cena

- uau, deve ter sido assustador - falei olhando para ele

- foi, mas o Robin estava lá, ele que me ajudou mais - finney disse e me olhou com um sorriso sem mostrar seus dentes

- foi mal por não ter acreditado, eu só... - fiquei um tempinho calada olhando para o céu novamente - tô com medo de mim mesma, da minha mente

- eu entendo, se fosse eu a uns dois meses atrás também não iria acreditar - ele disse e riu - enfim, te vejo no treino? - finney disse se levantando

- claro, até o treino - falei com um sorriso e o mesmo saiu

A aula passou rápida até da o horário do treino, diferente dos outros dias, eu tava bem animada

- tá bom garotos, só por que eu estou de bom humor, estão liberados mais cedo - gritei enquanto os meninos estavam correndo

Todos pararam imediatamente e começaram a comemorar, peguei minhas coisas fui embora

O telefone preto 2 - A Volta do pesado Onde histórias criam vida. Descubra agora