Cap. 30 - Griffin Stagg

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Capítulo 30 | Sarah Arellano

Fiquei um pouco deitada pra amenizar a dor em meu braço, eu só conseguia pensar sobre quantas coisas já havia acontecido aqui. Quantas tentativas, quantas falhas e quantos acertos? Será que o Robin conseguiu fazer algumas coisa?

De repente as luzes ligaram e a porta abriu, meu braço estava doendo tanto que nem me virei para ver o que ele queria, só fiquei olhando para o teto

- o que você quer dessa vez? - falo olhando para o teto

- só vim trazer comida, mas por que não me diz o seu nome? - ele disse e eu ouvi o mesmo se aproximando

- e você se importa? - perguntei seria

- geralmente não - ele disse e ouvi ele colocando a comida no chão

- uau, sinceridade e tudo - falei desanimada

- com certeza, você não respondeu minha pergunta - ele disse

- Sarah, meu nome é Sarah, feliz? - falei sem paciência me levantando e pegando a bandeja do chão, logo voltando pra cama

- uau, eu gostei da foto que escolheram - ele disse e eu me virei para ele, o mesmo estava lendo um jornal

Assim que viu eu olhando para ele, o sequestrador embrulhou e jogou o jornal para perto da cama, fui rapidamente pegar e quando abri, lá estava eu, com informações e uma foto do colegial

- por que tá me entregando isso? - perguntei confusa

- achei que iria gostar de saber que estão atrás de você - ele disse calmo

- sabe que isso vai te causar problemas, me solta e eu volto pra casa sozinha e não conto pra ninguém, juro - falei tentando convence-lo

- humm, eu acho que não - ele disse irônico na parte de "pensar" e saiu, mas uma vez, deixando a porta encostada

- babaca - resmunguei comigo mesma e continuei comendo minha comida

Até ouvir o telefone tocar, fui correndo atender

- alô? Bruce? Billy? —  perguntei e ninguém respondeu e logo depois ouvi barulhos de alguém desligando o telefone

Desliguei ele é continuei comendo e lendo o jornal, já que era a única coisa que tinha pra fazer naquele inferno

De madrugada, comecei a ouvir um barulho, parecia gostas caindo, me levantei e comecei a procurar, fui até o banheiro mas quando voltei vi um menino, ele estava "voando" e cheio de sangue, principalmente no pescoço

E era daí que estava vindo o barulho de sangue, o garoto apontou a mão até o telefone então lá fui eu atender a "ligação silenciosa"

- alô? - perguntei

- você não tem muito tempo, ele não tá dormindo direito, ele tá com medo... de você, de você descobri - uma voz falou, não era o Bruce e nem o entregador

- descobrir o que? - perguntei curiosa

- o livro, aonde tem todas as coisas sobre sequestros, todos os rituais, todas os sacrifício que ele fez pra poder estar agora - o garoto falou rápido

- fala devagar, primeiro, aonde esse livro tá? - perguntei

- na cozinha, ninguém sabe aonde - o garoto falou

- você é o griffin, certo? - perguntei

- provavelmente, imagino que saiba nossos nomes - griffin disse

- todo mundo sabe - falei andando de um lado para o outro 

- eu imaginei - ele disse

- por que ele não me matou? - perguntei direta

- você não tá entrando no jogo - disse griffin

- que jogo? - perguntei

- o menino levado, se você não joga, ele não pode te bater, é se ele não pode te bater, ele não ganha... e nem você. A próxima parte do menino levado é a preferida dele, e a segunda fase

- qual é a próxima parte? - perguntei

- você não vai querer saber - é disse

- se eu tô perguntando é por que eu quero saber - falei

- você não tem muito tempo

- já disse isso - falei começando a ficar irritada

- ele não tá dormindo direito - griffin disse

- também já disse isso, griffin - falei irritada

- e, mas ele tá dormindo, agora na cadeira, enquanto te esperava pra brincar - griffin falou

- pra que eu quero saber disso? - perguntei e a garrafa começou a girar novamente e dessa vez parou na porta - saquei, a porta tá destrancada

- a porta ainda tá destrancada - griffin falou

- então é só... eu sair? - perguntei, isso tava fácil de mais

- tem um cadeado com um código do outro lado da porta, era da minha bicicleta - griffin disse

- beleza, qual é o código? - perguntei

- eu não me lembro - griffin disse

- tá de brincadeira - falei reclamando e olhando para cima

- eu lembro de ter medo de esquecer, por isso eu anotei - griffn

- boa garoto! Aonde anotou? - falei

- eu arranhei com uma tampinha de garrafa na parede - griffin disse

- que parede? - perguntei

- aquela da direita, na altura do ombro quando a gente tá sentado

- qual é a sua altura? - perguntei

- eu não sei - ele disse

- porra griffin! - reclamei novamente

- acho que na altura normal de uma criança - ele disse tentando me ajudar

- beleza - falei e fui até o local

Vi os números 23317 então voltei ao telefone

- 23317? - perguntei

- se você diz - ele falou

- como você anotou na parede mesmo? - perguntei

- com uma tampinha de garrafa - ele disse

- beleza - fui até a bandeja e peguei a tampinha, fui até a parede e vi o código

- isso vai valer a pena - falei comigo mesma e arranhei meu braço com a tampinha para eu também não me esquecer

E logo depois voltei ao telefone, como eu sou branca, os arranhões começaram a ficar vermelhos e bem claro pra ver

- beleza, e 23-31-7, ou 23-3-17 ou 2-33-17? - perguntei

- eu não me lembro - griffin disse

- griffin! - chamei sua atenção

- eu não me lembro! Vai ter que testar todos - griffin disse

- tá bem, obrigada - falei e desliguei o telefone

O telefone preto 2 - A Volta do pesado Onde histórias criam vida. Descubra agora