Capítulo 32 | Sarah Arellano
Subi as escadas com o máximo de silêncio, gelei ao ver o sequestrador, ali, na minha frente, só que ele estava dormindo
Lembrei sobre o tal livro que Griffin havia falado mas não dava tempo de eu pegar então fui com todo o silêncio do mundo até a porta de vidro
Coloquei o código e por incrível que pareça, foi de primeira, assim que abri o cadeado o cachorro começou a latir e o sequestrador acordou, corri o mais rápido que eu pude mas vi que ele veio atrás de mim com a maldita van preta
- socorro! Socorro! Eu preciso de ajuda, alguém me ajuda - eu comecei a gritar até a van aparecer na minha frente e praticamente me atropelar
O sequestrador saiu de dentro da van, comecei a correr novamente, mesmo com meu braço doendo e minha cabeça mais ainda
Até ouvir barulhos de conversa, e reconheci a voz de Emily falando alguma coisa
— Socorro!! — Gritei mais alto
Ele segurou meu pé fazendo eu cair no chão, puxou o meu cabelo para perto dele, pegou sua faca e apontou em meu pescoço
- se atrever der mais uma palavra, eu arranco sua querida garganta para fora do corpo aqui mesmo - ele cochichou em meu ouvido
— Deve ter sido algum idiota tentando fazer trote, vambora — Ouvi uma voz de alguém falando
O sequestrador ficou um tempo calado. Esperando os adolescentes saírem, e assim que não pudemos mais ouvir a voz deles, fui atacada com um soco e desmaiando
(...)
Acordei no quarto novamente, estava com muita mais dor, minha cabeça estava bem pior, meu braço estava roxo e meu nariz sangrando
- desgraçado - falei limpando meu nariz e logo em seguida o telefone começou a tocar novamente - não, me deixa em paz - falei com nenhuma esperança e o telefone continuou a tocar
Aquela deve ter sido a única oportunidade que eu tinha de sair daquele inferno, mas o telefone nunca desistia estão com a força do ódio, fui atender
- o que você quer? Vai ficar calado? Deixa eu adivinha, não sabe seu nome e muito menos que você é - falei irritada
- da pra calar a porra da boca, sua voz irrita e muito - uma voz falou ao telefone
- Caramba, e o Vance Hopper - eu falei
- vai por mim, se soubesse o que vem agora estaria apavorada - ele disse
- apavorada com o que? Eu sei que eu vou morrer mesmo - falei já sabendo meu futuro
- mais que porra, da pra me deixar falar - ele disse sem paciência
- claro, fala aí - eu disse com medo
- o que você já tentou fazer? - ele perguntou
- tudo, já tentei sair pela janela, pelo buraco, até mesmo pela porta, nada da certo - falei irritada
- não, não, você não tentou de tudo não. Quando o sequestrador viu o que eu fiz, já era, ele não teve dó de mim - Vance disse, era tão estranho falar com ele
- o que você fez? - perguntei
- aquele filha da puta teve que gastar uma grana comigo - ele falou se lembrando de algo
- o que você fez? - perguntei novamente
- da pra esperar, quer sair daqui ou não pirralha? - ele disse com raiva
- tá, foi mal, eu tô ouvindo - falei me acalmando
- tem uma tomada no banheiro na frente da privada - falou Vance pelo telefone
- tá, o que isso me ajuda? - perguntei
- do outro lado da parede tem um depósito, mas não dá pra chegar lá por que tem um congelador enorme na frente - Vance falou novamente
- que que tem? - perguntei
- então vai batendo na parede meio metro acima da tomada até achar uma painel com os parafusos, se você conseguir tirar o painel, vai chegar no congeladar - Vance falou
- e como eu tiro? - perguntei
- se você for esperta, vai saber - Ele disse
- tá, valeu - falei
— Você ainda era amiga da Emily? — Ele perguntou
— Sim, ela é minha melhor amiga
— Cuida dela tá me ouvindo pirralha — Ele disse
— Se eu sair daqui, eu cuido sim — Falei e ouvi ele desligar
Fui até o banheiro, peguei a tampa do vaso que parecia ser forte, e comecei a bater na parede, quanto mais eu batia, mais parecia que eu não estava chegando a lugar nenhum
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O telefone preto 2 - A Volta do pesado
FanfictionApós a morte de seu irmão mais velho, Sarah decidiu "supera-lo". E acabou ficando no comando enquanto o treinador do time de basebol (tio de Sarah e Robin) iria a uma viajem Algumas noites de madrugada, Sarah ouvia o telefone tocar, seu tio falava...