Cap. 37 - O começo dos problemas

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Capítulo 37 | Sarah Arellano

— E eu acho incrível como todo mundo é unido, sabe? — Falei sentada no sofá

— Eh... Sarah, você tá tendo terapia dês de que saiu do seu sequestro e até agora só falamos de como seus amigos são legais e como tá apaixonada, mas não acha que tá na hora de aprofundar em um assunto mais delicado? — Layla falou, a minha psicóloga

— Tipo que assunto? — Perguntei

— Tipo... o Robin, o sequestro, a sua mãe. Como se sente? Como se sentiu? — Layla perguntou

— Não tô pronta pra falar sobre isso — Falei séria

— Está bem, mas saiba que você não vai conseguir fugir disso a vida inteira, Sarah — Layla disse — Nossa seção acabou

Sai pensativa do consultório

— Você tá bem? — Minha mãe perguntou assim que saímos

— E você se importa? — Perguntei seca

— Claro que sim, Sarah, conversa comigo, eu tô aqui! — Ela disse

— Agora você está, mas quando eu precisei de você? E quando o Robin precisou de você? Você não tava, você fugiu naquela merda de carro e apareceu depois do nada

— Olha o respeito mocinha, eu ainda sou sua mãe!

— Jura? Por que a última vez que eu considerei você como minha mãe foi quando eu tinha 9 anos, quando o papai morreu, o único que ficou comigo foi o Robin. Aquele seu filho que morreu também é você não fez questão nenhuma de aparecer no funeral ou limpar a lápide dele — Falei

— Eu amava o Robin! — Ela disse

— Amava? Então por que não estava lá quando ele precisou de você? — Perguntei seria — Eu vou pra casa de skate

Peguei meu skate na mala e comei a andar pela cidade, aproveitei para passar no cemitério e ficar um tempo ao lado do túmulo de Robin mas assim que cheguei já havia alguém lá

— Emilly? — Perguntei e a mesma se virou para mim chorando

— Sarah — Ela disse me olhando, me aproximei da mesma que estava na frente do túmulo de Vance e fiquei olhando o lugar — Eu tento me convencer que não sinto falta dele, mas na verdade... eu sinto sim — Ela disse chorando e eu apenas o abracei

— Ele te amava, muito! — Falei

— Eu não tenho certeza disso — Ela falou se soltando do abraço

— Mas eu tenho, eu falei com ele, ele disse pra te proteger, e eu vou fazer isso, não importa o que aconteça, tá? — Falei e ela me abraçou

O telefone preto 2 - A Volta do pesado Onde histórias criam vida. Descubra agora