Encontro parte 2

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Por Raíssa:

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Por Raíssa:

Um fato sobre os finais de semana: ou você tem amigos e disposição o suficiente para torná-los interessantes ou se tornam os dias mais chatos da semana. No meu caso, prefiro passá-lo dormindo o máximo possível.

Acordei com o barulho dos carros lá fora e os gritos dos vizinhos. Me virei de um lado para o outro na cama, tentando voltar a dormir, mas era impossível.

- Será que dá para uma pessoa ter o mínimo de sossego nessa casa?! - joguei o travesseiro no chão, impaciente.

Peguei o celular de cima da mesa de cabeceira, que já marcava 12:30, mas na minha cabeça, ainda eram seis da manhã. Vi uma mensagem de Gabriela mandada às oito da manhã, não sei porque essa menina acorda tão cedo. Dizia:

"E aí, já sabe se vai no encontro?".

O encontro com Thomaz. Tinha esquecido.

"Nem pensar" - respondi.

Quem em sã consciência iria a um encontro com uma pessoa que te odiou praticamente a vida inteira? Ele só pode está de brincadeira com a minha cara.

Prendi meu cabelo em um coque e desci. Escutei barulhos vindos da cozinha, com certeza eram meus pais preparando o almoço. Sentei no banco em frente ao balcão com as costas das mãos sobre as bochechas.

- Bom dia, dorminhoca! - meu pai exclamou ao me vê. Estava cortando legumes com um avental e um pano de prato sobre o ombro.

- Bom dia...- respondi ainda sonolenta. Mal conseguia abrir os olhos.

- Aposto que andou dormindo tarde assistindo aquele seu filme. - ele se referiu a minha série preferida, que não importa quantas vezes eu explique, ele sempre pergunta: "que filme é esse?"

- Não é filme. É uma série, pai. - falei, pegando uma maçã na fruteira ao lado e dando uma mordida.

- Ah, é. Daqueles vampiros que você tanto gosta. Como é o nome mesmo?

- Damon e Stefan. - respondi pela milésima vez.

- Isso. Damon e Stefan. - ele disse como um mantra para não esquecer.

- Cadê a mamãe? - olhei ao redor, procurando-a.

- Foi comprar umas coisas que faltavam para nossa sobremesa. Que é....- bateu na tábua de cortar, fazendo suspense.

- Cookies! - completei, animada.

- Como soube tão rápido? - riu.

- Cookies são a especialidade da chef. - pisquei.

Desde pequena sou apaixonada por eles. Minha mãe sempre os fazia tarde da noite para eu levar no lanche da escola. Eu gritava de felicidade toda vez que acordava e os via em cima da mesa. Acho que foi uma forma dela está presente comigo, apesar do trabalho.

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