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Desculpa a demora ai galera :(
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                                                RICARDO

- Oxi, amanhã te dou, tchau. - eu tento fechar a porta, mas ele a empurra e entra.

- Eu não, você vai ficar enrolando. - ele olha pros lados - lugar escuro da porra, liga essa luz.

Eu ligo apenas a luz da cozinha, para não ter riscos de acordar minha vó.

- Fala baixo! - eu digo com os dentes fechados e dou um tapa na nuca dele - quer acordar a veia? Ela ainda não sabe que eu sou gay, se ela me ver assim eu tô ferrado. - ele começa a gargalhar.

- Você acha...! - ele é cortado pela própria risada - Que ela não sabe?! - ele se inclina com a mão apertando a barriga, enquanto ria. - Isso tá praticamente explícito cara, ninguém me contou e eu já sabia assim que te vi.

- Cala a boca miserável! - empurro ele e vou até meu quarto, bufando de raiva.

Ele vem atrás de mim e entra no quarto também.

- Até o quarto é de boiola. - ele olha em volta do meu quarto.

- seu quarto é pior, flamenguista é gay incubado. - eu abro as gavetas, procurando a maldita regata que simplesmente sumiu.

- não sou gay. - ele diz sério.

- É? - digo distraído.

- tem buraco, eu tô metendo. - olho assustado pra ele.

- Deixa de falar essas baixarias, menino! - pego um pano e dou uma pranchada nele.

- Tu me respeita, caralho, sou o dono do morro, sou a porra toda. - cruzo os braços.

De repente, vejo pela brexa da porta que alguém havia acendido a luz da sala, também pude ouvir passos por ali.

Rapidamente entrei em pânico, se minha vó me visse desse jeito, e ainda com aquele infeliz aqui, certamente não haveria mais macumba que desse pra mudar a opinião dela.

- MERDA! - soltei a camisa que estava amarrada e começo a desabotoar o  short.

- Tá fazendo o que? - ele me olha com os olhos arregalados.

- Vai pra debaixo da cama! Rápido! - empurro ele pra perto da cama.

- Que?! Por que? - ele se abaixa e deita no chão, segurando na parte de baixo da cama para se arrastar.

Desabotoo o short e abaixo ele, jogando ele pra longe com o pé, o qual eu acho que voou pra debaixo da cama.
Não dou bola pra isso e deito na cama, pondo o lençol em cima das pernas e pegando o celular, pra fingir que estava mexendo nele.

Aguardo alguns minutos ansioso, até que ouço a porta abrir lentamente.

- Ue? Voltou e nem me avisou? - vejo ela abrindo a porta até a metade, com um lençol nas costas e de sutiã, com uma saia daquelas de igreja e uma xícara de café na mão.

- Eu não queria te acordar tia. - ela anda até mim, enquanto arrumava o lençol que estava caindo.

- Pois tem que acordar! - ela senta na ponta da cama, nesse momento eu fico receoso, pois aquele capeta tava ali embaixo. - cadê o Marcos e a Fabiane?

- Ah... tão na bagaceira ainda, fiquei cansado então decidi voltar. - Naquele momento era umas 5 da manhã.

- Pois olha, na minha época eu ficava até o dono me expulsar. - dou uma risada sincera enquanto ela bebericava o café.

O dono do morro e a luz da serra (Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora