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OI GENTE! quero todo mundo aqui
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                                                RICARDO

Eu rapidamente empurrei ele e fui até a porta, vendo o 06 com uma coca na mão e o Galo procurando o Metralha.

- Porra! Vocês não sabem ficar sozinhos não, caralho? - Metralha fala com galo que estava na frente da porta da despensa, ainda lá dentro atrás de mim.

- Chefe! Foi mal... É que vocês sumiram... - ele percebe o que estava acontecendo e arregala os olhos em silêncio.

- Que?! Não! Não aconteceu nada do que você tá pensando. - eu saio da despensa. - Eu... só fui procurar o meu celular e ele veio atrás pra encher o saco. - eu falo com ele e volto pra mesa.

- Chefe?! - O Galo olha pra baixo e percebe a ereção dele.

- Cala boca, putinha! - ele dá um tapa enorme na nuca dele e o empurra pra andar de volta pra mesa.

Eu sento na minha cadeira novamente, com 06 na frente comendo. Ele parecia um pouco pensativo e no mundo dele.

Sinceramente, não sei qual é a do 06 e o Galo, as vezes penso neles como amigos que não fazem ideia se são amigos mesmo. Galo deve ter tanta coisa pra dizer, mas 06 tão pouco quer ouvir.

Galo é hetero?

Começo a comer, pensando no que aconteceu lá dentro sem perceber Metralha sentando ao meu lado.
Por que eu fiz aquilo? Eu não podia ter feito aquilo. Ele é um bandido e pode ser mais perigoso do que eu imagino, eu não tô pronto pra ficar careca.

É melhor eu nunca repetir isso de novo. Eu não posso ceder, preciso ser forte e me segurar.

Depois de um longo silêncio, eu nem termino de comer e me levanto.

- Deu minha hora já. - Falo sem olhar para metralha e pego os pratos  de Galo e a pequena bandeja de vidro com alface que havia o frango, que no momento já havia acabado.

Eu me dirijo para longe dali, pegando a bandeja em cima do balcão e entro na cozinha de Laila

- Ue, tá fazendo o que aqui? Tu ainda tem 15 minutos, pensei que ia mexer no celular um pouco. - Ela diz olhando pra mim enquanto fritava 7 bifes de fígado acebolado em uma frigideira gigante.

- É que eu tô pra trabalho hoje, chefe. - Ela balança a cabeça negativamente enquanto apertava os lábios.

Eu começo a arrumar os próximos pratos em cima da bandeja, pra ir entregar antes de atender os próximos clientes junto a Paloma, até que Laila me faz uma pergunta.

- Homem, você percebeu que Paloma tá estranha esses tempo? - Ela pergunta sem olhar pra mim. Eu faço um breve silêncio antes de responder, estranhando essa pergunta.

- Como assim mulher? - Eu já estranhava Paloma depois daquilo. Viro pra Laila de braço cruzados. Ela desliga o fogo e vira pra mim escorando na geladeira, dando uma leve pausa.

- Menino, você acredita que a mãe de Paloma veio reclamar comigo que ela tava voltando muito tarde pra casa? - Eu franzi a testa.

- Sério...? - Eu coço o antebraço, pensando um pouco.

- Ela tava dizendo que Paloma tava voltando lá pelas meia noite às 2hrs da manhã, e Paloma tava dando desculpa de que tava indo na casa de uma amiga, mas a mulher tá desconfiando. - eu olho pro restaurante, apertando os olhos enquanto olhava pra Paloma.

- Hum... deve... deve ser só uma festinha dona Laila. - Eu tento convencer a mim mesmo.

- Que festa? O morro tá é parado de festa, tem ninguém fazendo festa não. - Ela liga o fogo e começa a esquentar o feijão. - essa garota tá é aprontando. - Ela fala baixo para Paloma não ouvir.

O dono do morro e a luz da serra (Gay)Onde histórias criam vida. Descubra agora