Luzes do Parque (Agatha Volkomenn)

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Você já conhecia muito bem aquele clima. O local totalmente tomado por uma neblina e um clima desagradável.

  Todos os seus sentidos ficavam aguçados nesses ambientes e o cheiro era um fator a se discutir também. Um odor repulsivo, até nojento se parasse para pensar.

  O ambiente em que o paranormal estava nunca era agradável aos olhos de um humano. E aquela casa não era diferente.

  Uma residência onde acontecimentos paranormais tinham sido testemunhados dois dias atrás. A Ordem se tornou responsável pela investigação do caso, como era de se esperar.

  A família tinha presenciado uma criatura que não sabiam o que era, provavelmente pela descrição, um zumbi decepado de sangue que vocês ficaram responsáveis por saber sua origem.
  Ao final da investigação, Agatha e você foram responsáveis por limpar o local de quaisquer objetos que pudessem ser usados para os experimentos que ela realizava.

  – Ainda bem que o véio me deixou pegar essas coisas antes da equipe da limpeza vir. Isso vai dá pá' uma noite inteira de experimentos! - Ela dizia animada, vindo na sua direção com um saco no ombro, no tamanho de uma sacola do papai Noel. Você logo percebe que Agatha tinha recolhido muita coisa por ali e imaginava o tanto de cafeína e energéticos uma pessoa normal teria que tomar para conseguir examinar todos aqueles materiais em apenas uma noite.

– Então pelo menos a investigação valeu a pena. - Você responde, rindo com a empolgação que ela de modo algum tentava esconder ou diminuir. – Eu peguei mais algumas coisas por aqui que podem ser úteis. Não sei exatamente o que você precisa, mas... - Retirando um sacola duas vezes menor que a dela do balcão, você a entrega, sorrindo apreensive.

– Pô, tá ótimo! Isso vai ajudar pra caralho. E que que' é isso aí? - A ocultista pega sua pequena sacola, olhando ao trabalho que você realizava na bancada.

– Um diário do filho mais novo da família. Parece que ele já mexia com o paranormal desde cedo. Provavelmente foi ele que iniciou o ataque.

– Mas a equipe não viu isso quando veio checar a casa? Tava onde isso aí?

– Em um taco de madeira no chão da cozinha. Acabei tropeçando na parte solta. - Você explica enquanto ela via o diário interessada.

– Caralho, o menino sabia com o que tava mexendo... Leva isso aí pro véio.

Guardando o diário em sua mochila, você olha para os lados vendo Volkomenn já na porta de saída. Correndo até ela, você a ajuda a colocar tudo dentro do carro e o liga, seguindo até a base da Ordo.

O local parecia atarefado. Agentes correndo e pegando algumas armas com Ivete. Provável o dia estava corrido e mais um alerta tinha sido detectado. Desde que Kian fora aprisionado, nada do mesmo tamanho tinha ocorrido, embora você e seus colegas de trabalho estivessem sempre atentos para qualquer avanço na Calamidade ou no possível escape de Kian.

Indo até a sala de rituais da ocultista, você coloca sua mochila na mesa, olhando para alguns livros abertos. – Você vai trabalhar nisso hoje à noite?

– Oia, eu pretendo. - Respondeu ela, completamente compenetrada nos elementos que tinha trazido.

  Você revirou os olhos rindo e as próximas horas foram apenas servindo de ajudante. Era prazeroso ajudá-la em seus rituais e experimentos malucos, mas infelizmente naquele dia, depois de tantas horas lidando com um caso tão pesado assim, você precisava de um descanso para a sua cabeça.

Respirando fundo, você começou. Depois de algumas horas, olhou ao relógio do celular. A hora já batia suas 20:30 da noite. – Agatha... Não quer terminar isso amanhã?...

Ordem Paranormal - One ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora