Os escritos de seu corpo (Gal Sal) +18

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Lutar contra o paranormal nunca foi uma escolha fácil. Mas escolher quem vive e quem morre, quem perdoar ou não, pode ser ainda pior.

A luta na mansão Leone tinha sido realizada, Kian trancado e selado e após uma pequena calmaria, conversas e discussões, a decisão de seu chefe foi tomada.

- Então vocês tão' dizendo que a gente vai dividir o teto com aquela aberração?! - Joui gritava, irritado na sala, levantando de sua cadeira.

- Joui, por favor. Abaixe o tom. - Dizia seu chefe, com a mão no rosto em sinal de cansaço.

- Foi uma decisão conjunta, Joui. Querendo ou não, o melhor para a Ordem é- Arthur tentava o acalmar, antes de ser interrompido novamente.

- Pra Ordem ou pra traidores como vocês?! - Leone gritava ao mesmo tom do espadachim.

- Nós não somos traidores, mas também não somos idiotas de jogar uma fonte de informações tão útil fora! - Dessa vez, quem gritou foi você. Sem perceber que nesse ponto, mais ninguém da equipe Abutres estava sentado.

- Eu pedi para abaixarem o tom! - Gritou em alto e bom som Veríssimo, que se levantou, dando um tapa na mesa com ambas as mãos, calando de vez todo o barulho e os fazendo sentar. - Chega dessa baderna na minha sala! A decisão foi minha e não cabe à nenhum de vocês ir contra ela, vocês entenderam?
A sala ficou em completo silêncio novamente.

- Vocês... Entenderam?! - Exclamou o mais velho, ganhando uma onda de "Sim, senhor." dos ali presentes. - Ótimo. Eu não quero discussões, brigas inúteis ou ninguém ferido aqui dentro. Se eu presenciar qualquer um de vocês encostando um dedo em Gal Sal, eu mesmo irei revidar, vocês estão entendendo bem?!

E novamente, o silêncio reinou antes de perceberem que caso não respondessem, ganhariam mais um grito.

- Sim, senhor. - Disseram como crianças levando uma grande bronca por fazer birra.

- E se ele nos trair, senhor? Com todo respeito, mas Gal não é confiável. - Disse o mais novo.

- De fato. Porém, caso Gal levante um dedo contra vocês, fiquem tranquilos que será o último dia dele. Não se preocupe com isso, Joui. Estão dispensados. E sem mais comentários por hoje. Gal está no último quarto do corredor à direita nos dormitórios. Não quero ninguém por lá.
Novamente, todos concordaram com a cabeça e saíram do lugar. Fechando a porta atrás de si, você sabia o que iria começar.

- Vocês são uns irresponsáveis por aceitarem esse bicho aqui dentro. - Disse novamente o garoto.

- Nós aceitamos uma arma poderosa, não um bicho. Se prefere ele morto, pode ficar tranquilo que se ele fizer algo, o senhor Veríssimo mesmo disse que o mata.

- Ele já fez, Arthur. Ele- O mesmo continuava, antes de ser interrompido por você.

- Matou a Liz. Joui, nós sabemos. Não precisa repetir isso, ninguém aqui esqueceu da Liz, mas tem muito mais coisa em jogo.

- Eu acho que eles podem ter razão. - A italiana concordou, recebendo o olhar incrédulo do espadachim. - Nem Judas, Carina. - Joui reclamou, se afastando até seu quarto.

- É tudo questão de estratégia, Joui. - A mesma o seguia, tentando se explicar.
Ao ver ambos se afastarem, Arthur direcionou o olhar para você em uma respirada profunda. - Vão ser dias difíceis.

- Vão. - Você concorda, respirando fundo. - Mas Gal e Damir são úteis e não podemos dispensar eles agora.

- Fico feliz que concorde comigo. - O homem falou em um sorriso cansado, colocando a mão em seu ombro. - Sei que é tarde, mas não comi nada ainda. Vou procurar um fast food aberto por aí, você quer vir?

Ordem Paranormal - One ShotsOnde histórias criam vida. Descubra agora