Jungkook pensava que iria enfartar de estresse, o trânsito naquele dia estava terrível e ele poderia contar precisamente, uma hora e meia desde que estava preso num infeliz engarrafamento na avenida Teheranno. Sem previsão de fim.
E se tinha uma coisa que desestabilizava o seu lado "Buda", era chegar atrasado. Não importava o evento, Jungkook sempre seria extremamente pontual. Detestava esperar, não gostava de dias chuvosos e muito menos de vozes infantis às seis e quinze da manhã.
Poderia jogar um por um para fora do carro num lampejo de impulso, no entanto, foi só olhar de esguelha para a faceta ameaçadora do seu ômega, que o pensamento desarvorou.
O início da segunda-feira havia se tornado mais um dia caótico na coletânea de semanas desastrosas da família Jeon.Por mais que Jimin tentasse por "harmonia" e "união" no que englobava os seus filhos, — e consequentemente fracassasse —, o êxito não possuía uma duração longínqua.
E era exatamente por saber disso, que o loirinho desistiu de tentar mudá-los . A sua família era assim e sempre iria ser, e estava tudo bem. Continuaria a amar na mesma medida.
Como Jungkook aguentava? Nem sempre o amor paternal iria se sobressair, porque o seu dia não estava a ser como planejado, tinha filhos energéticos demais e pensar sobre ter a tão sonhada e desejada paz logo cedo era um sonho impossível.Mas veja, era o preço por escolher ter tantos filhotes. No fim, Jungkook carregava a sua própria cruz que continha exatos quatro pregos impiedosos, enquanto Jimin vinha atrás louvando seja por ser somente quatro. Se com isto era bom, ter mais que isso, era loucura.
A maioria dos motoristas dos veículos alheios, tinham as expressões irritadas e não viam a hora de saírem daquela avenida para seguirem com os seus destinos, alguns mesmo deveriam estar atrasados. Como no caso dos Jeons, que por um comum acontecimento haviam tido o começo da manhã bem normal, se não fosse por Jimin ter dado um surto e gritado com todos — até mesmo com Jungkook — eles ainda estariam em casa.
E para deixar tudo como um cenário de filme, estava caindo um temporal, deixando o humor dos cidadãos de Seul igual a dois limões, e Jeon Jungkook era um deles. A cada dois minutos ele reclamava que deveria estar no trabalho, que as crianças não podiam se atrasar para a escola e culpava a chuva.
Ele fechava a cara numa carranca e estourava a buzina com tamanha raiva, acompanhado pelos carros atrás de si.
Jimin não dava a mínima, estava cansado emocionalmente e mantinha os olhos fechados enquanto segurava Junhyun nos braços. Este que estava quietinho, mamando no peito de seu papai.No banco traseiro a alfa dormia de boca aberta, se olhassem bem veriam um filete de saliva escorrendo pela lateral da boca dela, enquanto a dupla dinâmica assistia super concentrada e aos berros o filme Meu amigo Totoro no tablet preso no banco. Jungkook era o único estressado, visto que o restante parecia não ligar para a chuva que aumentava gradativamente com a fileira enorme dos carros.
─ Papai fala baixo! — Baeyoung diz após Jungkook gritar, assustando tanto Jimin e a filha que dormia. ─ Acordou a Jiwio, viu só.
Ela bocejou, esticou os braços e as pernas, pegou no sono assim que entraram no carro, e a culpa de estar tão sonolenta era dela mesma por pernoitar anteriormente assistindo o comeback do seu grupo de K-pop favorito. Agora andava pelos cantos como um zumbi sangrento caindo aos pedaços da Guerra Mundial Z'.
─ Ainda estamos aqui? Caramba! — reclamou, limpando a boca com as costas da mão e ajeitando-se no banco.
Ao virar o rosto para o lado viu as gotículas de água escorrerem pelo vidro sem pausa, ela não estava com nenhum ânimo de ir para o colégio e ficar presa numa sala de aula com pessoas que ela não gostava, não tinha nenhum amigo, e era por pura escolha própria. Achava as pessoas da sua turma um bando de idiotas, e se pudesse, eliminava cada um com algum justsu do Naruto.
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Family Issues • JIKOOK
Fanfiction(ABO) ✔️ Jimin parecia satisfeito com o rumo que sua vida estava tomando, casado e pai de quatro filhotinhos: O ômega tinha tudo o que um dia jamais imaginou precisar ter. E não sabia viver sem. Quando sua cunhada envia um convite para o casamento d...