Capítulo Oito

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As pessoas estavam olhando.

Na verdade, elas olhavam para o escândalo que o pequeno alfa fazia, deixando que gritos insuportáveis fossem despejados sobre toda a recepção do Hostel, o que consequentemente atraiu muitos olhares indesejados.

Ele pulava, claramente em uma birra e ainda mais por não ter chamado a atenção de seu pai, este que somente seguia com o que fazia, ignorando então, a existência do menino.

E isso, deixou Jeon Baeyoung ainda mais irritado.

Jimin estava a poucos minutos dentro do lugar em que se hospedariam durante essa semana, ele tinha se oferecido para fazer o cadastro enquanto o restante conhecia os pontos turísticos da ilha.

Não queria ter de trazer ninguém consigo, mas infelizmente seu alfinha era bastante persistente, e o tinha perseguido até aqui.

Entretanto, o que aconteceu para que eles se encontrassem na situação atual era algo literalmente bobo, na visão do ômega, que tinha as mãos pressionadas no balcão aguardando a atendente finalizar o registro da família, e claro, também estava se auto controlando para não descer a mão naquela peste.

Seus hormônios estavam à flor da pele, o calor do ambiente não o ajudava em nada, e o resultado era o baixinho claramente mau humorado com uma criança berrando no seu ouvido.

Como queria jogá-lo no mar!

─ Hm.... Desculpe, irei precisar de seus documentos novamente. ─ a menina disse, brevemente deixando que seus olhos fossem até o menino, claramente incomodada.

Jimin suspirou, entregou o que queria e então virou-se para seu filho. Ele tinha o rosto vermelho, soluçava e fungava alto deixando nítido que algo não estava certo, Jimin o puxou levemente para perto, olhando em seus olhos escuros.

─ Príncipe pare de chorar, está passando vergonha!— mandou, e bem, não foi obedecido.

Resolveu então o deixar chorando, se ele não iria o obedecer então que ficasse aos prantos sozinho, o ômega que não iria se estressar atoa.

Ele estava morrendo de cansaço, e com um enjoo que o acompanhava desde que entrou naquele maldito iate, céus poderia por todo o seu almoço para fora a qualquer momento.

Sem contar que Jungkook já estava em seu cio, e quando foram interrompidos ─ uma lembrança odiosa e constrangedora ─ por Jiwio na noite passada, Jimin teve a certeza de que ali ele não conseguiria satisfazer seu alfa.

Não enquanto houver filhotes por todos os lados e parentes enxeridos.

Se perguntava o que de tão ruim deveria ter feito em sua outra vida para que, nessa, Deus o castigasse com a família de seu marido.

Eles eram ridículos, ─ não incluindo seus sogros, óbvio. ─ e só abriam a merda da boca para julgar ou dar opiniões sobre a forma como Jimin cria seus filhos.

Ainda mandaria algum deles para a casa do caralho, ô se mandaria.

─ Certo, aqui estão os cartões-chave e um passe para o spar. - a menina disse, entregando tudo ao loirinho sorrindo forçado.

Ela queria mais que tudo que ele fosse embora e levasse aquela criança barulhenta consigo, estava incomodando tanto a si quanto os outros hóspedes.

O cirurgião somente agradeceu e passou a andar para a saída, ele viu pelo canto dos olhos o alfinha o seguir em passos lentos, tendo as mãos sobre os rostinho chorando com menos intensidade.

Por que Baeyoung simplesmente não aceitou o "não" de seu pai? Ele queria ir ao interior do lugar porque soube pelos primos que eles tinham uma hidromassagem enorme, muito maior que a que seus papais tinham em casa.

Family Issues • JIKOOKOnde histórias criam vida. Descubra agora