Family Issues • JIKOOK

Capítulo Onze

─ Será que podemos adotar um gatinho?

─ Não, eu sou alérgica, você quer me matar?

─ Tô' nem aí, papai podemos ter um gato?

Jimin os olhou sem nenhuma expressão, qual era a deles de inventarem em ter um animal de estimação? Não tinha nem mesmo tempo para cuidar deles, imagine um gato?

O loiro podia ter uma convulsão só de imaginar mais um para lhe atentar a paciência, às vezes se esquecia que os filhos podiam ser doidinhos da cabeça.

Então só deu a sua famosa resposta: ─ Não.

Baeyoung soltou uma exclamação descontente, se inclinou no banco olhando para Jungkook, este que via uma série de advogados no tablete meio distante do que acontecia ao seu redor.

Ele só olhou para o filho, por estar sentindo olhos deles o queimarem a pele.

─ O que foi, dessa vez?

─ Papai não quer deixar a gente ter um gato, pai é um gatinho! Eu quero por favor! - Já saiu se atropelando nas palavras, apelando para os olhinhos do gato do Shrek.

Idai que já tinha seis anos? Ainda funcionava muito bem!

Jeon encarou seu marido, ele olhava para frente sem nenhum lugar específico, Jimin tinha ficado caladinho quando se despediram de seus familiares e embarcaram no avião, desde então ele havia adormecido e só acordou para alimentar Junhyun, este que agora, encontrava-se acordado olhando as luzes lá em baixo pela janela.

Pensou por um instante, poderia impor sua autoridade e contrariar Jimin na decisão de não terem um gato, mas qual é, ele também não aprovava aquela vontade do filho, um gatinho só deixaria tudo ainda mais desestabilizado do que já é, sem contar que nem Jungkook e nem Jimin teriam tempo ou cabeça para darem todo o cuidado necessário ao animal.

Se dobravam em quatro para os filhos, quem dirá a um felino?

É, dessa vez teria que lhe negar.

─ Seu pai está certo, não temos tempo de cuidar de um gato, Bae.

─ Isso! Obrigada pai, você é um ícone. - A alfa diz, retornando a por seus fones de ouvido dando play na música Idol de seu grupo favorito de k-pop.

Mas muito se diferenciando da reação da irmã, o pequeno lobinho ficou emburrado, a ação dele foi cruzar os braços formando um bico nos lábios e encarando seus tênis do homem de ferro.

Jeon poderia lhe apertar por tamanha fofura, mas se conteve voltando a assistir o seriado.

Três horas mais tarde o avião aterrissou em solo coreano, o que foi uma grande satisfação para Jungkook, já estava de saco cheio de precisar ficar falando em espanhol quando ia em algum estabelecimento em Cancún, sem contar que seu espanhol não era um dos melhores.

Ele revisou com Jimin para carregar Junhyun que havia caído no sono enquanto o ômega pegava Sora também no colo, já que a garotinha reclamava de dor nas pernas toda manhosinha.

Os Jeons atravessaram o saguão do aeroporto repleto de pessoas por ser seis horas da noite no horário asiático, o moreno foi avisado pelo marido que o carro deles estava em casa e que teriam de ir de táxi, o que não foi um problema, somente seria mais confortável para as crianças se elas estivessem no automóvel da família.

Jimin aconchegou a pequena nos braços a vendo roncar baixinho com a boca entreaberta, lhe beijou a ponta do nariz passando a olhar o comércio lá fora, e seu peito se aqueceu por estar enfim de volta a sua cidade.

Não fazia ideia que sentiria tanta falta de Seul até precisar passar um tempo distante, e ligando um pensamento a outro o ômega retirou o iPhone da bolsa abrindo o aplicativo de conversa entrando no grupo do hospital, esse mesmo que ele ao menos tinha fuxicado durante as semanas em Cancún.