Capítulo Nove

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Eram três da manhã quando senhora Jeon foi despertada de seu sono com o barulho da campainha sendo ativada repetidas vezes.

O alarme também fazia um barulho irritante para quem dormia na casa, deixando até mesmo o bebê antes adormecido meio acordado começando a chorar por estar com a audição sensível à toda aquela barulheira.

A alfa foi às pressas até o berço que colocou em seu quarto —posto de última hora devido a viagem —o vendo estar com o rostinho vermelho e bochechas úmidas, não enrolou em pegar o pacotinho nos braços lhe embalando com a manta de girafas coloridas, e Junhyun passou a soluçar todo manhosinho.

Durante a ausência de seu pai na casa o bebê estava extremamente chorão, sempre tendo dificuldade para dormir e deixando sua vovó louca.

No início Jeunglin não sabia o que fazer para acalmá-lo, até que o pôr para dormir abraçado com um ursinho recheado pelo cheiro dos pais resolveu, noites mal dormidas não existiam mais.

Quer dizer, até aquele momento.

Amaldiçoava seja lá quem fosse por ser um grande sem noção de ir bater nas portas alheias em plena madrugada.

A alfa tinha ido dormir cedo pois teria de ir ao local que o casamento de sua filha seria feito, por Haewon estar dispersa dos preparativos e mais animada com os dias de jogos, Jeunglin se viu na obrigação de organizar tudo por si própria, e caso a noiva não gostasse ela que se virasse.

Com o neném mais calmo em seus braços ela saiu do quarto descendo as escadas em uma rapidez contida, Junhyun voltava a ficar sonolento, tendo o corpinho todo mole e a cabeça tombando para o lado.

Era de fato um dorminhoco, não tinha mais dúvidas sobre isso.

Apressou-se em ir checar quem era o indivíduo que batia em sua porta naquele horário completamente inconveniente, com cautela acendeu as luzes internas e se encaminhou para o hall de entrada.

Ela não fazia ideia de quem poderia ser, e se fosse um ladrão? Ah ela desceria a porrada nele, mesmo estando com seu neto no colo e vários bobes no cabelo.

Ficou na pontinha dos pés para ver sobre o olho mágico, mas travou com o resmungo do pequeno ser dormindo em seu ombro. Jurou ter prendido a respiração só com a possibilidade dele acordar, e claro, abrir o berreiro acordando todo mundo.

Então foi na cara e na coragem que destrancou a porta, o vento forte atingiu seu rosto a obrigando fazer uma careta, no entanto, o que causou seu espanto a seguir foi ver seu genro.

Jeunglin só podia estar dormindo ainda.

Ela piscou desacreditada, segurou Junhyun com um braço para então apoiar o outro no batente, caramba o que Jimin estava fazendo ali?

Sua mente foi inundada de dúvidas e múltiplas questões.

─ Garoto o que você tem na cabeça? — disse a primeira coisa que pensou, e seu pavor aumentou quando detrás dele Sora saiu toda agasalhada, e com os olhos presos na tela do tablet.

A mulher pensou ter tido uma queda de pressão.

Okay, o que Jimin estava fazendo ali com aquela criança!?

O loiro não soube responder sua sogra, ele tinha a atenção no seu pacotinho adormecido no colo da avó, e sem controle algum deixou um soluço escapar.

Céus estava chorando de saudades, saudade de seu bebê.

─ Eu posso...? — por um momento Jeunglin estranhou Jimin ter feito aquela pergunta.

Ora era claro que ele podia pegar o próprio filho, não estava entendendo bulhufas, e se não tivesse uma explicação poderia ter um surto.

Sora olhou a cena de seu pai chorando e franziu as sobrancelhas, se fosse possível um grande ponto de interrogação estaria sobre sua cabeça, porque a garotinha - assim como sua vovó - também não sabia o porquê Jimin estava chorando.

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