Capítulo 5

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Soco o saco preto com toda minha força, sinto o suor descer por minha espinha e testa, meus músculos tensionam, minhas pernas doem pedindo que eu pare, meus braços quase não aguentam o próximo soco, mas tento manter em minha cabeça

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Soco o saco preto com toda minha força, sinto o suor descer por minha espinha e testa, meus músculos tensionam, minhas pernas doem pedindo que eu pare, meus braços quase não aguentam o próximo soco, mas tento manter em minha cabeça. Só mais um, só mais soco, só mais um chute, não pense em mais nada, apenas nisso, só mais um. Ergo minha perna e disfiro um chute no saco suspenso, ele balança e volta em minha direção, eu o seguro e abaixo a cabeça agarrado a ele.

João, João.

Bato meu punho contra o objeto em minha frente, mas não movo meu corpo, fico ali ainda agarrado a ele.

Tem ficado pior.

Antes eu conseguia me concentrar em meu trabalho, passava horas e horas enfurnado em contratos e reuniões, em recrutar novos agentes para trabalhos específicos e treinamentos específicos. Ajudava nos treinamentos, hoje, eu apenas o tenho em minha cabeça.

João se alimentou?

Edgar foi importuná-lo novamente?

Questionamentos e mais questionamentos rodam minha cabeça, fazendo com que eu quase entre em loucura total. Eu o vi ontem e parece que tenho urgência para vê-lo novamente o quanto antes.

Antes tinha uma parede entre nós, quando me dei conta de meus sentimentos e eles foram ficando fortes, então João se mostrou interessado em outra pessoa, pareciam que seus sentimentos eram fortes em relação a esse outro alguém, então eu me calei e nem mesmo ousei uma aproximação mais de perto, nunca o desrespeitaria, hoje tenho consciência que o amo e respeito esse amor, nunca faria algo que pudesse ferir seus sentimentos. Apesar que me vi sendo egoísta quando venho até nos pela primeira briga e traição, fui covarde, não meus sentimentos, temi que se falasse nunca mais ele teria qualquer pessoa ao seu lado, pois o encheria de mim e apenas de mim, outros nunca teriam chance, então sufoquei tudo.

Então agora ele está solteiro, ferido, e eu anseio curar suas feridas, curar ele para mim, apenas para mim. Não tem mais aquela parede que me impedia de chegar até ele. É egoísta pensar assim? Querer que ele fique bem e corra diretamente para meus braços?

Suspiro, saindo da sala de treinamento que a essa hora está totalmente vazia, são cinco e meia da manhã, mais quarenta minutos e isso aqui estará cheio, gosto de vir todas as manhãs treinar quando não tem ninguém, posso ficar sozinho com meus pensamentos e divagar.

Estamos em um prédio de três andares bem equipado, no topo apenas minha sala e a mesa da minha secretária, aqui no primeiro andar logo depois da recepção e um longo corredor a sala de treinamentos, luta corpo a corpo, e no meio de tudo isso tem um ringe, uma vez na semana tem lutas

Estamos em um prédio de três andares bem equipado, no topo apenas minha sala e a mesa da minha secretária, aqui no primeiro andar logo depois da recepção e um longo corredor a sala de treinamentos, luta corpo a corpo, e no meio de tudo isso tem um ringe, uma vez na semana tem lutas para colocar em prática estratégias, ao redor vários acessórios e espaço para treinar vários estilos de luta, temos ótimos professores, eu apareço quando o trabalho no último andar está calmo, vários que saíram daqui hoje fazem parte até mesmo da segurança do prefeito e até mesmo do presidente, então posso dizer que estou conduzindo bem o lugar, apesar de que sempre achei que não levava jeito para estar preso dentro de um escritório.

Me Veja - Spin-Off 2.0 Trilogia Irmãos SantoreOnde histórias criam vida. Descubra agora