Gilberto Barroso
Escuto o burburinho ao redor, conversas baixas e sons de metal se chocando, hoje em especial está uma barulheira daquelas pela a oficina, sou formado em mecânica, amo carros, mexer com eles acalma minha mente, por isso assim que me formei tratei de abrir minha oficina, no começo era só eu, hoje conto com mais três funcionários, além de mim, cresceu bastante o negócio, e posso dizer que ganho bem, tenho uma casa própria maneira com um jardim lindo, um carro atual e não sei mais o que é vive com dificuldades, diria que é uma vida boa. Ainda mais por ter os amigos que tenho, eu os amo, por isso hoje agradeço por um deles ter se livrado do namorado tóxico, eu nunca fui com a cara do homem, mas não tinha muito o que eu fazer a não ser dar meus conselhos, que ele resolveu não seguir como todo amigo faz.
Mas ele se livrou do cretino e dou graças a Deus, agora ele pode ser livre e ser recuperar dos danos causados, e eu estarei lá por ele quando ele precisar.
Volto a me concentrar no carro de um cara bem riquinho metido que o deixou aqui mais cedo, resolvi eu mesmo mexer nele, estava precisando ocupar minha mente, ainda mais depois da ligação de Ryder mais cedo, informando que a loja de João, o que tinha acabado de se separar do namorado podre, tinha pegado fogo em algumas partes depois de um incidente com uns fios desencapadas, graças a Deus todos da loja, inclusive João saiu ileso, marcamos de nos encontrar na casa de Ryder hoje para beber e tentar distrair a mente de Jo.
Escuto um carro estacionar em frente a oficina e logo depois a porta sendo aberta e fechada, logo Mario o novo funcionário que começou hoje de manhã começa a falar coisas com duplo sentido baixinho ao meu lado, falando do homem bonito que acaba de descer do automóvel, olho para a cara dele, desejo nítido em seus olhos enquanto ele fala com Roger, ao seu lado.
— Esses olhos negros devem ser lindos quando goza, porra, nunca vi homem mais lindo.
— Idiota, esse é o amigo do chefe. — Meu corpo todo treme, uma raiva incomum subindo pela minha espinha quando viro o rosto e vejo Marcos vindo em minha direção.
— Amigo do chefe, disse bem, não namorado.
— Porra cara. — Roger rir com a ousadia do Mario.
Eu apenas rio, incrédulo, o que eles escutam, olho com uma expressão nada boa para Mario, pois ele baixa os olhos constrangido. Como se atreve a dizer tais coisas do meu amigo comigo bem ao seu lado, filho da puta sem noção, sinto meu peito se enchendo de um sentimento desconhecido e novo, e não gosto nada disso.
Me levanto estralando meu corpo e deixando o carro para depois, e me viro na direção de Marcos, ele está com shorts de corrida e uma camiseta preta, em seus olhos, óculos escuros, ele está todo em preto, até mesmo seus cabelos lisos num corte atual, ele é muito bonito, não posso negar, sou bissexual, lógico que dei a ele uma segunda olhada quando nos conhecemos, mas ele é hetéro, então perdi minhas chances anos atrás de ver o corpo grande e musculoso nu em minha cama, e viramos o que somos hoje, melhores amigos. Ele deve ter vindo da academia que trabalha, logo aqui perto, uns dez minutinhos de carro, as vezes ele aparece por aqui na hora do almoço, trazendo comida e ficamos presos em meu escritório assistindo filmes no meu sofá confortável que tenho aqui, enquanto comemos, o que eu acho muito bom, nunca me sinto sozinho com ele por aqui.
— Oi minha Barbie. — Ele diz bem-humorado, se aproximando e me abraçando bem apertado, sinto suas curvas contra meu corpo, sou apenas alguns poucos centímetros mais alto, enquanto seu corpo é puro musculo o meu é apenas grande.
— Oi Majestic. — Ele gargalha, as vezes entramos nessas de apelidos idiotas.
— Humm, — Ele tem uma expressão pensativa. — Posso pensar em deixar você me montar. — Opa. Meu cérebro deu uma bugada. Isso foi uma frase com duplo sentido? Sorrio internamente, nervoso, nunca chegamos nessa parte. Mas ele apenas segue para a porta dos fundos, meu escritório, como se não tivesse dito algo que me desmontou inteiro, meus olhos vão direto para sua bunda, e que bunda, grande, boa para apertar.
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Me Veja - Spin-Off 2.0 Trilogia Irmãos Santore
RomanceJoão tem sua visão limitada, usa óculos desde os seus 3 anos, quando foi adotado pelo seus pais. sem seus óculos ele não vê nada além de vultos, mas isso não impede que ele viva sua vida. Quando ele perde sua visão totalmente, ele se encontra com r...