Capitulo 6

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Darya

Um detalhe importante sobre mim é que eu gostava de jogos embora detestasse que me usassem em um, eu amava a sensação de ter o que eu queria em minhas mãos e com o Axel não seria diferente, era engraçado e ao mesmo tempo diferente a sensação, eu nunca havia ficado fissurada em ninguém e nem quis conhecer ninguém melhor como quero com ele.
Enfim, deve ser um sentimento carnal e nada a mais do que isso.

Confesso que não gostava de coisas que me faziam parecer uma criança e confesso que estava com um ódio mortal nesse exato segundo

Darya: Não !

Madá: Darya !

Darya: Não ! Nem vem ! Nem que você me pague todo dinheiro desse mundo ..

Madá: Você está linda !

Darya: Eu tô parecendo é um boto cor de rosa

Madá: As madrinhas irão usar rosa

Darya: Mais aí que está, eu não quero ser madrinha ..

Madá: Você não queria minha ajuda pra se aproximar do Axel ? Pois bem ! Você ser o par dele, terão que ficar um bom tempo juntos no dia do casamento

Darya: Por mais que eu queira muito aquele gostoso tatuado essa humilhação não vale a pena apenas por causa de um único pinto

Ela negou com a cabeça e se sentou me encarando

Madá: Você tem a personalidade forte em ..

Darya: Você não viu nada ..

Madá: Que cor você quer usar ? Bege ? Creme ? Azul ?

Darya: Não é assim que as coisas funcionam, o vestido ideal tem que me escolher, preciso procurá-lo com cautela

Madá: O casamento é daqui uma semana, espero que já comece a procurá-lo

Darya: A propósito, padrinhos e madrinhas não tem que ser pessoas próximas ? Por que eu tô sendo uma ?

Madá: Eu não conheço muitas pessoas por aqui e tenho uma boa intuição em questão de pessoas

Darya: Tipo ?

Madá: Tipo você ... tem uma personalidade forte mais eu sei que é uma pessoa boa

Darya: Não sou não !

Madalena revirou os olhos e se levantou me encarando

Madá: Podemos ir a galeria agora ? Preciso te mostrar algumas coisas

Darya: Qualquer coisa é melhor do ficar brincando de boneca

Me levantei também a acompanhando pra fora do café em que estávamos, poucos minutos depois havíamos chegado a galeria onde havia algumas pessoas, Madalena já foi me apresentando como gerente e eu sabia que pelo menos seus funcionários eram espertos, a maioria me encarou surpreso e não era pra menos, eu tinha meu próprio negócio, uma rede de galerias e muito bem sucedidas e cá estava eu, brincando de ser gerente apenas pra ficar perto de um homem, quanta decadência

Madá: Não vou perguntar se você sabe o que fazer porque certamente você sabe o que precisa ser feito

Assenti e entao caminhamos pra fora da galeria. Madalena sempre acariciava com carinho e cautela sua barriga me fazendo erguer a sobrancelha já que não entendia o sentimento que ela tinha e quanto mais sabia se ele era real ou não.
Madalena falava sobre os preparativos do casamento mais o que me chamou a atenção foi ver um carro preto parado a poucos metros de nós, ele já estava nos seguindo desde cedo e por mais que eu tenha inúmeros defeitos ser idiota não estava no meio deles.
Íamos atravessar a rua quando o farol se acendeu e vi Madalena começar a atravessar na minha frente, tudo foi em câmera lenta, o carro acelerou em direção a ela e fiquei a encarando como se tentasse decifrar se deveria intervir ou não, era uma dúvida cruel, não sou muito fã em ajudar ninguém quem dirá pessoas que mal conheço e mal tenho um relacionamento.
A base que o carro ia acelerando eu percebia que estava sem tempo pra ficar analisando a situação então bufei indo em direção a Madalena e a empurrando.
Assim que ela caiu no chão o carro passou colado em mim fazendo uma parte do meu corpo pegar nele e eu mesma ser arremessada no chão

AXEL DEBORTOLLI Onde histórias criam vida. Descubra agora