Darya
Depois que Axel desmentiu tudo todos saíram xingando, mais a culpa não era minha, não tinha sido eu a inventar toda aquela história.
Mais minha mente estava no fato do casamento ainda.
Axel estava com uma toalha enrolada na cintura e penteava seus cabelos, meus olhos desceram pelas suas costas que era musculosas e pararam na bunda, só agora me dei conta que estava a tempo demais sem sexo.Darya: Quer transar ?
A sobrancelha de Axel se ergueu e ele riu de um jeito deliciosamente sexy, o vi caminhar até mim e me dar um beijo rápido me fazendo bufar
Axel: Estou atrasado ! Já era pra eu estar na empresa já que saímos em uma hora pro evento, mais quando eu chegar eu prometo te recompensar
Darya: Como ?
Axel: A ponto de você implorar pra mim parar
Era uma promessa e tanto e eu iria cobrar.
Axel entrou no Closet e um trovão estridente ecoou me fazendo pular, o céu estava fechado mostrando que claramente iria chover.
Eu odiava a chuva, com toda certeza eu odiava, era me recordar de como eu andava pelos corredores das clínicas em que eu ficava internada, era assustador.
Senti dois braços me envolverem e por mais que fosse sobrenatural a sensação meu corpo relaxouAxel: Eu sei que não gosta de chuva ! Mais tente não tomar aquele remédio. Nestha e Madalena estarão em casa e você pode ficar com elas.
Assenti concordando com ele.
Pouco tempo depois Axel saiu para trabalhar, eu estava sozinha, eu e malditos trovões.
Fechei todo o meu quarto, quando digo todo era todo mesmo, fechei as janelas e portas e cortinas pra que eu não visse o tempo, até a pequena janela do banheiro não saiu ilesa.
Tomei um banho, vesti meu pijama e fiquei por um longo tempo mexendo no computador resolvendo assuntos da galeria.
Quando a chuva começou a cair foi impossível ficar dentro do quarto, eu precisava de companhia se não iria acabar tomando meus remédios.Quando sai do quarto além da casa estar silenciosa estava toda escura.
Comecei a acender luz por luz mais confesso que quase esmurrei Madalena ao acender a luz da sala de jantar e a ver curvada sobre a mesaDarya: Quase que eu bato Madá ...
Ela não respondeu, mais no mesmo instante em que um trovão ecoou ela gritou me fazendo pular e gritar junto.
Seus cabelos estavam presos em um rabo de cavalo e ela usava um vestido, seu rosto estava pálido e suadoDarya: Você está bem ?
Perguntei com uma preocupação evidente, eu não era de me importar com ninguém, mais os Debortolli eram diferentes, eles eram minha família e mesmo que eu não tivesse percebido antes eu sempre fiz o que pude pra estar no meio deles.
Madá: É claro que eu não estou bem, não está vendo?
Sua voz saiu carregada de raiva o que me surpreendeu já que Madalena era sempre uma pessoa zen, minhas sobrancelhas se ergueram e ela me encarou com os olhos cheios d'água
Madá: Desculpa Darya ! São os hormônios e essas malditas contrações ...
Darya: Não sabia que a dor era realmente assim, nos filmes parece algo tão prático e rápido
Madalena riu mais não uma risada sincera e sim de alguém a beira do desespero
Madá: Me ajuda por favor! Está doendo !
Darya: O que você quer que eu faça ?
Madá: Nas poucas vezes que Ryder presenciou minhas contrações de treinamento ele ficou atrás de mim, suas mãos seguraram minha barriga a levantando um pouco e me ajudou demais na dor
Isso era constrangedor, eu teria que abraçar Madalena, eu não era de abraçar ninguém .. mais mudei de ideia quando novamente ela urrou de dor o que me fez correr para trás dela.
A cena não poderia ser pior, eu estava parada atrás de Madalena, suas costas coladas em meu peito e meio que sem jeito encostei as mãos em sua barriga, estava dura, dura até demais, mais no primeiro instante senti algo se mover e afastei minha mãoMadá: Ele se mexeu ...
Darya: Isso era ele se mexendo ?
Madalena assentiu e voltei a colocar minhas mãos em sua barriga, novamente senti a movimentação e parecia que o bebê iria rasgar a barriga dela a qualquer momento
Madá: Acho que ele gostou de você ..
Darya: Claro que gostou .. quem em sã consciência não gosta de mim ?
Madá deu uma risada mais em seguida gemeu de dor, isso não era normal, era ?
Um trovão ! Um maldito trovão ecoou fazendo as luzes da casa se apagarem e poucas luzes de emergência se acenderem, ótimo, estávamos no meio de uma tempestade, na escuridão e com uma mulher grávida que parecia que ia dar a luz.Madá: As mãos Darya, as mãos ...
Com cuidado levantei um pouco sua barriga a ouvindo suspirar como se realmente aliviasse mais foi inevitável não olhar pros meus pés e depois pra Madalena
Darya: Fala sério ! Eu estou te ajudando e você faz xixi no meu pé ?
Madá: NÃO É XIXI !
Ela diz praticamente aos berros e então me dou conta do que estava acontecendo, ela estava literalmente em trabalho de parto.
Darya: Vamos pro hospital !
Madalena assentiu e começamos a caminhar em direção a garagem, eu estava a apoiando e quando chegamos a garagem a maioria que não era muito dos seguranças estavam lá.
Segurança: O que houve ?
Darya: Precisamos ir pro hospital, o bebê vai nascer ...
Como se por uma premonição ou algo do tipo a chuva ficou surreal, literalmente parecia um dilúvio, não tinha como sair naquela chuva e Madalena parecia ler meus pensamentos e começou a chorar
Madá: Meu filho ... o que vamos fazer ?
Sair com ela nessa chuva era arriscado, arriscado demais, eu já não era boa motorista na verdade acho que nem um ótimo motorista conseguiria ver algo ali.
Respirei fundo e puxei Madalena voltando pra dentro de casaMadá: Banheira ! Banheira deve ajudar ...
A ajudei subir os degraus pro andar de cima, pra ser sincera eu praticamente a carreguei já que a três passos uma contração vinha.
Em filmes eles não mostram isso !
Quando entrei no quarto com Madalena foi caótico, eu nunca havia entrado no quarto deles, era bonito, amplo, em um canto tinha um berço muito bonito mais o que me deixou com os nervos a flor da pele foi olhar pra baixo e ver sangue escorrendo por suas pernas, Madalena olhou pra baixo vendo o sangue e aquilo ali foi o suficiente pra instalar o caos na casa.———————————————————————-
Entre os gritos Madalena disse que era pra Nestha estar aqui, que o combinado era ela cuidar dela, mais até o que tudo indica Nestha ainda não havia voltado da empresa e com a chuva que estava lá fora eu duvidava que era iria aparecer.
Em questão de segundos fiz o que os filmes ensinam, peguei uma bacia com água morna que eu não faço ideia pra que serve, toalhas e até um pegador de macarrão eu havia arrumado.Tudo estava no quarto e Madalena estava em cima da cama gritando horrores e sangrando na mesma medida, eu não sabia o que fazer, era o caos completo, chuva, parto, sem luz ... como faríamos algo nessas condições ?
E então foi quando tive uma maldita ideia e sai correndo do quarto de Madalena ouvindo ela gritar pela milésima vez.

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AXEL DEBORTOLLI
RomansaAxel é um homem com 31 anos, perdeu seus pais jovem e junto da perda veio a obrigação em ajudar o irmão mais velho a gerenciar os negócios e cuidar dos irmãos mais novos, Axel foi o capitão de sua unidade no exército e por isso lidera as equipes em...