Capitulo 39

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Axel

Entrei no quarto vendo que Darya já dormia, encarei o relógio vendo que não passava das nove da noite, a tela de seu celular estava acessa em cima da mesinha e me aproximei vendo o número de Casper salvo e havia uma chuva de mensagens e ligações.
Não me importei no momento se estava invadindo a privacidade de Darya, mais esse Casper não me descia.
Abri as mensagens vendo que já fazia alguns dias que ele vinha mandando mensagem pra ela embora ela não respondesse, algumas como "Onde você se meteu, estou preocupado" "Vamos sair pra conversar" "Estou com saudades" "Sério mesmo, estou preocupado com você" "Me ligue" e por aí ia ...

Em seguida quando voltei das mensagens havia um lembrete na tela inicial do seu telefone onde dizia "Retorno as 10:00 com Dr Laurence" encarei Darya que estava apagada e abri a gaveta da mesinha ao seu lado vendo os potes de remédio que antes não estavam ali.
Puxei cada um deles e sai do quarto com eles em mãos, no corredor dei de cara com Nestha que encarou minhas mãos e depois a mim, como uma garota sendo pega no flagra a vi dar meia volta

Axel: Nestha !

Ela parou no caminho e se virou ficando de frente pra mim e seus olhos fechados com força

Axel: Você vem comigo !

Seus olhos se abriram e ela cruzou os braços com aquela petulância de sempre

Nestha: Porque ?

Axel: Você com certeza vai poder me esclarecer muita coisa ! Anda !

Ela bufou e passou por mim batendo os pés, descemos os degraus e pude ver pelo canto do olho Ryder e Madalena na sala dentro da bolha deles de felicidade embora eu soubesse que Ryder havia nos visto.
Quando entramos no escritório coloquei cada frasco em cima da mesa e encarei Nestha

Axel: Desembucha !

Nestha: Sobre o que ?

Axel: Nestha, por favor, não testa a porra da paciência que eu não ando tendo

Nestha: Eu não sei o que você está querendo saber ..

Axel: Porque quando viu os remédios você se virou ?

Nestha: Não rosto de remédio ...

Axel: Falou a garota que só anda entupida de analgésico ...

Nestha me encarou com raiva e eu não me importava, eu sabia do seu segredinho sujo e ela tinha consciência disso

Nestha: Ela começou a se tratar tá bom ?

Axel: Que tratamento ?

Nestha: Pra controlar as impulsividade dela

Axel: Há quanto tempo ?

Nestha: Tem um mês !

Fechei meus olhos e respirei fundo pra não pegar Nestha pelo pescoço e torcer ele ali mesmo

Axel: Isso é coisa sua não é ?

Nestha: Não ! Quer dizer, eu dei a ideia, mais a iniciativa veio dela, eu não forcei ninguém

Axel: Porque infernos você fica se metendo na vida dos outros Nestha ?

Foi inevitável não aumentar o tom de voz, mais Nestha precisava parar, eu sabia que ela tinha boas intenções mais de boas intenções o inferno estava cheio, ela precisava parar de se meter em assuntos que não lhe diziam respeito

Nestha: Eu não me meti na vida de ninguém tá bom ? Você é meu irmão, não gosto de ver você sofrendo por causa de uma maluca qualquer, eu apenas falei o que achava, agora se ela viu que eu falei verdades o problema é dela

AXEL DEBORTOLLI Onde histórias criam vida. Descubra agora