XXVI

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 Pablo Gavi

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Pablo Gavi.

Três dias após o acidente.

"A galinha pintadinha, e o galo carijó..." esse é o trecho da música que estou escutando tocar enquanto dirijo em direção ao CT, não importa oque eu faça, tudo me lembra Maya e Sofia.

Olhar pelo retrovisor e ver a cadeirinha da minha filha vazia no banco de trás dói mais do que se eu levasse uma facada no peito.

Desde o dia do acidente eu não vou ao CT, porque não saí do hospital, mas tenho que ir ao clube para justificar minha ausência, mesmo com todos já sabendo o motivo, Raphinha também está no hospital desde o acontecido, só as vezes vai pra casa descansar e vem aos treinos, mas a maioria do tempo ele está passando comigo enquanto esperamos um estímulo de Sofia, ou Maya, que também ainda não acordou.

Entro no centro de treinamento do time e estaciono o carro desligando o som, pego meu celular e saio de dentro do veículo colocando minhas mãos no bolso da minha calça, onde coloquei meu telefone.

Fui andando pelos corredores em direção a sala do meu técnico, que é com quem tenho que falar, estou desligado do mundo, nada ao meu redor tem sentido, tudo perdeu a cor.

Paro de andar e olho pra baixo quando sinto alguém abraçando minha perna por trás, então vi que era Pietro.

O menininho logo me soltou e ficou parado em minha frente com os braços cruzados me encarando.

- Titio Gavi - A criança abre um sorriso - Cadê a Maya? Porque ela nunca mais veio aqui? Tô com saudade dela - Completa

Essa fala do garoto em minha frente me deixou estático, eu simplesmente congelei, um arrepio percorreu por todo o meu corpo e eu não sei oque responder.

- Pietro pelo amor - Vejo meu colega de time pegar o filho no colo - Achei que tinha se perdido

- Mas papai, eu quero saber da Maya, e Titio Gavi sabe dela! - Fala sorrindo, eu continuo estático tentando raciocinar oque ouvi segundos atrás e formular uma resposta pra tal pergunta - Não é tio Gavi?

- É, uhum, sei - Digo olhando pro garotinho a minha frente - Ela foi viajar, é isso, quando ela chegar vem ver você - Falo a primeira desculpa mais convincente que veio a minha mente

- Pietro! É falta de educação perguntar sobre a vida dos outros - Frenkie fala mas eu nem me importei muito, só estou com vontade de chorar novamente, mas isso não vai parar de acontecer até minha garotas ficarem bem

- Não tem problema - Dou ombros - E logo logo ela vem ver você seu malandrinho - Toco a ponta do nariz dele que dá uma risada

Será apenas culpa minha ? || Pablo Gavi Onde histórias criam vida. Descubra agora