XLIII

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Pablo Gavi

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Pablo Gavi.

Após receber a autorização do juiz pra conseguir defender Sofia eu respirei fundo, me preparando pra começar a falar tudo que preciso. Tenho que ser claro com tudo que vou dizer, é como se a responsabilidade de Maya ficar com Sofia ou não estivesse toda sobre mim, e isso querendo ou não me assusta, mas o que mais me assusta é olhar em direção a minha noiva e perceber o quão desesperada está.

- Muito obrigada - Agradeci e logo ajeitei minha filha em meu colo começando a falar - Maya hoje tem dois anos, e nesses dois anos na vida da minha filha ela nunca foi mal tratada, ignorada ou criada com falta de respeito, pelo contrário, Sofia nunca deixou nada faltar a ela, desde coisas materiais ao carinho e afeto, Maya nunca chegou a presenciar uma briga ou foi deixada de lado por algum motivo, devo dizer que pelo contrário, Sofia já abriu mão de muitas coisas apenas pra priorizar a filha - Olhei em direção a garota - Eu realmente admiro a relação das duas, e não estou falando isso pra defendê-la apenas porque a amo, mas sim porque como pai, Sofia me ensinou a como ter paciência nos piores momentos, me ensinou a lidar com situações nas quais eu nunca nem imaginei enfrentar, nossa filha sempre foi sua prioridade, e isso não vai mudar, se ela fez o que fez, não significa que não tenha responsabilidade o suficiente, mas sim que ela faria qualquer coisa pra ver nossa pequena bem, quando nem eu mesmo estava lá, ela estava, cuidando de tudo da melhor maneira possível - Terminei minha fala e me sentei novamente

O tribunal ficou quieto, o juiz pareceu pensar e Maya me encarou, colocando a mão em meu rosto me fazendo a olhar.

- Ei papai, polque tá todo mundo quieto? - Perguntou baixinho - E polque a mamãe tá cholando? O que a gente veio fazer aqui mesmo? Mim posso ir com a mamãe?

- Porque é pra ficar quieto, neném - A respondi, falando baixo também, apenas pra pequena em meu colo escutar - A mamãe não tá chorando - Ajeitei o cabelinho dela - Coisa de adulto, e agora não princesa, mas depois você pode, tudo bem? - Perguntei e deixei um beijinho em sua testa

- Não, papai, mim quelo a mamãe agola - Fez um beicinho como se fosse começar a chorar - Ela tá cholando sim! Deixa mim falar com ela!

- Agora não pode, meu amor - Tentei explicar - Depois o papai deixa, agora tem que ficar quietinha um pouco

- Não, mim quelo a mamãe agola - Resmungou começando a chorar e então senti Rapha me cutucando, fazendo com que eu o olhasse

- Leva ela lá pra fora - O mais velho disse - Se a deixar aqui vai ser pior, quando ela se acalmar você volta - Completou

Apenas concordei e me levantei saindo de dentro da sala. Nem sei se pode sair daqui de dentro no meio de tudo isso, mas deixar Maya chorando não é uma opção, e não lembrei de me informar antes de fazer isso, então agora já foi.

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⏰ Última atualização: Oct 20 ⏰

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