P.O.V. Desconhecida.
Meus olhos se abriram e de repente foram ofuscados por uma luz brilhante, cegante. Depois de um tempo meus olhos se adaptaram a claridade e eu posso ver onde estou. Numa praça, cercada por uma multidão que para para me encarar, também pudera, eu estou nua. E meu equilíbrio não é dos melhores, não consigo firmar os pés no chão direito, não faço ideia de onde vim parar.
-Me ajude, me ajude.- Pedi á um dos pedestres.
Logo, a polícia veio e quando me viu o chefe de polícia ficou surpreso, mais que isso, ficou chocado.
-Felicity?- Ele questionou.
Mas, meu cérebro não está processando nada é como estar flutuando. Quando tentei caminhar, eu tropecei e cai, o mundo rodou e apagou.
P.O.V. Tenente Lance.
Puta merda ninguém fica morto nesta cidade. Fomos acionados porque apareceu uma mulher completamente nua no meio da praça, quando cheguei eu vi a sujeita, mas quando ela virou na minha direção eu quase cai duro.
-Felicity?- Perguntei chocado.
Ela não respondeu apenas esticou os braços e tentou caminhar em minha direção, mas ela tropeçou e caiu perdendo a consciência, então eu acionei os paramédicos que a levaram para o hospital. Sem saber o que pensar deste ocorrido eu fui ao hospital e chegando lá, o Arqueiro Queen já tinha chegado antes de mim.
-É verdade? É a Felicity?- Ele perguntou.
-Eu não sei. Não posso afirmar nada com certeza.- Respondi.
Depois de um tempo o médico saiu e nos deu notícias.
-Tenente Lance, eu tenho novidades sobre a nossa desconhecida. Depois de um teste de D.N.A. e de uma busca no sistema descobrimos que... ela é Felicity Smoak. Parabéns senhor Queen parece que a sua... esposa não morreu afinal. O problema é que... encheram o corpo dela de fentanil.- Disse o médico.
-Fentanil?- Oliver perguntou bravo.
-Sim. Mas, já estamos fazendo uma desintoxicação. Precisamos aguardar para ver como ela reage.- Falou o Doutor Jones.
P.O.V. Oliver.
Meu Deus! Ela está viva e aparentemente foi drogada. Fiquei na sala de espera pelo o que me pareceu uma eternidade quando finalmente o médico me autorizou á entrar no quarto. Assim que entrei notei que o seu cabelo antes loiro estava castanho escuro e tinha crescido estava quase no meio das costas. Ela está um pouco pálida, mas está bem mais saudável do que naquele dia.
-Felicity. Ai graças á Deus, estou tão feliz por você estar viva. Eu sinto muito por tudo.- Cheguei falando e ela me olhou com uma cara. Parecia assustada. Confusa.
-Eu não... faço ideia de quem você seja.- Ela disse soando apavorada. E pelo olhar nos olhos dela eu sei que não está mentido.
Aquilo foi como um chute no saco para mim. Na verdade foi pior do que um chute no saco. Doeu mais. Bem mais. Da última vez que estive neste hospital com ela Felicity havia sido atacada por um mercenário, estava grávida e acabou... supostamente morrendo depois de dar a luz.
-Sou eu. Oliver. Oliver Queen, seu marido.- Eu disse.
-Oh.- Ela disse surpresa e um pouco envergonhada por não se lembrar de mim.
P.O.V. Desconhecida.
Depois que ele saiu, os médicos me fizeram tudo quanto foi exame. Me botaram naquele tubo, tiraram meu sangue, colheram minha urina, me viraram do avesso. Mas, o que mais me perturbou foi quando uma psiquiatra entrou e começou a me fazer perguntas.
-Qual é o seu nome?- Ela perguntou.
-Eu não sei, mas imagino que seja Felicity.- Respondi.
-Qual é a data do seu nascimento?- Ela perguntou.
-Não sei.
Ela continuou perguntando, quem era minha mãe, meu pai, irmãos, em que ano estávamos e eu só respondia a mesma coisa.
-Eu NÃO SEI! Já disse que não sei.- Respondi me sentindo brava, frustrada por não me lembrar de nada. Absolutamente nada.
-Tudo bem, acho que já deu. Pode descansar agora.- Disse a médica saindo.
Eu só... me sentei e chorei. Chorei por não me lembrar de nada, nem de ninguém, por não saber quem eu sou, pela minha mente estar total e completamente em branco. Não acho que exista algo pior do que não saber quem você é ou de onde veio, não ter nada a que se apegar.
P.O.V. Oliver.
A psiquiatra Doutora Jill Wagner saiu e diagnostiou Felicity com amnésia global. Ela não se lembra de absolutamente nada antes de acordar pelada na praça da cidade. Tudo o que eu sei é que alguém forjou a morte da minha mulher, a sequestrou, a fez refém por sete meses e depois a drogou e a largou nua, amnésica e desamparada no meio da praça de Starling City. E quem quer que tenha feito isso também deixou a minha filhinha recém nascida órfã.
Depois dela ter sido examinada pelo médico, por todos os médicos Felicity recebeu alta e eu pude levá-la para casa. O trajeto até a mansão Queen pareceu longo e tenso, ela mal falou.
-Tem mais alguma coisa que eu precise saber antes de... chegar em casa?- Ela perguntou.
-Nós temos uma filha. Olívia Smoak Queen. Foi você que escolheu o nome dela. Eu queria chamá-la de Mia, mas você achou que seria mais fofinho ela se chamar Olívia.- Eu disse com um sorriso no rosto.
-Uma filha. Eu tenho uma filha. Eu nem me lembro de ter ficado grávida, como vai explicar isso para a criança?- Ela perguntou.
-Não vou precisar. Ela tem sete meses.- Falei.
Ela só assentiu com a cabeça.
P.O.V. Felicity.
Uma filha. Eu tenho uma filha. Um marido, uma filha, uma casa. Sempre quis ter um bebê, ser mãe e agora eu sou. Acho que nem tudo são espinhos afinal. E quando cheguei em casa mais surpresas me aguardavam.
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Arrow- An Olicity Fanfic
Mystery / ThrillerDepois de um ataque brutal Felicity Smoak foi dada como morta, mas um dia depois de seis meses de sua suposta morte ela aparece no meio da praça de Starling City completamente desmemoriada. O que será que aconteceu com Felicity? Ela conseguirá recup...