2 - A Ilha do Mar Azul

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A tempestade ainda estava intensa de um modo que os dois filhotes batiam os dentes de frio. Ventava forte e os clarões dos raios fez QiRen enxergar uma trilha pela vegetação baixa até as árvores mais adiante e segurando a mão dos meninos, saiu caminhando com eles.

_Vai ficar tudo bem. Vai ficar tudo bem. Eu vou cuidar de vocês.

_O senhor não vai me machucar vai? A mamãe me disse que alfas mais velhos são ruins com ômegas pequenininhos como eu.

QiRen olhou para o pequeno à sua direita e o viu soltar um soluço. A chuva não o permitiu perceber antes que ele estava chorando.

_Qual seu nome?

_Wei Ying...

_Wei Ying, eu não vou fazer mal nem à você e nem ao seu amiguinho aqui. Apenas vou proteger ambos e pedir aos céus que essa chuva pare e consigamos um modo de voltar para casa.

_Eu não tenho mais casa... A mamãe morreu. – disse Wangji baixinho. Ele também chorava. – Eu vi...

_A minha também deve ter morrido, ela não sabia nadar...

Os dois meninos começaram a chorar de forma incontida agora e QiRen ignorou a tempestade e se abaixou, puxando ambos para si e eles aceitaram o abraço protetor e choraram no ombro dele, que os ergueu do chão e caminhou com eles pela trilha adentro a procura de um lugar para se proteger.


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Qiren já estava ficando cansado pelo peso dos filhotes, foi quando um clarão o fez ver uma casa no meio de toda aquela a vegetação, e ele andou mais depressa até ela e simplesmente entrou, colocando as crianças no chão de madeira gasto. Alguns pontos da casa pingava, mas dava para passar a noite ali. O lugar estava escuro e frio, o que significava que não era habitado por ninguém há muito tempo.

 O lugar estava escuro e frio, o que significava que não era habitado por ninguém há muito tempo

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O alfa se abaixou e disse:

_Está muito escuro. Segurem a mão um do outro para não ficarem com medo. Vou ver o que encontro aqui dentro.

Os meninos obedeceram e QiRen saiu tateando o lugar e toda vez que um raio cruzava o céu, ele conseguia ver o interior da casa e encontrou um antigo fogão de pedra, um par de pedras de fogo, que ele pegou e começou a bater uma na outra em direção à palha que havia num canto, que ele prontamente pegou e colocou sobre a madeira no fogão. Demorou, mas o fogo foi aceso e as crianças se sentaram perto dele para se aquecer pois tremiam de frio.

_Alguém já morou aqui. Amanhã poderemos ver melhor a casa. Por hora, fiquem perto do fogo e se aqueçam. – QiRen pegou um pedaço de madeira e se sentou perto da porta – Eu vou tomar conta de vocês, podem dormir agora.

Os meninos ficaram quietinhos, um com as costas encostada na do outro e nem perceberam quando o sono chegou e eles adormeceram.


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Mar Azul (Concluída)Onde histórias criam vida. Descubra agora