Maki
Luffy estava deitado ao lado da cadeira da qual eu estava sentada, me olhando.
Ele estava maior comparado com o dia que o ganhei, em minha concepção, estava crescendo muito rápido.
- Que foi bebê?
Já não abanava o rabo e as orelhas estavam baixas, sem falar do choro.
- Será que você está doente? - me sentei no chão, ao lado dele - é isso?
Revirei os olhos, me sentindo uma idiota fazendo perguntas a um cachorro que não vai me responder.
- Está com saudade do seu pai?
Ele se levantou, abanou o rabo e mostrou a língua, quase não acreditei.
- Saudade do papai?
Latiu, como se fosse um "sim".
Dei uma pequena risada.
- Eu também estou...
Suspirei, passei a mão sobre seu pelo dourado, olhei pela janela, vendo o dia chuvoso.
- E se formos vê-lo? - sugeri.
Ele latiu.
- Considero isso como um "sim".
Me levantei, troquei de roupa e desci para o estacionamento do hotel. Amava como Luffy era treinado o suficiente para poder sair com ele sem a guia.
Entramos no carro e até que era engraçado vê-lo sentado do meu lado.
Marquei o endereço de Itachi e seguimos, apenas no meio do caminho fui me lembrar do guarda-chuva que deixei no hotel.
Estacionei o carro e toquei a campainha, me admirei como a porta se abriu rapidamente.
Antes que Itachi pudesse dizer algo Luffy pulou nele, mas ele logo o acalmou.
Tirei meus sapatos e quando me ergui, ele me olhava com uma toalha em mãos.
Só então pude analisar seu estado, o braço enfaixado, a pele mais pálida que o normal, as olheiras, os olhos tristes, a postura depressiva.
Peguei a toalha e sequei meu cabelo, meu rosto, e minhas roupas, achei engraçado com Luffy ficou quietinho sentado ao lado do sofá, assistindo tv.
- Não esperava que viesse... - sua voz estava fraca, sem vida - desculpe a demora para abrir a porta...
- Tudo bem... eu deveria ter avisado que estava vindo...
Percebi as garrafas de bebidas sobre a mesa da cozinha e o cheiro de fumo, porém, nada em meu campo de visão.
- Não dava tempo de esconder, então nem tentei. Pode me xingar se quiser, estou exausto.
Desviei o olhar, me movi até a cozinha, balancei a cabeça.
- Não vou te xingar, não vim te dar dor de cabeça... - coloquei os copos na pia e guardei as garrafas no armário - está tudo bem. É o seu jeito de sentir o luto.
Me virei para ele, sua tristeza apertava meu coração e já fazia dois dias desde o enterro.
- Você jantou? - me aproximei, toquei seu rosto - fez alguma refeição hoje?
Ele negou com a cabeça, fechou os olhos, suspirou.
- O que quer comer? Vou fazer o jantar pra você...
VOCÊ ESTÁ LENDO
Querido Ex >> Itachi Uchiha
FanfictionDez segundos sempre foram insignificantes para muita coisa. Sempre foram rápidos em uma contagem regressiva ou poucos em uma partida de futebol. No entando, dez segundos na vida de Itachi Uchiha conseguiu acabar com um relacionamemto de três anos. A...