Superior {Imagine Sukuna}

{001}

- Sn!! -- Lia chama por fim no fim da mesa. - Poderia me trazer um copo de água, querida?

- Claro, estou indo! - Digo e ela assente agradecendo.

Trabalho em uma lanchonete dos mais variados tipos de doces, salgados, bebidas e outras coisinhas extras.

Sou um tipo de garçonete aqui, a grana é boa, por isso continuo aqui com a maior alegria do mundo.

Estamos na quarta, nesse dia costumam vir mais aqui, não sei o porquê, nem estou muito a fim de perguntar.

Trouxe em uma bandeja água gelada e um copo para Lia, uma cliente costumeira daqui, muito educada e sempre trazendo assuntos diversificados.

- Ei, garota!Aqui! - Sou chamada por um dos clientes, estavam sentados quatro na mesa dez, onde ficavam geralmente as plantas que colocávamos para deixar o ar mais fresco, havia também uma janela enorme, que tinha uma vista para o lado de fora.

Vou até os clientes e eles me fazem seus pedidos, anotando-os me dirijo rapidamente para o balcão e entrego o papel com os pedidos anotados.

Peguei com um bandeja o que eles pediram e entreguei, me distaí ao olhar para o lado de fora, vendo um homem alto de cabelos rosas, em seu rosto via-se tatuagens negras e em seus punhos.

Ele entrou na loja e assim que o mesmo se sentou andei até o mesmo a fim de atendê-lo.

- Bom dia, o que deseja?

- Um café. - Ele responde com ignorância e anoto.

- Ok, obrigada.

Ele continua quieto e entrego o pedido.

- Mas como ele quer que seja feito o café? - A cozinheira me pergunta. Encolho os ombros e estendo minha mãos dizendo "não sei" -- Faça um café puro, tem uma semente aí?

- Semente de café?

- Isso! - Ela me mostra e a pego. - Faça o café puro sem nada. Sem açúcar também- Sugeri e andei novamente até o homem, peguei a semente e a coloquei em sua frente que arqueou suas sobrancelhas ao ver aquilo.

- O que é isso? - Ele pergunta me encarando.

- O café que você me pediu. - Digo simples e ele sorri.

- Isso é uma semente de café - Ele diz dando ênfase ao "semente" - Não um café.

Retribui o sorriso e peguei o café que estava no balcão.

- E isso?É o café que pediu? - Entrego para o mesmo que toma um gole.

- Esse é o café que pedi, sem açúcar.Apenas o café - Sorrio satisfeita. 

- Que bom!com licença, Senhor!

Me despeço indo para outras mesas.

O homem pagou e foi embora imediatamente, o dia havia se findado e eu precisava ir para casa antes que escuressese.

Com as chaves escondidas no fundo da minha bolsa abri a porta e entrei já a organizando por inteira, já que amanhã não teria o tempo que eu preciso.

Ao terminar tomei um banho quente, onde as fumaças de vapor escapavam pela janela solar no teto.

Coloquei uma roupa quente, o inverno estava chegando e acordar a noite por causa de frio não fazia meu tipo. Me enrolei nos cobertores e dormi rapidamente.