{021}

103 7 0
                                    

- O que pensa que está fazendo? - Aquela voz o fez abaixar a arma e se afastar. 

Sukuna se aproximou de nós duas e Agnes veio para trás de mim assustada.

- Olha o que você fez.. - Ele chutou o rosto do homem. Escorrendo sangue pelos cantos. - Não precisa ter medo de mim.

- Por que você está todo ensaguentado? - Agnes perguntou e ele olhou seu corpo surpreso, ele não havia percebido?

- Uns acontecimentos, mas eu estou bem.. - Ele sorriu. - Mas se arrumem, vamos sair dessa casa agora. - Ele falou ríspido e o olhei confusa.

- Por quê?

- PORQUE SIM, PORRA! - Ele grita irritado. - Para de fazer perguntas e vai logo.

- Porque sim não é resposta, quero saber o porquê, caso não queira me falar continuarei aqui.

- Vai querer morrer e matar a sua irmã? - Ele me fitou desafiando meus limites.

- Sim, eu vou. Vai dizer o porquê? - Ele passou as mãos no cabelo.

- Agora não dá tempo, princesa, pode ser no caminho. - Cerrei o mesmo com os olhos.

- Pode sim, senão contar, eu vou sair do carro.

Juro que ele quase me matou ali com os olhos. Eu fiz o que ele pediu, Agnes não pronunciou nenhuma palavra sequer, apenas seguiu as ordens aparentemente não se importando.

"Que droga, eu dependo dele para aquela coisa não me matar, então é melhor ir do que morrer"

- ANDA, SN!! - Ele espancou a porta no momento que eu a abri. - Vem cá. - Ele tinha trocado de roupa, mas seu rosto ainda tinha marcas de sangue. - Vem logo.. - Eu e Agnes o seguiu e entramos dentro do seu carro. 

...

- Agora me conta, o que está acontecendo?

- Tem uns merdinhas vindo atrás de você, acabei com alguns deles hoje, mas são muitos, então vamos sair daqui.

- Merdinhas...quem seria esses "merdinhas"?

- Feiticeiros. - Ele respondeu simples, a cada vez que recebia mais respostas, mais perguntas surgiam.

- Eu ainda não entendi, por que estão atrás de mim?

- Não busque entender o porquê.

- Mais que caralho, me conta logo.

- NÃO! - Ele esbravejou.

- Destranca a porta. - Falei, eu impus uma condição, ou ele me conta, ou eu vou embora.

- Não, Sn, para de ser idiota, quer se matar?

- Explica as coisas direito, eu corro risco de morte por absolutamente motivo nenhum?Isso não faz sentido.

- Vai continuar sem fazer.

A partir daí, ele não me respondeu e nem me dirigiu uma sequer palavra.

Começou o início da tempestade, Sukuna acelerou o carro.

Estava escurecendo e derrepente senti um aperto em meu braço machucado, virei minha cabeça para o lado e uma mão atravessou o vidro do carro o despedaçando.

Ele procurou por meu pescoço, porém me afastei e Sukuna girou o carro indo para um matagal.

- Não saíam do carro. - Ele destrancou a porta e saiu.

Fui para o banco de trás ver o que estava acontecendo, a silhueta daquela mesma sombra, porém enorme. Com traços distorcidos por todo o seu corpo, olhei para os lados buscando ver Sukuna, mas ele havia desaparecido, como fumaça.

 A silhueta me encarou e correu em minha direção batendo fortemente no carro, o amassando com todas as forças que tinha.

- R..redenção, dedo, maldição... - Ela dizia e Agnes pedia socorro.


Suas garras perfuraram o carro e atingiram a perna de Agnes que rasgou sua pele com força. Ela começou a chorar de dor com a unha cravada em sua pele, ela tentou tirar, mas era muito forte, tentei ajudá-la, mas nossas forças eram em vão.

"Vai se fuder, Sukuna. Eu te odeio." 

Senti uma formigação em todo o meu corpo, uma adrenalina em minhas veias me dando forças do além.

Consegui arrancar a unha que se prendeu em Agnes.

O que eu faço?

O que eu faço?

O que eu faço?

Em um ato repentino vi seu corpo partir em partes caindo no chão derramando um líquido viscoso.

Sukuna apareceu e outras centenas de corpos caíram no chão.

Ele olhou em nossa direção e depois para a coisa que nos perseguiu.

Ele veio em nossa direção e eu me afastei puxando Agnes para sair do carro.

- Aonde você estava? - Perguntei esbravejando e Agnes chorando de dor por conta do ferimento.

- Salvei sua vida, olha ao redor. - Olhei para os corpos mortos e partidos, aquilo embrulhou meu estômago, as suas vísceras estavam a mostra e seus olhares neutros claramente mortos. - Não se assuste, foi para o seu bem. Saiba que eles queriam sua cabeça. 

- Sn, está doendo muito. - Agnes falou não conseguindo formular frases de tanta dor que sentia

Sukuna em um ato quase repentino se aproximou no meio de nós duas próximas a nossos ouvidos.

- Durmam. - Ele susurrou, minha cabeça girou e minha visão se turvou.

......


Superior {Imagine Sukuna}Onde histórias criam vida. Descubra agora