Estava eu voltando da faculdade andando sobre a calçada, até que um carro passou e jogou água suja em mim. Fiquei um nojo, minha mochila foi poupada e por isso a levei na mão.
Cheguei em casa e fui direto para o box do banheiro. Tirei minhas roupas e me lavei colocando as sujas para serem lavadas.
Aproveitei que ainda era dia e lavei meu cabelo.
Enrolei uma toalha em meu cabelo e com a outra sequei meu corpo já colocando minhas roupas.
- ANDA LOGO!!EU QUERO USAR O BANHEIRO. - Agnes bate na porta com força.
- ESPERA!!!NÃO FOI ANTES POR QUÊ?
- Porque eu não estava com vontade, anda!!!
Termino de colocar meu short e saio e ela entra correndo fechando a porta.
Dou de ombros e me sento no sofá ligando a tv.
"LANCHONETE É ATACADA POR TRAFICANTES RESTANDO APENAS UMA GAROTA E UMA MULHER DE 23 ANOS"
Era eu.
- As vítimas preferiram não se identificar e não responder as perguntas da entrevista. - A repórter diz lamentada.
- É muita falta de consideração. Nós poderíamos ter a justiça com as informações que elas poderiam nos dar. - Uma pessoa que fazia parte da "plateia" se pronunciou.
Aponto dedo do meio para ela e desligo a tv.
- Muito infantil - Agnes me repreende com um olhar de deboche.
- Só não mando pra você também, porque eu te amo.
- Tem muito o que aprender comigo.
- Xiu, Agnes.
- Que infantil, uma jumenta dessa, 23 anos e continua nessa infantilidade. - Ela faz gesto de não com o dedo indicador e reviro os olhos.
- Cala boca, menina!
Ele gargalha e corre até mim se sentando do meu lado.
- Sabe o meu amigo esquisito? - Assenti com a cabeça em sinal de sim. - Uma garota tentou me atingir com o deboche mal feito dela, adivinha?Ele me protegeu - Ela sorri colocando as mechas soltas para trás.
- Que fofo! - Digo. - E você disse o quê?
- Não fez mais que sua obrigação. - Desfaço do sorriso desapontada. - É óbvio que eu não disse isso, eu agradeci e o abracei.
- E a garota?
- Ela calou a boca, ele disse umas verdades na cara dela. - Ela coloca a mão na boca com um sorriso sapeca.
- Você não tem jeito, garota. Como você está?Tomou os remédios?
- Uhum, por que trocaram o segundo remédio, o gosto do novo é horrível.
- Porque aquele não estava dando resultado.
Ela resmunga.
- Ei mana, o meu professor tá solteiro.
- Sai fora, Agnes!Me deixa viver sozinha e feliz.
- Eu quero sobrinhos. - Ela resmunga.
- Não, não vou ter filhos.
- Por quê?
- Dá muito trabalho. - Ela me olha torto e suspira.
- Eu sou tipo uma filha. - Ela diz.
- Eu sei, imagina mais uma?
- Aiai.. - Ela liga novamente a tv para assistir, coloca em um progama de fofoca e começa a prestar atenção.
- Eu vou sentar lá fora. - Digo com calor.
Ela nem ouve, apenas continua vendo o progama, ando para fora de casa e me sento em uma mesa que havia na varanda do lado de fora da casa.
Como sempre as ruas eram movimentadas, muitas pessoas cruzando de lá para cá, muitas lojas cheias e carros a todo tempo buzinando.
Poluição sonora...
- Sn!Fiquei sabendo que sua irmã está em sua casa agora. - Era Zack, meu vizinho.
- É..
- Que bom, né, você deve estar muito feliz.
- Muito mesmo. - Sorrio genuinamente lembrando dos dias de hospital onde minha irmã estava fraca e vulnerável.
- Que bom, você está muito linda hoje, sabia?
- Valeu. - Agradeço de forma simples, ele tinha essas manias de me elogiar do nada.
- Eu achei seu colar jogado por aí. - Olho para o colar. Esse colar havia sumido fazia meses. - Aqui.
Estendo minha mão para que ele entregasse, mas ele a segurou por breves segundos com uma cara de paisagem.
- Obrigada. - A solto e ele pareceu insatisfeito.
Ele sai com um sorriso abobado entre os lábios e coloco o colar em meu pescoço.
Peguei um livro e comecei a ler.O alquimista.
Olho para o lado e vejo uma pessoa familiar de hoje cedo, era o Suluna, Sukuna, tanto faz. Quando ele olhou pra mim dei "olá" com minha mão e ele ignorou com uma cara de desprezo.Filho da puta
Ele estava comprando algo e havia uma mulher do seu lado, ela tinha a pele escura e os seus cachos batiam em seu ombro com uma finalização espetacular.
Ela o beijou e olhei aquilo sem graça.
Ele namora, que lindos
Desviei o olhar e continuei a ler meu livro.
Se passou algum tempo e senti um arrepio pecorrer minha espinha, olhei para trás e olhos vermelhos me encaravam desde o fundo da minha alma.
- Esse livro é bom. - Ele opina e o olho confusa.
- Como você pegou uma cadeira e entrou aqui sem que eu percebesse?
- Entrando, estava tão distraída que nem percebeu minha presença.
- De qualquer forma, o que está fazendo aqui?
- Gostei do clima da sua casa.
- Sai daqui, não tenho um minuto de paz até desempregada- disse levantando o livro e ele balança a cabeça para os lados.
- Não. - Ele segura uma das mechas do meu cabelo e retira metade de uma folha de árvore que acabou de voar sobre o mesmo.
- Ah..obrigada. - Vendo o que ele fez o agradeci. - Obrigada pela carona hoje. - Sorrio e ele se mantinha sério enquanto mechia em meu cabelo. - O que você tá fazen...
Ele empurra meu corpo para trás e cheira meu cabelo.
- O cheiro é bom. - Ele me elogia e acabo ficando sem graça.
Sukuna prende meus cabelos com as mãos em uma rabo de cavalo e puxa para trás inclinando minha cabeça.
- Poderia soltar meu cabelo?O que está fazendo? - Ele solta sem dizer nada e se levanta. -
- Tchau! - Ele acena.
- Vai guardar a cadeira que você pegou!! - Ordeno e ele finge que não ouve continuando a andar em direção ao seu carro.
Vou deixar a cadeira ali, não vou tirar.
...
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Superior {Imagine Sukuna}
FanfictionSe for sensível, não leia. Sukuna tem uma forte ligação com Sn, de corpo e alma por conta de acontecimentos que aconteceram no passado, agora, ele busca conhecer mais sobre ela, afim de descobrir os motivos dessa ligação...