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Perdi meu emprego, tive muita sorte de ter sobrevivido.

Eu deveria ter ouvido aquele cara, mas ele com certeza está envolvido nisso, ele tentou me salvar, certo?Me avisou e afins..

Mil pensamentos invadiam minha mente, sobre a insinuação a drogas principalmente, a lanchonete era conhecida por trazer uma felicidade na maioria das receitas, talvez as cozinheiras misturavam as drogas dentro dos doces e das bebidas..

Penteei meu cabelo e passei a procura de emprego, não ficaria parada esperando o tempo passar, aliás hoje eu iria para a faculdade, não podia perder tempo.Procurei justamente perto do centro, onde ficava minha lanchonete.Entrei em uma das lojinhas que havia ali e perguntei se aceitavam uma atendente.

Eles não tinham vagas...

- Pelo visto você não ouviu minha palavra. - Reconheci a voz me virando para o homem atrás de mim. Olhando assim de perto ele é muito bonito.

Puxo seu braço para fora do estabelecimento.

- Você sabia que aquilo ia acontecer?O que você tem haver com isso?

- Sinceramente nada, só sabia porque ouvi.

- Não minta, você tem uma arma e matou 4 pessoas.

- Eu não sabia, me disseram que na sua lanchonete as pessoas se sentiam mais felizes, por isso que eu vinha. Mas parece que descobriram o ingrediente secreto. - Ele ri nasal e arqueio as sobrancelhas confusa.

- Como assim "ingrediente secreto"?

- Misturavam drogas com o café, por isso o gosto viciante.

- O QUÊ!?!? - Grito sem querer e ele tampa minha boca.

- Para de gritar.

- Me explica isso direito.

- Misturam drogas com as bebidas, os clientes se viciaram  no gosto do  café e por causa disso, vem todos os dias.

- Meu Deus!Eu não sabia disso..eu costumama só provar os doces que tinham lá. -Digo perplexa.

- Agora sabe, os traficantes ficaram sabendo dessa história antes da polícia, vai ver o chefe daquele local tinha uma dívida com eles.

- Eu nunca vi o chefe da lanchonete, nem o mencionavam. 

- Ele deve ser uma pessoa perigosa, agora você está desempregada, né?

- Uhum..

- Precisa sustentar a sua filha Agnes.

- É minha irmã, e como sabe o nome dela?

- Sei de muitas coisas, querida -- Ele tirou essa intimidade da onde?Querida? - Queria saber uma coisa a respeito de você. - O olho confusa. - Por que não disse nada quando matei aquelas pessoas? 

- Porque elas mereceram, encostaram ne mim e eram pessoas criminosas pelo visto. - Digo como se fosse óbvio e ele pareceu insatisfeito com a resposta.-  Agora licença, Suluna.

- Sukuna - Ele me corrigi.

- Tanto faz, não muda nada afinal de contas. - mantenho a postura com um sorrisinho de canto debochado.

Enquanto andava ele me seguia, não estava aguentando e nem imaginava se quer o porquê. 

- Está vendo ali? - Ele aponta para uma das lojas do local. - Está sendo assaltada, aquelas pessoas vestidas de branco estão pegando o dinheiro do caixa enquanto ele busca os pedidos.

Olho bem e não consigo entender nada, minha miopia não ajudava muito também.

- Não estou vendo nada disso. - Digo tentando enxergar mais uma vez.

- É porque você é cega, usa óculos. - Ele diz seco e reviro os olhos.

- Eu não tenho culpa de não estar presente em sua cabeça para enxergar suas paranoias. - Digo impaciente. - Sai de perto de mim, está me seguindo por quê!?

- Não estou te seguindo, eu apenas estou indo para um lugar que você também está indo. - 

- Que merda hein. 

- SOCORRO!!ELES SÃO LADRÕES, CHAMEM A POLÍCIA. SOCORRO!! - Ouço gritos daquela mesma loja, uma mulher gritando por ajuda.

- Viu? - Sukuna debocha.

Pego meu celular para chamar a polícia.

- Alô- Eles respondem. - Está acontecendo um assalto na rua ***** número **** por dois homens de branco. A dona do local está pedindo ajuda.

- Sem graça, deixa ela sofrer. - ele susurra em meu ouvido.

- Por favor venham rápido, antes que eles vão muito longe, obrigada. - desligo.

- Os policiais não vão prendê-los, eles nem moram aqui.

- Como você sabe dessas coisas?

- Sei de muitas coi..

- Coisas - Completo sua frase. - Mesmo assim, eles vão sair da cidade tão rápido assim?

- Se você fosse roubar alguém, você iria despreparada?

- Não..

- Então. A carona deles é aquele carro ali. - Ele aponta com o indicador.

- Mas ele está muito perto da loja.

- Precisa ser assim, eles correriam para um lado, a vítima vai dizer que eles foram para aquele lado, eles voltarão, pegarão o carro e iriam embora.

- Agora estou com medo de você.

- Está no caminho certo. - Ele me olha sério e nós encaramos por breves segundos, desvio o olhar rapidamente. - Você não está atrasada?

- Atrasada, pra quê?

- Pra faculdade.

Olho as horas e eu estava sim. Passou tanto tempo assim?

- Puta que pariu! - Eu tinha apenas alguns minutos. - Eu preciso correr.Tchau... - Esqueci o seu nome.

- Sukuna. - ele revira os olhos. - Não quer carona?

- Foda-se, quero sim.

- Meu carro é aquele ali. - Ele aponta para o mesmo, então ele realmente não estava me seguindo?

Corri até o seu carro e puxei a porta para abri-la. Sukuna ainda andava tranquilamente

- MAS QUE INFERNO, ANDA LOGO!! - Esbravejo furiosa com sua moleza.

Ele continua no mesmo ritmo. Então rapidamente pego em seu punho e corro o puxando, que homem pesado.

Ele entra no carro e faço o mesmo me sentando no banco da frente.

Ele começa a dirigir, ele sabia onde era minha faculdade?

Olho em sua direção, ele ía no caminho certo, não questionei e chegamos.

- Entregue. - Ele detranca as portas.

- Espera aí, como sabia que eu iria para a faculdade hoje? - Pergunto desconfiada.

- Sei de muitas coisas. - Ele sorri debochado e reviro os olhos.

Eu nem sequer poderia questioná-lo, eu estava atrasada, então saí correndo para dentro da faculdade com essa dúvida na cabeça.

Até esqueci de agradecê-lo, depois eu faço isso.

Entrei na faculdade e corri em direção a Masato.

- Pensei que nem ia vir, me conta tudo. - Entendo de imediato que ele perguntava de Agnes.

- Na sala enquanto os professores não chegam, eu conto tudo. - Digo animada para dizer que a cirurgia foi um sucesso.

- Tá combinado, amiga!




Superior {Imagine Sukuna}Onde histórias criam vida. Descubra agora