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— MinMin, você parece um gatinho — falou quando descíamos as escadas, achando divertido a sua fala gargalhei pela piada tão espontânea, aos poucos os meus risos se cessaram e então entendi que na verdade não é uma brincadeira — Os seus olhos é igualzinho de um! Tenho mais um apelido! — não, ele não vai — Gatinho! — a minha pele formigou e esquentou de um jeito absurdo, as minhas bochechas ardiam e desci para a sala um tanto quanto rápido — Gatinho! Não precisa ficar com vergonha. Você é arisco — reclamou baixo com um tom chateado, viro-me para si um tanto quanto incomodado com o seu tom e apelido. Jung Hoseok é um homem louco, maluco, lunático, sonhador, estranho, tudo!

— Não me chama assim é esquisito, Hoseok — alerto dando passos curtos para trás — Não me chama de gatinho, muito menos de MinMin, perdeu esse passe — seu sorriso se desfez e suas expressões ficaram tristonhas, um arrependimento surgiu em meu peito ao ver o outro homem tão desanimado, mas mesmo assim segurei a minha boca para não falar o que pensava, não vou dar o braço a torcer para ele.

— Você é malvado MinMin.

— Hoseok!

— MinMin! — o encaro por uns instantes não acreditando no quão abusado é. O Jung me lembra o Taehyung todinho, por algum motivo sinto que tem dedo do capeta aqui — MinMin, não fica chateado, vai, você é mó legal — seus dedos cutucaram incessantemente a minha cintura sensível e seguro o seu dedo virando o rosto para o lado demonstrando chateação.

— Sai, Hoseok, sai — mandei voltando a andar com mais velocidade nas pernas, entrei na sala de jantar batendo os pés observando os nossos pais bebem e riem de alguma piada tosca que algum deles contou, forcei uma tosse para que percebam a minha presença — Pai, eu tô com sono, o Hoseok pode ficar

— No quarto? — o Jung completou a minha frase, o meu rosto ardeu ainda mais com a sua sugestão tão indecente na frente dos nossos progenitores, cobri o rosto querendo me esconder em algum lugar.

— Você quer morrer!? — um sorriso surgiu em seu rosto — Você tá muito abusado Jung Hoseok!

— Perdão, é que o seu rostinho corado é muito fofo — sem saber como reagir a tal elogio voltei a olhar para os nossos pais que nos observavam curiosos com a nossa interação.

— Vamos embora, já tá tarde — o senhor Jung disse, se levantou e curvou-se agradecendo a comida junto de sua esposa.

Todos nós andamos para a porta de entrada, enquanto os outros adultos se despediam e davam algumas risadas, percebi de canto de olho que o filho deles se aproximava como quem não quer nada e ficou ao meu lado.

— Não fica emburrado, MinMin

— Yoongi — corrigi — Sem passe pra apelido.

— Que noivo mais exigente, tudo bem MinMin Yoongi, não fica emburrado, não fiz por mal. Você fica uma gracinha envergonhado e é fofo te ver vermelho gatinho, aí tá vendo.

— Quero divórcio antecipado — o homem ao meu lado soltou uma risada contida, seguro para não revirar os olhos e mandá-lo ir para a puta que te pariu, mas em respeito dos convidados apenas mordo o meu lábio inferior me contendo — Se eu te chamar pra sair você para com isso?

— Sim! — mais outra risada — Só nós dois?

— Não, os meus amigos vão, não se anima muito

— Poxa... chatinho você, logo agora que podíamos fazer um encontro de casal — soco a sua barriga sem força — Tô brincando gatinho, calma — agora quero soca-lo novamente com toda a minha força — Vou te passar meu número — entrego o meu celular, ele passou o seu número e entregou o aparelho de volta.

O meu pôr do solOnde histórias criam vida. Descubra agora