❝Park Jimin é surpreendido durante seu primeiro cio quando conhece seu alfa. Apesar de querer afastá-lo, enfrenta um dilema angustiante: como lidar com o fato de que seu próprio lobo o reconhece como seu companheiro há anos?
Aceitar essa conexão foi...
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Seus tênis rosa desviavam das poças de água que estavam impedindo seu caminho até a escola. Algumas gotas ainda caiam continuamente do céu nublado, mas essas eram impedidas de molharem seu uniforme pelo guarda-chuva amarelo sob a cabeça ruiva. Com um bico nos lábios, verificou o horário mais uma vez através do pequeno relógio em seu pulso, novamente triste por ter deixado o pneu da sua bicicleta furar no mesmo dia em que foram comprar algumas coisas para o seu aniversário.
Faltavam apenas três dias para o seu aniversário e já havia planejado tudo até então: bolo, decoração, convidados e música. Seu tio, infelizmente, se encontrava muito ocupado com as entregas para poder arcar com os custos da festa, embora não precise de muito por conta da mesada que juntou durante um ano inteiro.
Se encolheu ao ouvir a tempestade voltar, então começou a correr em direção à escola, fechando sua jaqueta para não sentir tanto frio. Assim que chegou até o cruzamento, observou os faróis bem iluminados por conta do ambiente escuro que estava em volta, mesmo às oito e meia da manhã. Observou um senhor ficar ao seu lado, bem arrumado com um traje formal, barba feita e sapatos limpos. Foi quando olhou para os seus próprios, ficando um pouco chateado por terem sujado no caminho para a cidade, já que mora um pouco distante e o ônibus não chega até lá pela estrada ser de terra.
Estava quase há dez minutos atrasado, por conta da chuva e do difícil acesso até a cidade. Ainda assim, tentou não correr tanto para não se sujar, se agradecendo mentalmente por ter amarrado o cabelo em duas chiquinhas antes de se despedir de Seokjin, sabendo que teria que correr muito.
Suas pupilas dilataram e seu nariz voltou a farejar o cheiro familiar que começou a circular. O sabor chocolate parecia estar sendo envolvido em todo o seu corpo, a cada segundo que se passava. Até então, só havia conhecido um alfa com esse cheiro tão forte. Portanto, olhou para os lados, tentando procurá-lo desesperadamente, tomando cuidado para não ser visto. Ao não encontrar, lançou os mirantes para outras esquinas, também não achando-o em meio a tantas pessoas.
Frustrado, voltou a contar os minutos para ver o sinal mudar. Assim que a cor verde tornou-se predominante, deu um pequeno salto da calçada para alcançar a faixa de pedestres molhada. Continuou andando, segurando a alça de sua mochila, tomando cuidado para não dar de encontro com outras pessoas. Foi então que novamente o aroma voltou a lhe perseguir. Franziu o cenho, parando no meio de supetão ao ter a mochila segurada, vendo um cara com uma bicicleta atravessar todos os pedestres, ignorando os xingamentos que recebeu.
Com os olhos arregalados e o coração batendo freneticamente em seu peito, rodou os calcanhares no chão, perdendo o ar ao se deparar com o alfa atrás de si, também lhe encarando. Muitos centímetros mais alto, ele segurava seu guarda-chuva preto, também uniformizado. Sentiu as bochechas corarem e a vontade de farejá-lo lhe possuir mais uma vez. Notou, também, as pupilas dilatadas do alfa ficarem cada vez maiores, à medida que o cheiro dele aumentava para cima de si.
