Um sonho valiriano

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Some children are simply born with tragedy in their blood

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Some children are simply born with tragedy in their blood.

Visenya Targaryen não era usualmente uma sonhadora. Era uma mulher, sobretudo, pratica e racional, mesmo com suas inclinações para a magia antiga que corria no sangue dos Targaryen. A pratica da magia não estava oposta a racionalidade e era por esse fato que seus dois irmãos mais jovens jamais demonstraram habilidade para tal. Todavia, deitada na cama com Aegon, Visenya pensou o sonho que fosse uma memória. Estava enganada.

Quando era criança, se lembrava de um fenomenal dragão que os Targaryen possuíam. Branco como a mais imaculada nuvem, apenas suaves reflexos perolados em suas escamas, e os olhos grandes de um lilás tão claro que perturbara Visenya em seus sonhos por dias na infância. Astarot, a dragão albina que viera de Valyria em tamanho suficiente para já ser temível a aquele ponto, agora sendo muito maior que Balerion. Dentre os irmãos, Visenya fora a única a subir nas costas daquela dragão. Acompanhara seu último montador, um tio a muito morto por quem nutrira carinho na juventude... Jovem fora seu montador e jovem ele morrera. Astarot costumava ter montadores jovens e de vida curta, por conta disso Visenya não deixara Aegon se aproximar da dragão e o convencera a Balerion.

A memória em seu sonho não era profética, pensou quando acordava, mas não compreendia a velocidade em seu coração. Aegon acordou com o barulho alto de seu arfar e ela rapidamente controlou a respiração.

— Você sabe, eu não sou mais apenas seu irmão há muito tempo. Pare de tentar me poupar. — Aegon sentou-se na cama, o cobertor escorrendo e mostrando o corpo poderoso nu, mas aquele tipo de coisa pouco impressionara Visenya. Não era uma mulher tão ligada a desejos sexuais por um ou outro, apenas ocasionalmente convidara os irmãos para sua cama... Agora, com a falta absurda que Rhaenys deixara... Era ainda menos frequente que ela convidasse Aegon. A relação deles funcionava pela vontade de Visenya e, mesmo sendo Rei, Aegon sabia esperar que ela estivesse disposta. — O que a perturbou?

— Estava sonhando com Astarot. — Admitiu baixo e viu as sobrancelhas claras se franzindo sobre os olhos. — Era uma memória. Peguei-me pensando que Astarot sempre acaba montada por pessoas jovens de vida curta.

— Teme que Maegor tente o desafio de possuir um dragão maior que o meu? — Aegon questionou e Visenya encolheu os ombros. O filho deles era bem aquele tipo de pessoa, mas Visenya sempre lhe deixara claro que Astarot estava completamente fora dos limites. O menino tinha apenas onze anos, mas era poderoso e impetuoso o suficiente para tentar. — Logo ele irá se casar e terá a cabeça longe de seu orgulho ferido.

Visenya fechou a expressão e se ergueu da cama. Pode ouvir o suspiro cansado de Aegon. Não iria discutir, não algo que já tinham brigado por diversas vezes... Aegon queria casar seu filho com Ceryse Hightower e Visenya queria que seu único filho permanecesse na linhagem Targaryen, mas Aenys, filho de Rhaenys, lhe negara sua primeira filha. Agora, estavam com a fé dos sete os ameaçando... Queriam extinguir o incesto entre as linhagens, mas aquilo era como podar sua magia. Ela permaneceria por algumas gerações, mas eventualmente desvaneceria com conflitos.

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