Rivalidade descabida

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History has it eyes on you

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History has it eyes on you

Dois anos se passaram antes que Maegor tivesse em mãos a Irmã Sombria, a espada de aço valiriano de sua mãe, mas ele fez por merecer tal honra. A Rainha jamais a concederia levianamente. Feita de aço valiriano, a espada era delgada e não tão longa quanto ao que Maegor se acostumara. Seu peso era ínfimo, então o rapaz precisava se adaptar a seu uso. Era uma espada letal, mas seu design era próprio para mulheres ou homens esguios. Seu corte era rápido e letal.

Maegor ainda estava se adaptando, mas treinava todos os dias para ser tão, ou mais, hábil quanto sua mãe fora com ela.

Visenya observava o desenvolvimento do filho, tanto suas habilidades sociais quanto aptidão para batalha, e decidira o momento. A jovem Astraea, agora aos dez anos, estava sempre próxima do noivo ou da Rainha. Visenya começara a treinar a garota também, e seu talento em batalha era de um tipo diferente de Maegor... Nenhum tolo tomaria Astraea por uma guerreira. Ela era uma assassina.

Rápida, silenciosa e nem um pouco misericordiosa.

Era claro que ela possuía treinamento prévio também. Naqueles dois anos, Malachi jamais perguntou a Visenya sobre a filha, mas Aurea sanou todas as dúvidas da Rainha. A caçula fora o brilho no olhar do pai, então ele a treinara na espada, lhe vestira com vestes tradicionais e passara todo tempo livre possível com aquela criança, lhe imergindo profundamente no tradicionalismo valiriano.

Seu estilo de luta deixava isso claro, tal qual suas roupas e postura. Astraea Targaryen nem sequer tentou, naqueles últimos dois anos, se adaptar aos costumes Westerosi. Sua rebelião era silenciosa e nem um pouco notável, já que sua postura sempre mostrava docilidade e retidão. Apenas um tolo acreditaria naquilo, todavia, Westeros parecia cheia de tolos.

Mesmo com seu gênio peculiar, Astraea ainda era muito melhor que seu noivo na corte. Ela atraía admiração e curiosidade, sua educação e postura impecáveis, pouco falando e nunca cometendo gafe alguma. Obviamente, Visenya já sabia, a aquela altura, que Astraea era uma coisinha cheia de opinião, contudo que sabia muito bem como se calar em prol de manter a diplomacia. Ou, mais provavelmente, Astraea achasse a maioria das pessoas indignas de ouvi-la falando.

Maegor, após ganhar a espada da mãe, treinava com ela constantemente. Naquele dia, Visenya observou como Maegor se movia, ainda com ímpeto demais para o uso da Irmã Sombria, e como Astraea observava o céu distraidamente enquanto sentava em uma das altas amuradas do castelo. Estava apoiada suavemente no pescoço de um dragão de pedra. Aquilo era perigoso, mas Visenya já percebera que sempre que a jovem fazia aquilo era porque Astarot estava logo abaixo entre a névoa e os dragões entalhados.

Visenya não costumava saber daquele comportamento anteriormente, e os registros dos tratadores não evidenciavam, contudo Astarot tinha aquele hábito agora. Desde que Astraea a montara, a dragão passava muito tempo serpenteando entre os dragões de pedra. Um dragão com aquele tamanho tendia a ser lento e pouco ágil, além de não ser bom em se adaptar a curvas e locais estreitos. Astarot, estranhamente, parecia consciente de suas limitações... E pretendendo superá-las.

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