End Game

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Enquanto saía do banho, ouvi uma voz familiar vindo da cozinha e entrei em pânico: 

- Merda, Guilherme está aqui e está vindo para o meu quarto, e eu estou só de toalha. Meu Deus, preciso encontrar uma roupa logo. Merda, merda.

Poxa, por que diabos o Guilherme chegou tão cedo? E por que ele veio me buscar, sendo que foi ele mesmo que disse para a gente se encontrar no local marcado? Essa mudança de planos me pegou de surpresa, e não estou achando nada decente para vestir. Espera, essa jardineira com essa blusinha branca, fica ótimo, vai ser isso então.

Assim que fechei a porta do guarda-roupa, me deparei com Guilherme me olhando dos pés à cabeça com um olhar que parecia querer me devorar.

 - Guilherme, para de me olhar, se vire. Vou me trocar e já volto, pedi, tentando conter o nervosismo.

- Como se eu já não tivesse visto na festa, ele respondeu, provocando-me.

- GUILHERME!, exclamei, furiosa. 

- Tá, parei. Vá se trocar. Tenho mudanças de planos sobre o que acontecerá hoje, ele respondeu, tentando amenizar a situação.

Voltei ao banheiro, vesti-me, soltei meu cabelo e saí. Encontrei Guilherme deitado, lendo algo.

- Espera aí, é meu livro!" disse, tentando tirá-lo de suas mãos sem sucesso. Ele apenas riu da minha tentativa frustrada.

Frustrada, acabei sentando em seu colo na tentativa de recuperar meu livro.

- Hellen, você realmente quer fazer isso com a porta do quarto aberta?, ele provocou, e eu ri, respondendo: 

- Tá com medo? Pensei que você gostasse de adrenalina.

Ele me tirou do colo e me deitou na cama. - Nunca pensei que fosse tão perversa, gatinha, ele disse, e eu ri alto. 

- Cuidado com o que você deseja, brinquei, vendo sua expressão confusa.

- Guilherme, você veio aqui só para me comer?, perguntei, provocativa.

- Claro que não. Vim apenas atrás de um beijo seu. Não ia conseguir aguentar até você chegar no local combinado e precisava pegar seu número para eu dormir bem hoje, já que o chá que realmente preciso não terei, ele respondeu com um sorriso malicioso.

- Ainda bem que você sabe, ri, tampando minha boca.

Ele se levantou e pegou uma sacola do chão. 

- Sei que você está com raiva de mim por ter pego seu livro, mas já aviso que não vou devolver até terminar de lê-lo. Por isso, trouxe chocolate e morangos para você, ele disse, tentando amenizar as coisas.

- Quero meu livro, Guilherme. Além disso, ele é uma coisa besta que eu escrevo. Por que você quer tanto lê-lo?, questionei, irritada.

- Achei interessante e intrigante, então não vou devolver até terminar, ele respondeu, e minha irritação só aumentou.

Peguei o chocolate e dei uma mordida, quando ele me surpreendeu com um selinho. 

- Guilherme, não faça isso. Não somos namorados e foi só um lance, ok?, disse, tentando esclarecer as coisas.

- Ok, mas veremos se você consegue resistir a mim, ele respondeu, com tristeza.

 - Que convencido, acrescentei, tentando descontrair o clima tenso entre nós.

Decidi agir rápido para recuperar meu livro das mãos de Guilherme. Levantei-me e fui até a porta, fechando-a com um sorriso malicioso. Guilherme pareceu confuso, sem entender minhas intenções.

Talvez seja um romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora