"A verdade é que sempre queremos ser Midnigt Rai, porém no final é sempre Back to December"
A verdade é crua, nua e inegável.
Já faz um mês desde que vi Guilherme pela última vez. Tenho me concentrado tanto em mim mesma, nos estudos, mas a intensidade do que senti por ele foi avassaladora, e isso me afetou profundamente. Cada vez que eu fechava os livros, as lágrimas vinham. Era como se a vida perdesse o sentido, como se eu estivesse à deriva em um mar de emoções confusas, sem saber para onde ir. Mas eu precisava ser forte, essa era minha única opção.
Neste último mês, estudei incansavelmente, buscando melhorar a cada dia. E hoje, finalmente, fiz a prova decisiva. Agora, estou deitada na cama do meu quarto, olhando para o teto enquanto a voz suave de Taylor Swift ecoa no ambiente com "Back To December".
- Que merda, que merda, murmuro, lágrimas deslizando pelo meu rosto. Por que estou me sentindo assim?, me pergunto, frustrada com a confusão de sentimentos que me consome. Fui eu quem pediu para ele não me procurar, mas sinto um ódio ardente por isso.
Decido agir. Virando-me na cama, vejo do outro lado, perto da porta, minhas caixas e malas. Chegou a hora de ir embora, o mais rápido possível. Preciso me desfazer de tantas coisas, algumas vou doar, outras jogar fora. E com elas, meu pequeno diário de emoções. Acho que é hora de seguir em frente, sem olhar para trás.
Com um suspiro pesado, levanto-me e começo a empacotar minhas coisas, cada movimento um passo em direção ao desconhecido, mas também à esperança de um novo começo.
De repente, Henry entra no meu quarto, acompanhado por Lucas, Antony e minha mãe. Eu estava com os fones de ouvido, arrumando minhas coisas, e não percebi quando eles entraram. De repente, um grito de "BUH!" me faz pular e colocar a mão no peito.
- Meu Deus, vocês querem me matar de susto?, eu pergunto, ofegante, enquanto eles começam a rir e me mostram um bolo. Então, finalmente, entendo a mensagem.
- Eu passei... eu realmente passei, eu gaguejo, mal conseguindo acreditar, enquanto eles gritam e comemoram.
- Sim, você passou, e estamos tão felizes por você!, eles exclamam, pulando e sorrindo. Então, minha mãe diz:
- Me diga que dia você quer ir embora para que eu possa comprar sua passagem.
-"AMANHÃ!!!", respondo imediatamente, animada. Meus amigos levantam as sobrancelhas para mim, perguntando o porquê.
- Ah, eu queria ir conhecendo o local e fazer alguns amigos. Mas vocês podem me visitar, e eu também vou voltar nos feriados e aniversários, então não se preocupem, explico.
Eles concordam, mas Henry me olha desconfiado. Afinal, tenho agido estranha há semanas. Mas decido repensar e aproveitar mais alguns dias com eles.
- Mãe, na verdade, compre para domingo. Quero aproveitar esses últimos dias com vocês. Acho que é justo, decido, e Henry sorri, concordando.
- Você está absolutamente certa. Que bom que vai ficar, ele diz, enquanto Lucas acrescenta:
- Aliás, tenho um presente para você. Só chega no sábado, então é bom que você esteja aqui, dona Hellen.
Começamos a rir, e Antony se junta a nós, ansiosos por mais momentos juntos antes da minha partida.
Descemos e nos deliciamos com a comida até que o telefone da minha mãe tocou. Ela se afastou para atender, mas minha curiosidade não me deixou em paz. Quando ela voltou, eu não pude evitar perguntar.
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Talvez seja um romance
RomanceTalvez seja um romance - "Entre os labirintos de concreto de uma cidade fervilhante, onde os arranha-céus testemunham silenciosos as narrativas humanas, desenrola-se a cativante história de amor e autodescoberta em 'Talvez Seja um Romance'. Conduzi...