Capítulo 7

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Domingo de manhã, acordo com cinco alarmes estridentes no meu celular, indicando que está na hora de levantar. Ao conferir as mensagens, vejo que há várias delas, incluindo 5 de que é de Guilherme, que aparentemente esqueceu de mandar mensagem ontem. Respiro fundo, percebendo a confusão que isso pode gerar.

A única coisa que ocupa minha mente ultimamente é o turbilhão de pensamentos sobre o que está acontecendo entre mim e Guilherme. Tudo está acontecendo tão rápido, e já ouvi tantas vezes que as coisas rápidas tendem a terminar rápido também. 

Essa ideia não sai da minha cabeça, me fazendo questionar se devo realmente seguir em frente, se devo dar uma chance ou se devo simplesmente parar. Minha mente grita para eu parar, me lembrando constantemente de que este é meu último ano, que eu preciso focar nos estudos, descobrir o que realmente me apaixona. No entanto, uma parte de mim acredita que vale a pena tentar. 

Talvez eu deva me dar três meses, apenas três meses, para ver no que isso vai dar. Para descobrir se há um verdadeiro sentimento por ele ou se estou apenas fingindo por piedade. Então, decido que vou tentar, vou me dedicar por três meses, fazer tudo o que estiver ao meu alcance por esse relacionamento, para realmente entender como é estar com alguém.

- Filha, você está pronta? Minha mãe chama da cozinha, e eu respondo em alto e bom som. 

- Sim, só estou procurando meu casaco lilás. Você viu por acaso pela sala?

 Lilian responde prontamente: - Acho que o mandei para a lavanderia, mas acredito que há um cardigã azul ao lado de seus vestidos. Pegue ele, vai combinar perfeitamente com sua roupa esportiva.

Ah, sim, esqueci de mencionar. Hoje vamos jogar tênis com mamãe, Antony e o chefe dela. Ele tem dois filhos, e mamãe está ansiosa para que eu vá. Prometi a ela que me comportaria, e ela me informou que os filhos dele não vão pegar pesado comigo. Bem, espero que sim, porque eu não aceito perder, de jeito nenhum.

- Mãe, estou pronta. Desço as escadas e me dirijo à cozinha. Antony está lá, organizando alguns lanches e bebidas. 

- Mamãe achou melhor levar alguns lanches, já que vamos almoçar um pouco tarde. E talvez a gente fique com fome, ele explica.

Concordo, pegando a chave do carro para agilizar o processo. Não posso dirigir, não depois do que fiz com o carro. Sou terrível ao volante, e Antony sabe disso muito bem.

- Tudo certo? Lilian pergunta. 

Sim, acho que não esqueci de nada" respondo, e Antony concorda. 

- Então, vamos para o jogo. Estou um pouco nervosa, mas sei que vocês vão se comportar, ela diz, e seguimos em direção à quadra de tênis.

Pego meu celular para tirar algumas fotos. O sol da manhã está perfeito, e acabo capturando uma imagem incrível, com meus olhos destacados. Estou prestes a trocar a foto do meu perfil no WhatsApp quando ouço uma voz atrás de mim.

- Olha só, se não é Hellen Colim, a pessoa diz, e me viro rapidamente. 

- Alex, ou melhor, Alexandre Stewart, respondo, tentando manter um tom amigável.

Ele é um dos filhos do chefe da minha mãe, e não tenho uma boa relação com ele. Nós nos tornamos inimigos por causa de um incidente envolvendo um pato de borracha há anos atrás. Desde então, nunca conseguimos nos dar bem, apesar do desejo do pai dele de que nós dois namoremos. Mas sempre que essa ideia é mencionada, nós dois sentimos vontade de vomitar.

- Pronta para perder?  Ele diz, com um tom arrogante.

- Não irei perder. Anote aí que hoje a vitória no tênis é minha, respondo, determinada.

Talvez seja um romanceOnde histórias criam vida. Descubra agora